Notícias
Evento
Campus Quissamã realiza homenagem ao Barão de Monte Cedro
Engenho Central de Quissamã, cuja instalação foi resultado da atuação do Barão de Monte Cedro junto a produtores rurais do Norte Fluminense e à Corte do imperador D. Pedro II.
O município de Quissamã receberá na próxima sexta-feira, dia 15 de setembro de 2017, o evento que não só homenageia o Barão de Monte Cedro e sua trajetória como visionário da agroindústria para todo o país, mas também conta com o relançamento de seu livro "Estudos Agrícolas". O objetivo é propiciar discussões sobre vocações regionais, agroindústria no Norte Fluminense e o papel do Instituto Federal Fluminense no desenvolvimento local e regional.
As atividades programadas terão início às 9 horas, com a Cerimônia de Homenagem ao Barão no auditório do Campus Quissamã, seguida de três mesas-redondas. O encerramento acontecerá na Praça Matriz de Quissamã, às 21h, com o relançamento do livro.
O livro “Estudos Agrícolas”, que consta do catálogo de Obras Raras da Biblioteca Nacional, será relançado pela Essentia Editora do Instituto Federal Fluminense, como volume 3 da Série Memórias Fluminenses, cujo objetivo é a publicação ou republicação de livros referenciais para a história, a memória e as identidades culturais no âmbito das regiões de atuação do IFF, de forma a possibilitar a ampliação do conhecimento e compreensão da territorialidade fluminense. A obra clássica de autoria de João José Carneiro da Silva, o Barão de Monte Cedro, foi originalmente publicada em dois volumes, nos anos de 1872 e 1875.
O Barão de Monte Cedro, filho e irmão de dois membros influentes da elite brasileira ao longo do século XIX – primeiro e segundo Viscondes de Araruama –, formou-se no prestigiado curso de Ciências Jurídicas da Faculdade do Largo de São Francisco, na cidade de São Paulo, onde foi colega de turma de dois ex-presidentes da Primeira República, Campos Salles e Prudente de Morais. Ao longo de sua vida, destacou-se na produção agrícola, no beneficiamento de insumos do campo e na vida política do interior da antiga província do Rio de Janeiro; deixou quase uma dezena de livros publicados antes de falecer prematuramente, em 1882, com apenas 41 anos de idade.
O relançamento ocorrerá em um território local que inspira a própria obra e que, atualmente, vem se reinventando numa conjuntura de crise econômica e buscando suas próprias raízes fortemente fincadas na produção agropecuária e no beneficiamento de insumos do campo. Historicamente, este mesmo território abrigou o Engenho Central de Quissamã, cujo parque industrial, que atualmente se encontra em ruínas, foi o primeiro gerido em regime de cooperativa na América do Sul. A instalação do engenho foi resultado da atuação do Barão de Monte Cedro junto a produtores rurais do Norte Fluminense e à Corte do imperador D. Pedro II.
No dia 12 de setembro de 2017, na mesma semana em que acontecerá o relançamento da obra do Barão de Monte Cedro, comemoram-se os 140 anos de fundação da velha Usina de Quissamã, cuja comunidade local hoje luta para o seu tombamento.
Aline Estaneck, diretora-geral do IFF Quissamã, afirma que a instituição “deseja contribuir para o desenvolvimento local e regional valorizando as vocações regionais e, portanto, é chegada a hora de levantarmos discussões acerca das perspectivas da Agroindústria e da Agricultura Familiar no Norte Fluminense e como o Instituto Federal Fluminense pode fazer parte desse avanço”, ressalta.
Confira a programação na imagem abaixo: