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Campus promove palestra com Maria Prestes
O campus Bom Jesus recebeu, na manhã desta terça-feira, dia 14 de maio, a visita de Maria Prestes, viúva de Luiz Carlos Prestes. O evento foi organizado pelos professores do Núcleo de Estudos e Pesquisas Estratégicos (NEPE) do campus Bom Jesus, em conjunto com o Grêmio Estudantil.
O Diretor do campus Bom Jesus, João Renato Escudini, e o presidente do Grêmio Estudantil, Yuri Nascimento, agradeceram a Maria pela visita. “A sua vinda ao campus é uma honra para a instituição e para a nossa cidade. Este país precisa se espelhar em figuras como a sua e a de Luiz Carlos Prestes”, disse João. “São nesses personagens de nossa história que nos inspiramos para lutar por um país mais justo e melhor”, afirmou Yuri.
Maria Prestes, 83 anos, exibiu um documentário sobre sua história e falou aos alunos e servidores, que lotaram o auditório do campus Bom Jesus, sobre a sua vida, o comunismo, a relação com o marido, que faleceu em 1990, e a Coluna Prestes, movimento iniciado em 1924, que percorreu 25 mil quilômetros pelo interior do Brasil, conhecendo de perto a realidade brasileira, a fome e a miséria, e lutando pela reforma agrária.
- Tenho orgulho de ser Maria Prestes, viúva do ‘Cavaleiro da Esperança’, e de contar esta história para a juventude, que não conhece o passado de luta que nós tivemos. O nosso país tem homens e mulheres de valor, que deram a sua vida e se sacrificaram para que hoje nós estivéssemos aqui, falando abertamente, com liberdade de expressão. Luiz Carlos Prestes sempre foi coerente com os seus ideais e nunca se corrompeu -, afirmou Maria.
De Bom Jesus, Maria Prestes segue para Brasília. Na próxima quinta-feira (16), o Senado Federal realizará uma Sessão Solene, revogando a cassação do mandato de senador de Luiz Carlos Prestes, ocorrida durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, em 1946.
Livro – Em “Meu Companheiro - 40 anos ao lado de Luiz Carlos Prestes”, Maria fala sobre a história de Prestes, sua relação de 4 décadas ao lado do marido e apresenta seu ponto de vista sobre este período importante da história do Brasil. No livro, Maria conta, também, sobre a sua militância política, os anos que viveu na clandestinidade, a mudança de nome e o afastamento do convívio com os familiares.
O livro bilíngue (português e espanhol),
ilustrado com fotos e documentos históricos, conta com texto de contracapa
assinado pela presidente Dilma Rousseff. A presidente afirma que “Maria é
direta e simples, exemplo da fibra da mulher brasileira que, ao ler este livro,
vocês vão conhecer”.
Em depoimento na orelha do livro, a escritora Rachel de Queiroz diz que a obra
é “um depoimento singelamente ditado pelo amor, pela incansável
dedicação, pela necessidade de repor seu lugar a verdade".