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Páscoa

Arquitetando Sonhos proporciona uma noite de carinho e atenção para crianças de abrigo

por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 11/04/2017 20h44, última modificação 12/04/2017 14h31
Projeto criado pela professora Regina Coeli Aquino mobiliza professores e estudantes de Arquitetura e Urbanismo
Arquitetando Sonhos

Professores e estudantes prontos para a visita às crianças (Foto: Douglas Moreira Barros)

 Tudo foi preparado na sala da coordenação. Professores doaram o dinheiro para a compra dos ovos e cada aluno trouxe duas folhas de papel celofane para a embalagem. No micro-ônibus, cedido pela gestão do campus, o toque final foi a pintura no rosto de estudantes, remetendo às pinturas de coelhinhos da páscoa. 

 A professora Regina Coeli acompanha as visitas iniciadas há cerca de cinco anos. Quando começou, o Portal da Criança ainda não tinha sua sede própria. “Muitas crianças continuam lá”, lembra Regina. Os alunos, por sua vez, costumam perguntar sobre novas visitas. Daí a iniciativa de ampliar a convivência para além do Natal. “É sempre muito emocionante. Se você parar para pensar, eles deixam muito mais pra gente do que a gente pra eles. Saímos revigorados, valorizando as coisas da nossa vida”, testemunha ela. 

 A pedagoga Eliane Paravidino, servidora da Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo, participou da elaboração da surpresa para as crianças e da visita ao abrigo voltando com uma impressão muito positiva: “acho interessante, até como modelo para a escola. Outros setores  poderiam fazer com os alunos”, opina ela. 

 O estudante Douglas Moreira Barros já tinha feito uma visita em 2015. Para ele, o contato com as crianças abrigadas muda a visão de mundo do visitante: 

 - É uma coisa que te dá uma energia muito positiva, diferente, que leva a pensar o quão grande pode ser o seu impacto no mundo, fazendo pequenas ações a cada dia. Se cada um fizesse pequenas ações diárias, poderia o mundo estar diferente. 

 Regina finaliza lembrando um fato marcante dessa visita e do seu significado: 

 - O professor Humberto levou o filhinho dele há um ano e meio e ele ficou brincando com a criançada. Dessa vez foi diferente: o menino ficou chocado de ver aquelas crianças que não têm pai, não têm mãe– acho que até por estar entendendo um pouco mais – quis ligar pra mãe para falar. Então, de alguma forma, mexe com nosso aluno, com o professor que leva o filho para compartilhar aquele momento. Acho que para os nossos alunos, para a instituição, para formar não só o aluno, mas um cidadão do bem, não tem preço.