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Primeira defesa da turma 2015 acontecerá próximo dia 30 de maio

por Valdênia Gomes Miranda Lins publicado 16/05/2017 11h00, última modificação 16/05/2017 11h03
Trabalho mostra indicadores de salubridade ambiental em comunidade de São Francisco do Itabapoana.
Rachel Salles

Rachel Salles é graduada em Ciências Biológicas e possui pós-graduação em Educação Ambiental. É aluna do PPEA, turma 2015. (Foto: Maria Inês Paes Ferreira)

A mestranda Rachel Salles, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental do Instituto Federal Fluminense, apresentará seu trabalho de conclusão no próximo dia 30 de maio, às 13 horas na sala de videoconferência do Mestrado em Engenharia Ambiental, no Campus Macaé. O trabalho tem como título “Estudo dos indicadores e índices de salubridade ambiental aplicados a regiões estuarinas: o caso da comunidade de Gargaú, São Francisco do Itabapoana/RJ”.

Rachel pesquisa a comunidade de Gargaú desde 2012, quando cursou a pós-graduação em Educação Ambiental no IFFluminense, campus Centro, e observou que o saneamento básico precário e a deposição do lixo feita no próprio manguezal tornava necessário realizar uma avaliação ambiental analisando a salubridade local. Ela espera que a construção de indicadores ajude na implementação de medidas de saneamento ambiental visando à promoção da qualidade ambiental na localidade de Gargaú. “Este estudo mostra-se relevante, podendo ser utilizado como instrumento de política de saneamento ambiental por parte do Poder Público”, afirmou.

Segundo ela, a comunidade Gargaú possui significativa importância para a comunidade local que obtém sua renda por meio da coleta de caranguejos, mariscos e peixes, porém encontra-se ameaçada pela ocupação irregular e pelo descarte in natura de esgoto e resíduos sólidos no manguezal. Esses impactos têm comprometido não só a reprodução das espécies como também a saúde dos moradores e  uma das formas de mensuração dos impactos ambientais causados pelo homem é a utilização dos indicadores aplicados nos conceitos de saneamento ambiental e de salubridade ambiental.

A presença da pesquisadora no local já alterou um pouco a rotina dos moradores. “A comunidade local ainda tem muito a ser trabalhada porém durante as análises de água consegui aos poucos sensibilizá-los sobre a importância ambiental,econômica,social da área de preservação ambiental em que vivem! Em relação a água que utilizam de forma precária e imprópria para consumo segundo portaria do Ministério da Saúde fui informando sobre a importância da fervura e filtragem da água!”, disse Rachel.

O resultado obtido com a aplicação do Indicador de Salubridade ambiental Gargaú reflete um ambiente insalubre e mostra a necessidade de ações conjuntas entre o Poder Público Municipal e a comunidade, de modo a elencar as melhores estratégias para a construção de políticas públicas eficazes, condizentes com a realidade e suas necessidades, para enfim haver a resolução ou a minimização da problemática ambiental que se apresenta em Gargaú.

Maria Inês Paes Ferreira é a orientadora de Rachel. Participarão da banca Francisco de Assis Esteves, diretor do Nupen UFRJ e Vicente de Paulo Santos de Oliveira, docente do PPEA.

O evento é aberto aos interessados em geral.