Ingressantes 2019.3 (Turma 01)

   

ALLAN SOTO FAES
Orientação:Danielly Cozer Aliprandi
 
O CRESCIMENTO URBANO NA REGIÃO LITORÂNEA: leitura da paisagem dos núcleos urbanos de Farol de São Thomé e Xexé em Campos dos Goytacazes, RJ
A pesquisa proposta analisa alguns fenômenos que provocaram o crescimento urbano das cidades do Brasil, com enfoque na região litorânea do município de Campos dos Goytacazes, norte do estado do Rio de Janeiro. Este trabalho apresenta uma leitura da paisagem dos núcleos urbanos de Farol de São Thomé e Xexé, nos quais observamos o fenômeno do espraiamento urbano nas zonas costeiras, de forma mais abrangente em regiões turísticas e de veraneio, normalmente apresentando traçado urbano linear ao longo de estradas litorâneas, como os núcleos urbanos citados. Apesar de apresentarem mancha urbana consolidada, possuem um Sistema de Espaços Livres como potencial ferramenta de intervenção pública e com vocação como elemento central de políticas públicas de qualificação do ambiente urbano. Somado a isso, destacamos a importância do fenômeno do turismo assim como a instalação de agentes públicos e privados na região como criadores, desenvolvedores e modificares da paisagem. Baseado na legislação vigente do município, este trabalho apresenta como objeto principal propor diretrizes legais e propositivas que promovam a preservação das áreas de interesse ambiental e desenvolvimento social e econômico, a fim de incentivar o turismo sem que este afete o meio ao qual está inserido, preservação do meio ambiente, lazer, cultura e recreação na região e fomentar o crescimento urbano de forma organizada, seguindo as diretrizes do Plano Diretor e do Projeto Orla e se apropriando do potencial de seu Sistema de Espaços Livres. Para auxiliar no desenvolvimento do tema, temos como objetivos específicos, analisar o impacto gerado na paisagem devido à implantação do heliporto da Petrobras e dos complexos logísticos do Porto do Açu e de Barra do Furado; identificar, classificar e mapear por meio de leitura da paisagem, os diversos tipos de espaços livres presentes nos núcleo urbanos de Farol de São Thomé e Xexé, problemáticas e potencialidades a eles relacionadas; e como resultado da pesquisa, pretende-se desenvolver diretrizes e ações propositivas para os núcleos citados, e diretrizes complementares ao Plano Diretor do Município de Campos dos Goytacazes, o que pode servir de direcionamento para os demais núcleos urbanos do município de Campos dos Goytacazes. Para isto, estamos utilizando como metodologia revisão bibliográfica pertinente ao tema, visitas de campo, coleta de informações nos órgãos competentes, elaboração de mapas temáticos, além de estudos de casos da implantação do Projeto Orla. Pretende-se visualizar futuras mudanças na paisagem que auxiliem na elaboração da proposta.

   

ALEXANDRE MACHADO SANTANA
Orientação:Sergio Rafael Cortes de Oliveira
 
HIBRIDIZAÇÃO CURRICULAR EM ARQUITETURA E URBANISMO: as perspectivas teórica e prática na cultura digital
A cultura digital faz com que a Educação ganhe novas perspectivas em seus métodos. O incremento das políticas de acesso à Educação Superior e das Tecnologias da Informação e Comunicação geraram um aumento no ingresso em cursos de graduação presencial e de Educação a Distância. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil ponderou em não validar os registros dos egressos de cursos a distância, o que gerou discussão nas instituições educacionais e nos núcleos de área do país. Diante do exposto, tem-se a questão: de que maneira pode-se reconfigurar o currículo de Arquitetura e Urbanismo e suas práticas de ensino e aprendizagem para um formato híbrido? Já que os avanços tecnológicos e as novas demandas da sociedade e da educação do século XXI reconfiguram os espaços, os tempos e os processos de ensino e aprendizagem, aponta-se, por hipótese, que há a necessidade de sistematizar a hibridização dos currículos, para aperfeiçoar e otimizar suas formas presencial e a distância. Dessa maneira, esta pesquisa aplicada, de caráter exploratório e descritivo, e de abordagem mista, visa investigar como se estabelece o ensino e a formação profissional de arquitetos e urbanistas, avaliando as perspectivas para o modelo de ensino híbrido. Os objetos de análise compreendem duas instituições do estado do Rio de Janeiro: o Centro Universitário Redentor, em Itaperuna; e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, em Campos dos Goytacazes. Delineou-se a metodologia incluindo procedimentos como: pesquisa bibliográfica; pesquisa bibliométrica sobre EaD e ensino híbrido em Arquitetura e Urbanismo; pesquisa documental, que permite o conhecimento das informações das instituições e; levantamento de campo que, em um primeiro momento, permite uma aproximação a professores e alunos dos cursos, que terão suas percepções acerca das experimentações remotas, da presencialidade e das possibilidades de hibridização do ensino extraídas após a aplicação de questionários on-line e, em um segundo momento, por meio de entrevistas semiestruturadas com representantes dos Núcleos Docentes Estruturantes e com as coordenações. Para a análise dos dados será utilizada a triangulação das informações, permitindo assim a construção de um produto final, que consiste em proposições de diretrizes que contribuam para a construção e efetivação de currículos híbridos de Arquitetura e Urbanismo. A pesquisa adensará as discussões acerca da temática e permitirá a manutenção de debates inovadores sobre as formas de ensino e aprendizagem, principalmente, neste momento de pandemia, que factualmente atingiu a formação profissional, incluindo a de arquitetos e urbanistas.

   

CARLA APARECIDA DA SILVA RIBEIRO
Orientação:Aline Couto da Costa
 
(SUB)URBANO NO CENTRO: a gestão participativa como possibilidade para a preservação do hip-hop e seu espaço em Campos dos Goytacazes/RJ
A gestão participativa pública surge nas cidades a fim de democratizar os processos de gestão e administração para que o Estado possa garantir a pluralidade e a diversidade que a formam. Contudo, em muitos casos, a gestão participativa não passa de uma pseudoparticipação (TENÓRIO; ROZENBERG, 1997), não atendendo as necessidades de toda a população. De acordo com Rocha, Domenich, Casseano (2001), o hip-hop pode ser considerado um movimento cultural e social norteado por ideologias de resistência e valorização da juventude negra e periférica. A arte urbana expressa, dentre outros, a exclusão social, econômica, educacional e racial que esses interlocutores vivem, com o intuito de romper com as estruturas que os segregam e afastá-los da violência do seu meio. Além disso, o hip-hop gera a apropriação de espaços urbanos, muitas vezes subutilizados e/ou abandonados, de modo que sua prática pode potencializar a requalificação de certas áreas da urbe. Segundo a Lei nº. 10.257, de 10 de julho de 2001, que institui o Estatuto da Cidade, “Aqueles que estão engajados na transformação da cidade rumo à superação de uma ordem urbanística excludente, patrimonialista e predatória podem ter no Estatuto da Cidade um instrumento importante.” (BRASIL, 2001, p. 23). A cultura hip-hop no espaço urbano do município de Campos dos Goytacazes, situado no estado do Rio de Janeiro, contudo, parece ser ignorada por grande parte da população e do poder público municipal, principalmente em relação a gestão participativa. Nas áreas públicas, especialmente sob a Ponte Leonel Brizola, onde a cultura de resistência se faz presente, entende-se que ela é marginalizada. Considerando essa situação, o presente trabalho objetiva apresentar uma abordagem teórica e estado da arte sobre a cultura urbana e as possíveis relações desta com a cidade e a respectiva gestão participativa, incluindo o município de Campos dos Goytacazes, a fim de se compor algumas reflexões pertinentes à escrita e à elaboração do produto final da dissertação. Para isso, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais sobre esses assuntos, além de estudos de caso, que se relacionam a essas temáticas para embasar as futuras propostas pretendidas. Os resultados evidenciam a importância de se gerar conhecimento sobre os temas supracitados, para a preservação e promoção da cultura urbana local como ferramenta para a produção de cidades, e espaços urbanos, mais democráticos e com maior qualidade de vida.

   

FERNANDA DE ABREU PEREIRA
Orientação:Danielly Cozer Aliprandi
 
PAISAGEM EM TRANSFORMAÇÃO: leitura da paisagem do território urbano macaense
A cidade de Macaé no interior do estado do Rio de Janeiro sofreu grandes transformações na forma urbana ao longo de sua formação. Atualmente conhecida como a capital nacional do petróleo, a paisagem da cidade fundada como uma vila de pescadores passou a ser um polo importante para a gestão da atividade petrolífera brasileira. As interferências dessa atividade na cidade ocorreram de forma mais intensa a partir da década de 1970, quando a ação de diversos agentes interferiu nos setores da cidade, entre eles economia, crescimento populacional, expansão urbana e consequentemente na paisagem. A cidade apresenta indícios de que não estava preparada para as intensas modificações que ocorreram nas últimas décadas, possíveis de serem observadas pelas constantes enchentes no território macaense e o intenso tráfego de veículos pesados em vias despreparadas para tais automóveis. Este estudo busca aplicar o método de leitura da paisagem no território macaense a fim de compreender o processo de transformação da cidade, assim como identificar as problemáticas e potencialidades gerados. Com isso, pretende-se sugerir medidas de intervenções por meio de ações propositivas que contribuam para a qualidade do espaço urbano. Como recorte temporal, a pesquisa propõe analisar a metamorfose urbana especialmente após a implantação da Petrobras na década de 1970. Para isso, será necessário compreender o conceito de paisagem, seus componentes e formas de leitura por meio de revisão bibliográfica, histórica e documental, a fim de embasar os conceitos de paisagem e caracterizar o crescimento urbano macaense. Dessa forma, será aplicado o método de leitura da paisagem, que permite a compreensão da paisagem sob aspectos e fenômenos decorrente das relações entre território e sociedade. Através da aplicação deste recurso de análise, as modificações no território macaense e os agentes a elas relacionados serão identificados pela elaboração de mapas temáticos que observam os diferentes aspectos que compreendem a formação da paisagem, culminando na identificação das unidades de paisagem identificadas no trecho de estudo. Por fim, detectar as potencialidades e problemáticas através da análise crítica dos mapas elaborados, propondo diretrizes que contribuam para a elaboração de ações práticas ou políticas públicas. Assim, a pesquisa busca contribuir, através da investigação da paisagem, para o questionamento sobre as consequências morfológicas e socioambientais do crescimento urbano de Macaé expressas na paisagem.

   

GISELI GOMES DOS SANTOS
Orientação:Luis Felipe Umbelino dos Santos e Luciano Falcão da Silva (coorientador)
 
SISTEMA DE CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DA ÁGUA DE CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS NO MUNICÍPIO DE RIO DAS OSTRAS, RJ
Muitos municípios brasileiros enfrentam problemas relacionados a escassez de recursos hídricos. Esta realidade também ocorre com o município de Rio das Ostras (RJ) pois este apresenta problemas frequentes de abastecimento de água da rede pública, pois as vazões de captação dos sistemas atuais são insuficientes para atender toda demanda populacional. A situação se agrava com o aumento da população no período de verão. Por outro lado, os problemas de alagamentos são recorrentes em vários pontos do município. A partir desta problemática, este trabalho tem como objetivo implantar, analisar e avaliar o protótipo de um sistema de captação e aproveitamento da água de chuva no Centro de Educação para a Sustentabilidade (CES), no município de Rio das Ostras, a fim de contribuir para o abastecimento hídrico e a mitigação dos alagamentos urbanos. A metodologia deste trabalho abrange a pesquisa bibliográfica relacionadas à temática, análise documental nas legislações referentes ao aproveitamento da água de chuva. Também realizou-se a construção e instalação do protótipo no CES. Para tanto, verificou-se a eficácia do sistema de descarte das primeiras águas e comparou-se o coeficiente de escoamento superficial de três diferentes tipos de telhas: cerâmica, fibrocimento e PVC. Cada área de captação possui a dimensão de 0,86x2,30 e em suas extremidades foram instaladas calhas independentes, essas calhas levam a água da chuva até um tubo, que primeiro armazena a água de descarte e, quando essa é suficiente, o sistema passa a armazenar no reservatório. Este dispositivo se baseia no modelo DesviUFPE, desenvolvido pelo grupo de pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além do protótipo, foi desenvolvido um mapa do bairro Jardim Bela Vista, onde está localizado o CES, para determinar o potencial de economia de água potável que um bairro pode alcançar através da implantação de um sistema de aproveitamento de água de chuva nas edificações. O protótipo está sendo monitorado periodicamente para coleta de dados e em relação ao mapa, já foram mapeados cerca de 37% da área do bairro. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir com a gestão ambiental das cidades médias, em especial o município de Rio das Ostras, e a partir da implantação do protótipo no CES, enriquecer o objetivo do centro em disseminar o uso de práticas sustentáveis nas edificações e estimular o aproveitamento de água de chuva entre a população.

   

IARA SALLES BARBOSA
Orientação:Luciano Falcão da Silva
 
INTELIGÊNCIA COMPUTACIONAL E PERSPECTIVA CITY INFORMATION MODELING NO APOIO À URBANIZAÇÃO PÓS-PANDEMIA COVID-19
No mundo rapidamente urbanizado e globalizado, o vírus da COVID-19, espalhou-se por praticamente todos os cantos do planeta alterando a rotina dos cidadãos. Entretanto, a pandemia não significa o fim das cidades. Segundo o Relatório Mundial das Cidades 2020, essas continuam sendo centrais para a trajetória do desenvolvimento sustentável. Isso indica que a urbanização continuará a ser a força motriz do crescimento mundial, porém, este processo requer planejamento, gestão e governança eficazes para que o valor da urbanização seja inclusivo a todos os que vivem nas cidades. Neste sentido, o uso das tecnologias disruptivas como os recursos da Inteligência Artificial (IA) e novas formas de planejar, projetar e gerir o território urbano como o conceito do City Information Modeling (CIM) são fundamentais para a experiência urbana contemporânea. No conceito CIM, modelos de informação utilizados para armazenar dados urbanos capazes de auxiliar os agentes no processo decisório de políticas urbanas. Já a IA envolve um conjunto de técnicas inspiradas na natureza que visam o desenvolvimento de sistemas inteligentes, que imitam características do comportamento humano, como aprendizado, raciocínio, evolução e adaptação. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é elaborar uma ferramenta de avaliação qualitativa da expansão urbana com uso de inteligência computacional aplicada a indicadores tendo como foco, nesta segunda parte da pesquisa, o objetivo específico de desenvolver os algoritmos de processamento de dados inteligente para o modelo computacional. Para atingir este objetivo proposto, utilizou-se o método empírico com abordagem de estudo de caso e revisão bibliográfica o que permitirá maior familiaridade com a solução do problema. Os resultados encontrados direcionam para o uso da técnica de IA chamada redes neurais artificiais (RNA). Na fase atual da pesquisa em andamento, busca-se validar o algoritmo de RNA, pois a propriedade mais importante de uma rede é a sua habilidade de aprender a partir de um conjunto de dados estruturados e de melhorar o seu desempenho através da aprendizagem. Esta validação consiste em conferir o quanto a rede está próxima de uma solução aceitável, adaptando seus parâmetros, como em uma concepção de treinamento, de modo a prover uma menor diferença entre as saídas desejadas e recebidas. Devido a isso, há necessidade de um conjunto de dados confiáveis com os resultados (saídas) já conhecidas, e para isso, serão usados os dados do Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (IPTD) Brasil e seus índices de caminhabilidade. Com a validação deste método, pretende-se ampliar sua aplicação para avaliação de loteamentos urbanos.

   

LARA MACHADO RUIZ
Orientação:Margarida Maria Mussa Tavares
 
ESPAÇOS PÚBLICOS E VITALIDADE URBANA: usos e apropriações socioespaciais da Praça da República em Campos dos Goytacazes/RJ
O tema central deste trabalho diz respeito à vitalidade urbana dos espaços públicos. A pesquisa busca uma reflexão acerca dos usos e apropriações da Praça da República e seu entorno, em Campos dos Goytacazes, RJ. Desde sua inauguração, a Praça da República sofreu transformações espaciais significativas, especialmente a partir da implantação do Terminal Rodoviário Roberto Silveira, em 28 de março de 1962. Tais transformações acabaram por tornar a praça um espaço urbano subutilizado, negligenciado, que não se relaciona com seu entorno. Atualmente, é possível perceber, ainda, uma fragmentação do seu espaço por possíveis barreiras que segregam os usos e ocasionam vazios sem utilização. Observa-se que o espaço público é de extrema importância na vivência da cidade e sua diversidade que influencia na vitalidade urbana. Também enfatiza-se que a Praça da República, objeto de estudo deste trabalho, é uma área de importância para o seu entorno e para a história da cidade. Assim sendo, a questão que conduz esse estudo debruça-se sobre o processo de transformação das interações, usos e apropriações socioespaciais e interroga como é possível integrar os espaços da praça e pluralizar seus usos. Tem-se como objetivo geral elaborar diretrizes projetuais que potencializem a vitalidade da praça e de seu entorno. Dentre os procedimentos metodológicos a serem utilizados, destacam-se: revisão teórica sobre vitalidade urbana e sobre o documento da agenda da ONU de 2030; pesquisa documental sobre a Praça da República; pesquisa de campo, incluindo levantamento, registro fotográfico e entrevistas; e por fim, desenvolvimento das diretrizes. Neste contexto, até o momento, observou-se que a tanto a praça quanto seu entorno apresentam grandes potencialidades, mas que as fragilidades encontradas influenciam negativamente na vitalidade urbana do espaço. Por fim, acredita-se que, com base nos estudos atuais, é possível promover uma mudança na área e oportunizar uma experiência urbana que gere identidade e pertencimento com o local, aumentando a vitalidade urbana espacial proporcionando um maior o fluxo de movimentação e usos, amenizando a subutilização que ali foi encontrada. Espera-se que esse trabalho possa contribuir para a discussão e a prática em relação à promoção de espaços qualificados na cidade.

   

LARISSA MIRANDA SÁ
Orientação:Luciano Falcão da Silva
 
DESIGN BASEADO EM DESEMPENHO NA ARQUITETURA: uma metodologia para o processo projetivo em escritórios
Esta pesquisa está apoiada no conceito Architecture Performative ou Design Baseado em Desempenho. Trata-se de tema emergente de design arquitetônico orientado para maior obtenção de desempenho das edificações. Possui como objetivo principal investigar a arquitetura baseada em desempenho com foco nos processos de geração e otimização da forma, propondo viabilizar a implantação desses modelos de desempenho através de uma metodologia que auxilie o processo projetivo adotados por arquitetos e urbanistas, reconhecendo lacunas, deficiências e melhoramentos do desempenho dos ambientes construídos com a adoção do método. Esta pesquisa possui uma natureza aplicada e uma abordagem quali-quantitativa. Seu desenvolvimento ocorrerá através de duas etapas. A primeira, de natureza exploratória, busca através de uma base investigativa a construção de uma metodologia baseada em desempenho adequada para escritórios de arquitetura. Fazem parte desta etapa a revisão bibliográfica nacional e internacional, revisão bibliométrica acerca dos problemas projetuais relacionados a gestão e gerenciamento de projetos nos escritórios de arquitetura, com apoio do método Proknow-C (Knowledge Development Process – Constructivist), e entrevistas (on-line e por formulários) realizadas com alunos egressos do curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal Fluminense - Campus Campos-Centro, atuantes na área de projetos, e que passarão por triagem sistematizada. A segunda etapa, de natureza explicativa, busca através de uma base experimental a concepção de um projeto que servirá de modelo para análise, utilizando o ambiente NURBS, sob a égide da metodologia baseada em desempenho, obtida na pesquisa investigativa e, por fim, a experiência nos softwares Rhinoceros, Grasshopper e Ladybug, no intuito de validar e analisar o produto proposto neste trabalho. Como resultados esperados, considera-se: auxiliar profissionais em seus escritórios a implantar os modelos performativos, até mesmo de modo particionável; ajudar no desenvolvimento de novas habilidades profissionais, tanto para o processo projetivo quanto colaborativo; promover melhores análises e extração de dados com foco no fabrico, execução, qualidade e otimização de recursos e custos para redução dos impactos ambientais.

   

LILIAN PEIXOTO FARIA
Orientação:Aline Couto da Costa
 
INCLUSÃO SOCIAL E ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA NA ESCOLA: abordagem teórica e análise no campus Campos Guarus do Instituto Federal Fluminense
A legislação brasileira garante o direito à educação a todos (BRASIL, 1988), mas há muitas instituições de ensino que não possuem ambientes planejados ou adequados às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e desconsideram o que é estabelecido pelo Desenho Universal, que prevê espaços democráticos e inclusivos (CAMBIAGHI, 2017), que atendam às necessidades atuais e futuras dos usuários e se volte para todos sem discriminação. Este trabalho, que faz parte de uma pesquisa que está sendo desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologias do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, possui como temática a inclusão social e a acessibilidade arquitetônica escolar, tendo como recorte espacial o campus Campos Guarus do IFF, situado em Campos dos Goytacazes no estado do Rio de Janeiro; e como recorte social estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida. Nesse sentido, tem-se como objetivo apresentar uma abordagem teórico-conceitual e o estado da arte relativo ao tema, bem como uma caracterização da respectiva escola e análise da acessibilidade arquitetônica em seus ambientes construídos. Para isso, têm sido utilizadas estratégias metodológicas de cunho exploratório e origem qualitativa, visando uma melhor compreensão da realidade estudada, abordando: pesquisas bibliográficas e documentais sobre os temas envolvidos e sobre os referenciais metodológicos relacionados à análise da acessibilidade arquitetônica, bem como estudo de caso e pesquisa de campo, por meio da apresentação da escola selecionada e levantamento arquitetônico com mapeamento das não conformidades referentes à acessibilidade. A análise dos dados indicará necessidades de adequações da infraestrutura do espaço físico e nortearão o desenvolvimento de diretrizes e soluções projetuais para o campus institucional. Com foco na educação inclusiva, a proposta terá como base o conceito de Desenho Universal e uma arquitetura flexível, que se adeque às necessidades atuais e futuras, e se volte para todos, permitindo espaços democráticos e inclusivos. Acredita-se que esta pesquisa possibilite reflexões sobre as condições de acessibilidade das instituições de ensino profissional e tecnológico no Brasil, uma vez que a educação é garantida a todos por lei e a arquitetura escolar é um meio de prover a inclusão social da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida nesse ambiente.

   

LUCIANA FAGUNDES BENEVIDES
Orientação:Luciano Falcão da Silva e Danielly Cozer Aliprandi (coorientadora)
 
UMA PROPOSTA DE INDICADORES DE URBANIDADE PARA ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS
Toda cidade possui um sistema de espaços livres, ou seja, um conjunto de espaços livres de edificação, vegetados ou pavimentados, públicos ou privados, e de fundamental importância para a vida cotidiana e ambiental da cidade, bem como para a constituição da sua paisagem. Entretanto, a rápida expansão das cidades impõe diversos desafios, os quais afetam a qualidade de vida, especialmente nos espaços livres públicos. Estes, ora são subutilizados devido a diversos fatores como a própria qualidade física do espaço, ora existem em reduzida quantidade e de forma fragmentada. O conceito de urbanidade, portanto, é o tema central desta pesquisa por se tratar de um atributo que vem da cidade e é capaz de tornar o espaço urbano acolhedor, ou seja, um atributo ligado ao aspecto da qualidade urbana. Destaca-se, portanto, a importância da avaliação de espaços a partir de indicadores ou critérios de qualidade que possam servir de parâmetro para identificação da urbanidade em espaços livres públicos, ao mesmo tempo em que se verifica uma carência desses indicadores em especial para avaliação de espaços livres em cidades brasileiras. Isto posto, o objetivo deste trabalho é trazer estes indicadores, condizentes com a realidade de cidades brasileiras de pequeno e médio porte, para dar suporte ao processo de projeto de espaços livres públicos, em especial os de convívio e lazer, recorte adotado nesta pesquisa. Como meio de obter os indicadores, pretende-se: identificar as categorias e conceitos dos espaços livres públicos; investigar os parâmetros e indicadores de urbanidade de espaços livres públicos; e avaliar, através destes indicadores, validando a seleção, três espaços na cidade de Macaé-RJ, sendo estes: Praça Washington Luiz, Praça do Mirante da Lagoa e trecho da Orla dos Cavaleiros. Como abordagem metodológica, considera-se a importância da relação usuário-ambiente através da Avaliação Pós-Ocupação (APO), atribuída ao espaço urbano. Serão utilizados métodos da APO sob o ponto de vista do especialista para identificação dos indicadores presentes nos espaços avaliados. Destaca-se também que a pesquisa é caracterizada como natureza aplicada. Foi escolhido o modelo de pesquisa exploratória como auxílio para compilação de informações e compreensão aprofundada do assunto, visto que se busca mais proximidade com o problema, etapa já concluída nesta pesquisa em andamento. O trabalho visa contribuir para a pesquisa na área de Arquitetura e Urbanismo abordando aspectos relevantes ao período contemporâneo e pertinentes às necessidades das cidades brasileiras, as quais enfrentam diversos desafios em relação à formação e construção dos espaços livres públicos.

   

LUIZA FERNANDES NETO
Orientação:Regina Coeli Martins Paes Aquino e Margarida Maria Mussa Tavares (coorientadora)
 
ARQUITETURA SOCIOEDUCATIVA: uma abordagem sobre os CREAS
Os atos criminosos ou de contravenção penal cometidos por jovens com idade entre doze e dezoito anos são considerados infracionais e esses adolescentes, penalmente inimputáveis, devem atender às medidas que vão desde a advertência até a internação de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para esse jovem, é preciso aprender a conviver com desconfianças e perseguições da sociedade, por viverem em uma constante pressão psicológica, já que seu convívio é marcado por julgamento moral e baixas expectativas em relação ao próprio futuro, que são desfavoravelmente aguçadas pela fragilidade do cumprimento das medidas socioeducativas. Estas, por sua vez, podem ser realizadas em meio aberto e fechado, sendo as primeiras cumpridas nos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS), que geralmente são edificações adaptadas e não possuem ambiências adequadas para esse tipo de assistência, como ocorre no município de Campos dos Goytacazes, por exemplo. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho, que faz parte de uma pesquisa que está sendo desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologias do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, consiste em compreender as ambiências dos locais de assistência social e o como elas podem ser previstas de modo a colaborar com o processo de assistência socioeducativa dos seus usuários, particularmente em relação a esses jovens nessa situação de vulnerabilidade. Para isso, a metodologia estrutura-se em pesquisa bibliográfica sobre os respectivos temas; pesquisa documental envolvendo as legislações vigentes para a socioeducação; e estudos de caso sobre unidades dos CREAS II. Espera-se que esse trabalho contribua para as atividades de pesquisadores, arquitetos e gestores dessas instituições, de modo que consigam proporcionar maior qualidade às ambiências socioeducativas, principalmente voltadas a esse público-alvo.

   

MARIA CAROLINA ALVES MEDEIROS
Orientação:Júlio Cezar Pinheiro de Oliveira e Daniela Bogado Bastos de Oliveira (coorientadora)
 
ÀS PORTAS DA CIDADE: o papel do Plano Diretor acerca da segregação socioespacial em Bom Jesus do Itabapoana-RJ
Percebe-se nas cidades a existência de diferentes dinâmicas que interferem na fruição urbana de seus cidadãos, que podem provocar desigualdades urbanas, como a segregação socioespacial, na qual parte da população se encontra “às portas” da cidade. Isto posto, à luz do direito à cidade, pretende-se investigar os processos que ocorrem em Bom Jesus do Itabapoana para entender a realidade urbana local, partindo do estudo da constituição do espaço urbano, das relações das pessoas com o local de suas moradias e da relação dessas localidades com o meio urbano. Esta análise será embasada na observação de um Conjunto Habitacional de baixa renda e um condomínio horizontal de alta renda, bem como as ações dos agentes e os processos responsáveis pelas disparidades sociais, que muito são influenciadas pela qualidade e pela localização do morar. O objeto de pesquisa deste trabalho é o Plano Diretor de Bom Jesus do Itabapoana (PDBJI), de maneira a entender seu papel acerca da segregação socioespacial no município, tomando como base as localidades citadas anteriormente a fim de traçar um comparativo que permita elucidar as disparidades encontradas no tecido urbano. Neste sentido, aprofundar-se-á o entendimento do papel desse importante instrumento básico da política urbana municipal, questionando: seria o PDBJI um gerador, um elemento que reafirma ou um meio para atenuar a segregação? Para isto, a metodologia - que foi redimensionada devido à pandemia de Covid-19 - se baseia na revisão bibliográfica para aporte teórico referente ao direito à cidade e à segregação; na pesquisa qualitativa, através de entrevistas remotas com diferentes atores políticos responsáveis pela estruturação legislativa e física da cidade; na análise do PDBJI, bem como na elaboração de um mapeamento urbano. Sobre este último ponto, pretende-se analisar o PDBJI no que tange ao direito à cidade, à função social e à segregação socioespacial, com base nos contrastes urbanos observados, de forma a contribuir com um material voltado à revisão do mesmo, com diretrizes para elaboração participativa de um novo marco regulatório, e que sirva de recurso para nortear o planejamento urbano do município em prol da promoção de uma cidade mais inclusiva, com foco na minimização da segregação. Destaca-se, ainda, com relação ao planejamento urbano, que se torna imprescindível repensar os modelos atuais de ocupação das cidades, principalmente por conta da pandemia de Covid-19, que agravou as desigualdades urbanas já existentes nas cidades, mostrando a urgência na resolução de problemas como a segregação e a falta de acesso à moradia digna e demais direitos sociais atrelados à política de desenvolvimento urbano.

   

MARIA RACHEL LUIZ FREITAS RANGEL
Orientação:Margarida Maria Mussa Tavares e Luciano Falcão da Silva (coorientador)
 
TECNOLOGIAS DIGITAIS E DIREITO À CIDADE DO SÉCULO XXI: proposta de modelagem de estrutura em UML que dê suporte à participação social no processo de produção do espaço urbano em Campos dos Goytacazes
A inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação no cotidiano humano tem modificado diferentes setores existentes. Com relação à organização das cidades não tem sido diferente. As TICs estão se tornando parte indissociável da urbe do século XXI. Porém, as políticas urbanas, em muitas cidades brasileiras, ainda caminham a passos lentos, presas a práticas rígidas e obsoletas que não conseguem atender de forma democrática à nova sociedade conectada, distanciando os cidadãos de seu direito à cidade. Parte desse problema pode ser atribuída ao afastamento da sociedade das decisões urbanas, o que resulta em planos e práticas alheios à realidade da sociedade contemporânea, contemplando apenas pequenos grupos no poder. Dessa forma, o presente trabalho partirá da premissa que as tecnologias, especialmente as redes sociais digitais, têm potencial para facilitar a comunicação entre população e governo, promovendo assim novas formas participativas de gestão e planejamento urbanos, fomentando um novo urbanismo, mais flexível, criativo e democrático. Partindo dessas observações, o objetivo geral deste trabalho é investigar os limites e capacidades das redes sociais digitais, na tentativa de elaborar um modelo UML que oriente a implementação dessas redes como suporte às decisões no município de Campos dos Goytacazes, atuando como um fortalecedor da participação social no processo de planejamento e gestão urbanos do município. Para isso, foram elencados os seguintes objetivos específicos: compreender a noção de direito à cidade aplicada a sociedade contemporânea conectada; analisar o cenário atual das cidades a fim de observar como a tecnologia tem transformado física e socialmente os espaços urbanos; entender a relevância da participação popular nos processos urbanos, estabelecendo um panorama sobre o assunto; investigar exemplos de usos e apropriações das redes sociais no exercício da cibercidadania em Campos dos Goytacazes; e compreender as especificidades do uso da UML, voltando sua aplicação para os objetivos deste estudo. Dentre os procedimentos metodológicos, destacam-se a pesquisa bibliográfica do estado da arte do tema, a análise empírica das páginas oficiais da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, buscando entender como essa participação se estrutura atualmente nesses espaços digitais para, por fim, propor a elaboração de diagramas UML voltados para a legitimação do uso dessas redes sociais digitais como ambientes de participação popular. Espera-se, com o estudo, apontar novos caminhos para o aprofundamento do diálogo cidadão-governo, no sentido de ampliar o direito à cidade no município de Campos dos Goytacazes..

   

NUBIA SANTANNA VIEIRA
Orientação:Sérgio Rafael Cortes de Oliveira
 
ABORDAGEM TECNOLÓGICA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ
Desde a consolidação curricular da formação em Arquitetura ocorrida há quase um século até a atualidade, as questões tecnológicas se fazem presente mas, com o passar do tempo, passaram a figurar de modo menos integrado à prática projetual arquitetônica. Esta pesquisa de mestrado, em desenvolvimento, debruça-se no problema sobre como ocorre a interlocução entre a formação técnica e a projetual de arquitetos e urbanistas em Campos dos Goytacazes/RJ e da hipótese de uma tendência de formação discente mais teórica e de valorização da forma, com pouca articulação entre as disciplinas tecnológicas e de projeto. Assim, tem-se por objetivo perceber a importância e analisar como se dá o ensino tecnológico em Arquitetura e Urbanismo, além da sua articulação com as disciplinas de projetos arquitetônicos e urbanísticos e com os estágios supervisionados. Como recorte amostral foram escolhidos os cursos de Arquitetura e Urbanismo ofertados nas Instituições de Ensino Superior em Campos dos Goytacazes/RJ: Centro Universitário Fluminense, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, e Institutos Superiores de Ensino do Censa; município que abriga o curso de mestrado no qual esta pesquisa se insere. Para esta pesquisa de natureza aplicada, de caráter exploratório e descritivo, com abordagem mista (qualiquantitativa), são adotados como procedimentos metodológicos: pesquisa bibliográfica, que possibilita a formação do repertório teórico acerca da temática estudada; pesquisa documental, que permite o conhecimento das informações das instituições analisadas; e levantamento de campo, que permite conhecer a partir da aplicação de instrumentos de coleta tipo questionários on-line, as percepções de professores e alunos sobre a temática e também sobre sua ocorrência nas efetivações práticas curriculares. De modo a propor estratégias que contribuam para uma formação interdisciplinar em consonância com as demandas práticas da profissão, após a triangulação das informações encontradas pela aplicação dos procedimentos metodológicos, a pesquisa apresentará um produto que consiste em um conjunto de apontamentos para uma remodelagem curricular, não apenas como registro documental mas, principalmente, indicativos para a efetivação prática, além de uma proposta de disciplina/curso de curta duração de formação complementar e/ou continuada, que consolide o viés defendido. Dentre os resultados da pesquisa, percebem-se sinalizações de uma interlocução deficitária entre o âmbito tecnológico e o projetual, além do reconhecimento da importância e influência do eixo tecnológico no processo formativo dos arquitetos e urbanistas do universo em questão.

   

THALITA ROSARIO DE OLIVEIRA MOREIRA
Orientação:Daniela Bogado Bastos de Oliveira
 
ACESSIBILIDADE NA PRAÇA NILO PEÇANHA E SEU ENTORNO, NA CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ
Os sistemas de espaços livres públicos têm nas praças importantes elementos por seu papel voltado para a qualidade de vida, por seu aspecto ambiental, de lazer, por serem cenário para a memória afetiva da população, para expressão e manifestações políticas, e para a convivência social envolvendo toda a diversidade humana, como pressuposto para a vida urbana e efetivação do direito à cidade, enquanto direito de todos à produção de cidades mais justas, inclusivas, democráticas e sustentáveis. Eliminar barreiras físicas visa à promoção do direito à cidade, tendo na acessibilidade instrumento legal de inclusão, referindo-se à garantia de que todos, especialmente pessoas com deficiência (PcD) ou mobilidade reduzida (PMR), utilizem e acessem todos os lugares, por seu próprio esforço ou com assistência de outros. Porém, no momento em que a pandemia da Covid-19 requer o afastamento social, para preservação da vida humana, a maneira de vivenciar a cidade e seus ELPs é atingida. Esta pesquisa trata da acessibilidade na Praça Nilo Peçanha e seu entorno, localizados na região central de Campos dos Goytacazes/RJ. Mais conhecida como Jardim São Benedito, a praça tem diversos usos e atrativos para tornar mais leve a rotina que, para PcD e PMR, costuma ser de muitos desafios. Porém, esses usos ficaram comprometidos devido ao fechamento da praça no início da pandemia. Esta também afeta as estratégias metodológicas da pesquisa, no sentido da avaliação do espaço não contar com o envolvimento e contato de outros indivíduos. Assim, realiza-se revisão bibliográfica e pesquisa de campo com observação direta do local de estudo pela pesquisadora, e aplicação de checklist baseado em princípios de Desenho Universal e normas de acessibilidade, avaliando-se: passeio; travessias e guias rebaixadas; estacionamentos na via pública, junto à praça; sinalização de alerta e direcional em piso tátil; elementos e mobiliários urbanos. Com o início desta pesquisa anterior ao fechamento da praça, alguns resultados já foram alcançados a respeito do seu interior e perímetro, como: existência de rampas e rebaixamento de guias, mas insuficientes e fora dos padrões das normas; inadequação do passeio devido ao revestimento e à carência de manutenção; falta de sinalização tátil, direcional ou de alerta; e ausência de vagas de estacionamento reservadas para pessoas em cadeira de rodas e idosos. Diante do que já se observa, muito há de ser feito para atendimento às normas de acessibilidade, acolhimento e inclusão de todos os cidadãos, potenciais usuários da praça e seu entorno, em especial, PcD ou PMR, para assim, fazer com que a Praça Nilo Peçanha e seu entorno sejam considerados mais acessíveis..