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Evento sobre os 50 anos do Golpe Militar foi um sucesso
Promovido pelo Centro de Memória do campus Bom Jesus com a colaboração de professores da instituição, o evento “Relembrando os 50 anos do Golpe”, realizado na última segunda-feira, dia 31 de março, foi considerado um sucesso pelos seus organizadores. Os alunos lotaram o auditório Amanda Celeste durante as palestras, que contaram com a participação de servidores e da pró-reitora de Extensão e Cultura do IFFluminense, Paula Bastos.
A programação contou com exposição de painéis e trabalhos de alunos sobre temas relacionados à Ditadura Militar e à Democracia. O professor Sthefann Baldow tocou e cantou músicas de protesto das décadas de 60 e 70, com a participação das alunas Carla e Laura, do 3º ano do Curso Técnico de Agroindústria.
Em seguida, a professora de História Elaine Tardin falou sobre a “Ditadura civil-militar 50 anos depois: avanços e retrocessos”. Dando prosseguimento a tarde de palestras, o médico aposentado e ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), José Luiz Moreira Guedes, falou sobre sua trajetória de vida e luta no movimento estudantil. Ele foi preso durante reunião clandestina da UNE, em Ibiúna-SP, em 1968; conseguiu fugir, mas viu vários amigos serem presos e torturados.
- Meu irmão foi preso e torturado durante a ditadura. Meus pais e minha irmã morreram em um suposto acidente de trânsito. Sou torturado pela dúvida. O Brasil profundo é muito maior do que o que a gente vê na superfície. A maioria dos torturados e mortos são anônimos. A grande diferença dos dias atuais para o período da ditadura é o direito a opinião. O direito de opinar dá uma alegria, é uma satisfação saber que você pode dar sua opinião e ser respeitado – declarou José Luiz.
A coordenadora do Centro de Memória e professora de História, Fernanda Rabelo, ficou satisfeita com o resultado do evento. “Gostaria de agradecer a todos os diretores, coordenadores e servidores que colaboraram. Foi muito bom ver os alunos curtindo, participando e aproveitando um espaço democrático, onde todos puderam levantar questionamentos e debater o tema da Ditadura, algo mais do que necessário”, afirmou Fernanda.
(Publicada em 04/04/14)