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Água
Projeto visa à gestão eficiente do consumo de água
Mais do que o monitoramento, o sistema auxilia o gestor na tomada de decisão.
O projeto de pesquisa, intitulado “Sistema integrado de gestão de água”, é desenvolvido pelo professor e coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT-IFFluminense), Rodrigo Martins Fernandes, e pelos estudantes bolsistas do Curso de Engenharia de Controle e Automação, Marcos José Gonçalves, Hiago Santos da Gama e Lucas Cordeiro Rangel, em parceria com a empresa Eneltec. As pesquisas acontecem no campus Rio Paraíba do Sul/Upea, sede do Polo de Inovação do IFFluminense/Embrapii.
“Desenvolvemos um sistema de medição para facilitar o monitoramento de dados de consumo de água pelo gestor público em sua tarefa de economizar recursos. Assim, ele pode identificar, a partir de informações e gráficos simples, onde está o desperdício, o que pela conta de água não é possível”, explica Rodrigo.
O aparelho também poderá ser usado para monitorar o consumo de energia. No caso da água, o equipamento é instalado em um cano e conectado a um computador que faz a geração dos gráficos. “O diferencial do nosso trabalho é a possibilidade de configurar o sistema a um servidor de armazenamento gratuito a partir de uma conta pessoal como o Google drive, por exemplo. O equipamento passa a enviar todos os dados para esta conta e o gestor poderá acessá-los de qualquer lugar e a qualquer hora”, complementa.
É possível analisar picos de consumo, por horários e dias; comparar gastos por um período de tempo (mensais, anuais) e estabelecer padrões de consumo. O próximo passo, agora, será desenvolver relatórios e indicadores de forma mais sintetizada.
“Mais do que o monitoramento, o sistema auxilia o gestor na tomada de decisão para a implantação de ações e programas que possam promover o consumo mais eficiente da água”, acredita Rodrigo.
Neste ano, o trabalho já foi apresentado no III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, em maio, em Recife-PE, e na 67ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Carlos-SP, em julho.
“Cada pessoa que conhece o nosso trabalho vê uma possibilidade de uso diferente o que nos ajuda a agregar valor e aprimorar a pesquisa”, observa o estudante Marcos.
Aprovada na Chamada Pública MEC/Setec/CNPq nº 94/2013, a pesquisa tem financiamento por dois anos no valor de R$ 68.077,91 para capital, custeio e bolsas.