Dia de campo promove debate sobre maracujá

Inovação, tecnologia, oportunidade, sustentabilidade, desafio, cooperação. Estas foram algumas das palavras-chave do Dia de campo do projeto Arranjo Produtivo Local (APL) do maracujá e do Seminário sobre aproveitamento dos resíduos das indústrias de suco e polpa de maracujá, que reuniram cerca de 200 pessoas nos dias 5 e 6 de novembro, no campus Bom Jesus. Além da abordagem local, o evento trouxe pesquisadores e produtores colombianos, promovendo um rico intercâmbio entre os presentes.

O responsável pelo Setor de Fruticultura e Coordenador de Produção Agropecuária do campus Bom Jesus, Clinimar Oliveira Amaral, foi um dos organizadores dos eventos e explica que o objetivo é divulgar as tecnologias utilizadas no cultivo de maracujá, bem como a possibilidade e viabilidade econômica do aproveitamento dos resíduos da indústria de processamento do fruto.

O evento atraiu pesquisadores, produtores, técnicos e futuros profissionais da área. Gabriel Carneiro Galhardo é estudante do IFF campus Cambuci e acredita que o conteúdo apresentado no evento irá ajudá-lo nas disciplinas e na vida profissional: “descobri coisas que não sabia e aprendi muita coisa diferente. É uma oportunidade única, porque as pessoas que estão aqui vieram passar conhecimento que não adquiriríamos em outros lugares.”

Estiveram presentes no Dia de Campo, ainda, o diretor de Ensino do campus Bom Jesus, Leandro Costa, representando o diretor Geral, João Renato Escudini; a pró-reitora de Extensão e Cultura, Paula Bastos, representando o reitor do IFFluminense; o vice-prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, Jarbas Borges; e o professor titular da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Almir Junior Cordeiro de Carvalho, representando o reitor da instituição, professor Silvério de Paiva Freitas.

O Dia de Campo

Dando início à sequência de seis palestras programadas para a quinta-feira (5), o coordenador técnico da Embrapa Agroindústria de Alimentos Sérgio Cenci apresentou o panorama da produção de maracujá no estado do Rio de Janeiro e falou sobre as oportunidades e desafios relacionados à cultura.

A colombiana Marisol Parra veio acompanhada de produtores e técnicos, e trouxe informações a respeito do trabalho desenvolvido em seu país. “É uma grande experiência conhecer todos estes processos tecnológicos aqui no Brasil, porque temos na Colômbia uma região produtora de maracujá e há uma projeção de ampliação de novas áreas, nas quais se pretende complementar os processos de agroindústria, interessantes como o que acabamos de ver”, avaliou.

Na sequência, Fabio Faleiro (Embrapa Cerrados) falou sobre os avanços no melhoramento genético do maracujá no Brasil e destacou que “diversidade é a palavra-chave para o melhoramento”. Raul Rosa (Embrapa Agrobiologia) discorreu sobre o potencial lucrativo da atividade, Alexandre Viana (UENF) apresentou cultivares resistentes a viroses e Sandro Reis (Extrair Óleos Naturais) encerrou as palestras do dia falando sobre o mercado para novos produtos dos resíduos da indústria de processamento da fruta, introduzindo o assunto debatido no seminário do dia seguinte.

Seminário sobre aproveitamento dos resíduos das indústrias de suco e polpa de maracujá

A primeira exposição do dia foi feita por Éder Dutra, da UENF, que abordou questões relacionadas ao processamento do suco, da casca e do resíduo da polpa bruta do maracujá. Ele falou sobre o potencial das agroindústrias do estado do RJ e apresentou produtos comerciais dos resíduos, como cosméticos.

Samer Pereira, do SENAI Vassouras, frisou a importância das boas práticas de fabricação e da manutenção preventiva para garantir a qualidade do produto final oferecido aos clientes.

Os participantes tiveram, ainda, a oportunidade de visitar propriedades produtoras e a empresa Extrair Óleos Naturais, para ver de perto um pouco do que foi abordado nas palestras dos dois eventos.

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(Publicada em: 10/11/15)