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Projeto reaproveita cascas de maracujá para produção de alimentos ricos em nutrientes

por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 31/01/2020 14h10, última modificação 31/01/2020 14h31
Farinha da casca de maracujá foi usada na formulação de pão e outras receitas também serão testadas.
Workshop foi oferecido durante VII Mostra do Conhecimento

Participantes aprovaram as receitas.

Ela é rica em nutrientes, como fibras, vitamina B3, ferro, cálcio e fósforo. O destino costumava ser o lixo, mas um projeto desenvolvido por três alunos do curso superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana visa popularizar outro fim possível para a casca do maracujá, cuja farinha já é comercializada e tem espaço cativo entre os consumidores de alimentos funcionais. Ajudados pela comunidade, eles reuniram os resíduos para transformá-los em farinha, que foi utilizada para produzir diversas formulações do pão tradicional.

Higienização, corte em tiras finas, secagem e trituração levaram ao produto final, que foi armazenado em geladeira. Diversas formulações foram testadas, até chegarem às três melhores, com 10%, 15% e 20% de farinha de maracujá substituindo parte da farinha de trigo da receita original. O trabalho foi apresentado na VII Mostra do Conhecimento do IFF Bom Jesus, onde também virou workshop. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os benefícios da utilização da farinha na alimentação humana, além de prepararem e experimentarem os pães. Quem experimentou, aprovou. “Disseram que estava muito bom, que podiam sentir o sabor do maracujá, apesar de apresentar um gosto residual um pouquinho amargo”, conta a cientista de alimentos Ana Caroline Barroso.

Pães produzidos com farinha de maracujá

Da esquerda para a direita: receita original; com 10%; com 15% e com 20% de farinha de maracujá na formulação.

Além dos benefícios para os consumidores, que ganham mais uma opção de produto livre de glúten para receitas, o projeto apresenta opção de destino certo para as cascas, que seriam jogadas fora. O objetivo é, também, possibilitar a produção da farinha com baixo custo, tornando o produto mais barato e, portanto, mais acessível. A produção, contudo, demanda grande quantidade de cascas: 11 quilos renderam 882 gramas de farinha.

O próximo passo do projeto é a análise para comparação do teor de fibras na farinha e nos pães. As atividades são desenvolvidas pelos cientistas de alimentos Ana Caroline Barroso e Diego Pádua e pela graduanda em Ciência e Tecnologia de Alimentos Lucilene Benevenuti, orientados pelo professor Alcides Ricardo Gomes de Oliveira. Os processos são auxiliados pelos técnicos de laboratório Wilson Amorim da Silva e Luis Paulo Estephanelli, no laboratório de panificação do Campus Bom Jesus.