Panorama da Educação Ambiental do Setor Elétrico Brasileiro

por Tarsila Sales publicado 23/05/2016 07h11, última modificação 06/03/2020 16h11

DSc. Roberta de Sousa Ramalho.

A Educação Ambiental (EA) consiste em um importante instrumento de Gestão Ambiental no meio corporativo. O presente estudo consiste na avaliação de quatro empresas do setor elétrico brasileiro a partir de quatro diretrizes do ProNEA em relação ao público externo. Na primeira diretriz, transversalidade e interdisciplinaridade, as empresas obtiveram êxito através da abordagem da temática ambiental de modo sistêmico, mostrando a interação da sociedade com o meio ambiente. Na segunda diretriz, descentralização espacial e institucional, as organizações não permitiam a participação da população na construção e implementação de políticas e programas de EA, sendo classificadas em relação ao grau de abertura de participação do público externo como “inexistente”. Na terceira diretriz, sustentabilidade socioambiental, as empresas com os maiores números de ações socioambientais foram destacadas e analisadas em relação à orientação na formação de grupos comunitários e na elaboração de políticas públicas. As empresas apresentaram números variados de ações, porém não orientaram a comunidade em relação aos grupos comunitários e a construção de políticas públicas. Na última diretriz, democracia e participação social, todas as empresas apresentaram materiais informativos em relação ao meio ambiente, orientando o público externo a adotar medidas sustentáveis em seu cotidiano. Dessa forma, a aplicação da EA deve envolver o público externo, além de uma equipe especializada para dar suporte necessário às atividades e agir corretivamente em eventuais problemas. O programa de EA deve ser algo permanente, deixando de ser caracterizado como um evento esporádico dentro da organização, assim, o tão desejado processo de conscientização pode ser despertado tanto no público interno como no externo.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Gestão Ambiental, Público Externo.

Environmental Education (EE) is an important instrument of Environmental Management in the corporate area. This study consists in an evaluation of four Brazilian energy companies from four ProNEA guidelines in relation to general public. At the first guideline, transversality and interdisciplinarity, the companies have succeeded by addressing the environmental subject in a systemic way, showing society and environment interactions. At the second guideline, spatial and institutional decentralization, the companies did not allow general public participation in the construction and implementation of EE policies and programs, being classified according to the opening external public participation degree as “nonexistent”. At the third guideline, social and environmental sustainability, companies with the largest numbers of social and environmental initiatives were highlighted and analyzed about community groups formation and public policy development. The companies had varying numbers of initiatives, but they did not guide people about community groups and public policies construction. At the last guideline, democracy and social participation, companies had informative materials about the environment, guiding the general public to adopt sustainable measures in their daily lives. Therefore, EE application should involve general public, as well as a specialist team to support the activities and act correctively when required. EE program should be permanent, no longer characterized as a sporadic event within the organization, thus, the desired process of awareness can be aroused in both audiences.

Key words: Environmental Education, Environmental Management, General Public.

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