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Educação Profissional e Tecnológica
107 anos da Rede Federal é comemorado no IFFluminense
Jefferson Manhães fala aos servidores durante café da manhã.
Para comemorar os 107 anos da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, neste 23 de setembro, a Reitoria do IFFluminense organizou um café da manhã para a imprensa, servidores e convidados, no Centro de Referência em Tecnologia, Informação e Comunicação na Educação, em Campos-RJ.
“É um prazer comemorar 107 anos com essa energia e com essa escola que nós estamos construindo e que vem nos orgulhando”, declarou o reitor do IFFluminense, Jefferson Manhães de Azevedo. “O trabalho que estamos continuando hoje – que vem desde 1909 – está ajudando a transformar o nosso país, a nossa região. Esta escola transforma a vida de cada um de nós: estudantes e servidores. Nós crescemos com ela”, disse. O reitor falou dos desafios cotidianos e do enfrentamento para não permitir que os IFs tenham seus espaços diminuídos. “Temos uma Rede mais forte, com enormes desafios, mas que pode crescer ainda mais. O resultado das nossas ações faz a diferença na vida das pessoas. Parabéns a todos nós que cuidamos da vida do outro. Esta instituição vem transformando vidas e o nosso país”.
Os festejos também marcam os 50 anos do Ensino Técnico em Campos e na instituição e, na ocasião, Jefferson apresentou a marca comemorativa desenvolvida pela Coordenação de Imagem Institucional em conjunto com os programadores visuais da Diretoria de Comunicação e impressa em 3D no Polo de Inovação Campos dos Goytacazes.
Grande incentivador das comemorações das cinco décadas de ensino técnico, o professor da casa, Joanes Corrêa da Silva, ex-aluno da segunda turma de Eletrotécnica da antiga Escola Técnica Federal de Campos, é um exemplo da mudança de vida promovida pela Rede Federal de EPT. Ele relembrou a primeira vez em que entrou na Escola, em 1967. “Meu projeto era ser médico, mas como filho de operário de usina de açúcar de Ururaí, eu não tinha condições de pagar a faculdade. Na época, estudava no Liceu e não me sentia bem porque queria rapidamente ingressar no mercado de trabalho para me inserir na sociedade com mais dignidade”, contou. Foi quando ele viu um cartaz na rua sobre os cursos técnicos oferecidos pela Escola Técnica. “Meio tímido, subi as escadas e logo encontro com uma pessoa que me ajudou e me incentivou, a professora Julia Codeço, uma grande educadora desta cidade”, relembrou. Joanes contou que muitos de seus colegas de curso foram trabalhar na Petrobras e em grandes empresas de São Paulo. “A reflexão que faço é da importância que esses cursos técnicos tiveram na inserção, com qualidade de vida, de centenas de jovens”.
Atualmente, Joanes é professor do IFFluminense onde atua há 46 anos. “Se não tivesse sido criado este espaço, o que eu faria, o que eu seria? Por isso, temos que sempre lembrar o passado. O passado é a alma do resultado que está no presente”, ressaltou.
E como Joanes, muitos estudantes passaram e continuam a passar pelas salas da tão conhecida Escola Técnica, que se transformou em Cefet e, mais recentemente, em IFFluminense, mantendo o seu objetivo maior que é o de transformar a vida das pessoas. José Carlos de Azeredo, 21 anos, foi estudante do Ensino Médio e hoje cursa Letras Português-Literaturas. Para ele, o instituto “é um espaço onde o estudante pode ir além de sua formação acadêmica. O IFFluminense consegue dar conta de apurar a maturidade e de suscitar os valores humanos de seus alunos, sem perder a qualidade no ensino. É uma instituição que tem o hábito de inaugurar histórias de sucesso”.
Renata Pessanha, secretária executiva da Pró-reitoria de Ensino e Aprendizagem, é servidora da casa e ex-aluna do Curso Técnico em Telecomunicações e da Pós-graduação em Literatura, Memória Cultural e Sociedade. “Participar das comemorações dos 107 anos para mim é um momento de muita emoção porque a minha entrada na instituição foi nas proximidades dos 105 anos quando houve uma videoconferência com todos os IFs, então tenho uma memória emotiva muito grande. Faz parte de mim! Além de eu ser ex-aluna da instituição”, conta.
Joanes, José Carlos, Renata, tantas histórias e tantas pessoas que passaram e ainda passam pela instituição deixando suas marcas, construindo histórias e levando consigo uma vida transformada por uma instituição que se transforma a cada dia.
Ferdinanda Maia / Comunicação Social da Reitoria