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Consciência Negra

Aquilombamento Teatro Negro traz discussões sintonizadas ao Dia da Consciência Negra

por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 21/11/2019 15h09, última modificação 21/11/2019 15h09
Evento, realizado de 21 a 23 de novembro, conta com a participação de artistas, docentes e pesquisadores da área, a citar a atriz Bárbara Santos.

Sendo a pauta central o papel e espaço das pessoas negras na produção e fruição da arte teatral, discutida através de mesas-redondas, oficinas, comunicações orais e apresentações artísticas, o evento apresenta figuras ilustres, como a autora, professora, diretora artística e atriz Bárbara Santos. O lançamento de seu livro “Teatro das Oprimidas: estéticas feministas para poéticas políticas” será precedida por uma roda de conversa sobre feminismo negro, no último dia do evento, realizado na Casa dos Arteiros.

Bárbara Santos é a personagem Filomena no filme “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, ganhador do Grand Prix, melhor filme, da mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes 2019 e indicado pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na edição do OSCAR 2020. A vinda da atriz para Campos foi ocasionada pela afinidade e convivência do professor de teatro Mateus Gonçalves, do campus IFF Campos-Centro, com o Teatro do Oprimido, método teatral e modelo cênico-pedagógico criado pelo diretor e teórico de teatro Augusto Boal.

– Por conhecer a metodologia, tive contato com pessoas envolvidas Centro de Teatro do Oprimido, localizado na Lapa, Rio de Janeiro; fiz cursos ali, inclusive com a própria Bárbara, então é através dessas experiências que nos conhecemos e houve o convite – afirma Mateus Gonçalves.

Devido a uma conversa com o cenógrafo e também curinga – termo de referência a pedagogos da metodologia Teatro do Oprimido – Cachalote Mattos, o docente planejou a ocasião para marcar a semana do Dia da Consciência Negra (20/11). Com a finalidade de enriquecer a programação e as experiências oferecidas para os licenciandos em Teatro, parcerias com os coletivos artísticos cariocas Cor do Brasil e Madalena Anastácia, além do Centro de Teatro Oprimido (CTO), foram firmadas.

O Aquilombamento oferecerá também um momento de debate com objetivo de repensar o currículo, conteúdo e práticas desenvolvidas no curso de Teatro do campus em virtude das questões levantadas durante as atividades: o GT Teatro e Negritudes. “Existem outras questões, outras formas de fazer e entender o teatro. Então esse evento servirá para que troquemos as lentes dos nossos óculos, olhando de outra maneira para a realidade que está na nossa frente. Percebê-la diferente, melhor.”