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Projeto de Extensão resgata literatura oral

por Valdênia Gomes Miranda Lins publicado 04/12/2015 14h19, última modificação 04/12/2015 14h33
Proposta do projeto "Em cada canto, um conto" é valorizar as histórias passadas oralmente entre os membros de uma comunidade.
Traços de memória

Detalhes do Fanzine Traços de Memória com desenhos de Sara Gaspar e Kézia Campos.

O projeto “Em cada canto, um conto” do Instituto Federal Fluminense campus Macaé busca conhecer e registrar as histórias que são contadas nas comunidades de abrangência do campus. A professora Andrea Barbosa, coordenadora do projeto, explica que a ideia surgiu porque no Ensino Médio, a literatura oral é deixada de lado e ela quis então promover um resgate desses contos locais, que fazem parte da cultura regional.

“O IFF reúne alunos oriundos não só de Macaé, mas de diferentes lugares. Nesse contexto, o projeto possibilita a troca entre culturas de diversas partes do país, oportunizando-se discussões a respeito da diversidade cultural. Ao aluno recém chegado é oferecida a possibilidade de conhecer o lugar em que vive, as culturas produzidas, além de mostrar um pouco de suas raízes, contando as histórias da cidade de onde veio. Um grande desafio no conhecimento e respeito à diferença cultural e heterogeneidade de experiências sociais no âmbito escolar”, afirmou a professora.

O trabalho tem sido realizado junto às turmas de primeiro ano, tanto do ensino regular, como da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Alunos de outras turmas e até mesmo servidores da instituição também puderam contribuir com seus relatos. Inicialmente, é feita um levantamento pelos alunos em sua família e comunidade, depois essas histórias são escritas e selecionadas pelas bolsistas do projeto para ganharem um novo tipo de registro. Até o momento, o meio de publicação escolhido tem sido o fanzine.

A utilização do fanzine para divulgação das histórias é resultado da parceria com outro projeto de extensão, o IFFanzine. A publicação intitulada “Traços de Memória” foi lançada no início do ano em um evento que contou com a apresentação de contadores de histórias convidados. Ela contém 12 páginas, com dois relatos locais e três histórias de outras regiões.

Os fanzines foram distribuídos aos alunos participantes da primeira edição para que socializassem em suas comunidades e continuam sendo distribuídos aos participantes das oficinas que são promovidas fora do Instituto e durante os eventos nacionais onde há apresentação do projeto. Eles chegam também em várias regiões do país, através da troca dos fanzines, realizada por meio do projeto IFFanzine. Além disso, “Traços de Memória” foi incluído na exposição “Panorama Internacional de Zines e Publicações Independentes”, realizada em São Paulo no mês de setembro.

O próximo passo é realizar oficinas com turmas de Formação de Professores, trabalhando não só o resgate, mas também a arte de contar histórias.

O projeto já foi apresentado no II Encontro de Extensão do IFF onde recebeu Menção de Destaque, no III Fórum em Humanidades promovido pela UFRJ em agosto deste ano, em Macaé. O de maior destaque foi o III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, realizado em maio deste ano, em Recife. “Foram mais de seis mil trabalhos inscritos e cerca de dois mil e quinhentos selecionados, e o nosso foi um deles. Fizemos a apresentação oral com exposição de pôster. Foi um evento que proporcionou a troca de experiências entre alunos e pesquisadores tanto do Brasil como dos outros países participantes”, disse Andrea.

Acesse aqui a versão digital do fanzine “Traços de Memória”.

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