A Aplicação do Modelo do Ligante Biótico na Gestão Ambiental da Lagoa de Imboassica

por Nikolas Gomes Silveira de Souza publicado 30/01/2020 10h03, última modificação 30/01/2020 10h03

Manildo Marcião Oliveira
Coorientadora: Dra. Laura Isabel Weber da Conceição

O conhecimento profundo da dinâmica de xenobióticos, se revela como um forte aliado ao cumprimento dos objetivos do desenvolvimento sustentável. A presença de metais na superfície terrestre, em quantidades específicas, pode trazer malefícios à toda população. Ocasionalmente, há o aumento dessas concentrações pela ação humana. Uma forma de tentar prever o evento de contaminação é o pelo uso de ferramentas matemáticas como o Modelo do Ligante Biótico (BLM). Essa ferramenta da ecotoxicologia permite predizer sobre a qualidade de determinado corpo hídrico em relação a um determinado metal. Um conceito novo de predição utilizando ferramentas da computação e matemática que trazem precisão nos resultados. Elaboramos uma revisão sistemática do uso do modelo no Brasil para avaliar o impacto destes estudos na comunidade científica nacional. Observou-se que os países como os EUA e os da Comunidade Europeia já utilizam o recurso em suas avaliações de risco e que apesar do Brasil contar com elevada quantidade de recursos hídricos, não há muitos artigos relacionados ao tema tampouco aplicações. Apesar disso, o assunto é gerador de publicações de alto impacto nos periódicos da área de ciências ambientais. O uso de espécies padronizadas que atendam as realidades de cada ambiente é uma necessidade. Além desta revisão, um estudo da qualidade da água da Lagoa de Imboassica em Macaé/RJ, com análise de dados físico-químicos obtidos entre (Dez 2018 – Mar 2019) usando o BLM, obteve-se a toxicidade aguda da exposição do peixe Onchorhynchus mykiss ao cobre a faixa 23,14 a 758,94 μg.L-1 . Por fim, o microcrustáceo nativo da Lagoa de Imboassica, Quadrivisio lutzi, foi exposto ao cobre para verificar a possível aplicação no método e favorecendo o uso de espécies nativas. Localizou-se o CL50/48h em 1.516 mg.L-1 Cu+2, valor superior aos organimos modelos do BLM.
Palavras-chave: Xenobiótico. Ecotoxicologia. Imboassica. BLM.

The deep knowledge of the dynamics of xenobiotics reveals itself as a strong ally to the fulfilment of sustainable development goals. The presence of metals on the earth's surface, in certain quantities, can be harmful to the entire population. Occasionally, these concentrations increase by human action. A way to try to predict the contamination event is by the use of mathematical tools such as the Biotic Ligand Model (BLM). This ecotoxicology tool allows us to predict the quality of a given water body in relation to a particular metal. A new concept of prediction using computation and mathematical tools, which bring precision to the results. We conducted a systematic review of the use of the model in Brazil to assess the impact of these studies on the national scientific community. It was observed that countries such as the USA and the European Community already use the resource in their risk assessments and that although Brazil has a high amount of water resources, there are not many articles or applications related to the theme. Nevertheless, the subject generates high impact publications in environmental science journals. The use of standardized species that meet the realities of each environment is a must. In addition to this review, a study of the water quality of Imboassica Lagoon in Macaé / RJ, with analysis of physicochemical data obtained between (Dec 2018 - Mar 2019) using the BLM, obtained the acute toxicity of copper exposure on Onchorhynchus mykiss fish ranging from 23.14 to 758.94 μg.L-1. Finally, the native microcrustacean of Imboassica Lake, Quadrivisio lutzi, was exposed to copper to verify the possible application in the method and favoring the use of native species. The LC50 / 48h was located at 1,516 mg.L-1 Cu+2, value higher than the BLM model organism.
Keywords: Xenobiotic. Ecotoxicology. Imboassica. BLM.

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