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Componente curricular faz a diferença para estudantes na inserção social

por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 13/04/2017 17h38, última modificação 20/04/2017 15h42
O envolvimento com o teatro de alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio tem resultados para além do palco.
Arte e educação

Os estudantes Vitor, Dilan e José Rodrigo (Foto: Álvaro Azeredo)

 No dia 08 de maio, o ano letivo de 2017 vai iniciar no campus com o ingresso de muitos novos estudantes. Quando eles fizerem amizade com aqueles que iniciarão seu segundo ano de curso, saberão o que o campus oferece em atividades artísticas e culturais. Será uma oportunidade de passar pela experiência vivenciada pelos três alunos que aparecem na foto deste texto.

 Com a palavra Vitor Hugo Barreto, do 1.º ano do Técnico em Informática, turma 101: “Eu tinha um problema bem grande com timidez. Depois (do teatro) melhorou muito, muito. Estou conseguindo me expressar melhor agora”. Até então, a experiência que Vitor tinha com o palco resumia-se a uma esquete organizada para os pais de alunos em outra escola. No campus, em adaptação, dirigida pela professora Monica Mesquita, ele fez um duende travesso, recorda: “Achei muito legal e, ao final, bem gratificante, porque você vê o esforço que botou e como ficou. Gostei muito”.

 A professora acredita e leva seus alunos nessa corrente: “Obrigada por acreditarem que a 'Arte', mais do que conhecimento na escola, é algo transformador para o resto da vida e, mesmo diante de todas as dificuldades, vocês podem muito”.

William Shakespeare - A Semana Shakespeare, empreendida na segunda quinzena de março resultou da livre adaptação baseada na obra do poeta e homem de teatro inglês. Sobre as artes no IFF, a professora Monica ressalta o empenho do Instituto em aproximar seus estudantes secundaristas das atividades.

 O ensino de arte passou a ser componente curricular obrigatório no Ensino Médio a partir de 2017, com a mudança de parte do artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a famosa LDB (Lei 9.394/96). O parágrafo segundo passou a mencionar: “o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação básica”. 

 Em sua mudança anterior, feita em 2016, o dispositivo não incluía o Ensino Médio na obrigatoriedade. No entanto, manifestações artísticas como teatro, música, dança e artes visuais estão integradas à história do Instituto há décadas. O grupo teatral Nós do Teatro e as bandas marciais e de fanfarra são dois exemplos disso. De acordo com a legislação, o ensino de arte deve contemplar as quatro vertentes.

 Voltando aos estudantes, outro depoimento de tímido que encontrou no exercício cênico um grande apoio. José Rodrigo Nogueira, também participante da Semana Shakespeare:

 - O teatro facilita demais, pois quebra a barreira que você tem em relação a se socializar. Muito da parte de timidez e coisas relacionadas com isso você quebra quando faz teatro, que não pode fazer sozinho, precisa interagir com outras pessoas. Essa interação quebra a timidez que se tem. Então ajuda a entrar na sociedade – compartilha Rodrigo.

 O que acontece em atividades como as adaptações feitas para Sonhos de uma noite de verão e Macbeth é compartilhado no Facebook pela professora e a interação da comunidade do IFF é imediata. Um exemplo: no dia seguinte a uma das apresentações, o reitor do Instituto, Jefferson Azevedo, deixou seu registro: “Belíssimo trabalho. De fato, emocionante. Parabéns!!!”