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“Descobri-me escritora nas aulas de redação”, afirma estudante do IFF Bom Jesus

por Erika Vieira/Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 19/07/2019 17h13, última modificação 19/08/2019 09h48
Incentivo da professora Maria Otília Gomes levou Ana Caroline Barroso à publicação de seu primeiro livro, lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2015.
Lançamento Marcas de Sangue

Primeira publicação foi lançada na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro.

A timidez de Ana Caroline Barroso, técnica em Alimentos e graduanda do curso superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos no IFF Bom Jesus, escondia a paixão que a estudante cultivava desde os nove anos de idade: a escrita. Uma pasta cheia de folhas escritas à mão guarda o registro dos anos de ideias e vivências traduzidas em contos que até recentemente estavam restritos à própria autora. Isso mudou quando, em uma aula de redação, a professora Maria Otília Gomes elogiou a produção da aluna. “Contei a ela que tinha uma pasta de contos. Ela pediu para lê-los e começou a me incentivar. Foi quando comecei a escrever meu primeiro livro”, afirma Ana.

“Marcas de Sangue” foi o título dado à obra, cujos capítulos eram compartilhados em uma plataforma digital onde escritores iniciantes e leitores publicam e leem histórias gratuitamente. Foi lá que uma editora encontrou a criatividade de Ana Caroline. Da tela da rede social, as palavras da escritora ganharam páginas impressas, originando o livro que em poucas horas esgotou a venda das 1.000 primeiras unidades, cujo lançamento aconteceu na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Também foi disponibilizado para venda online por um tempo e, atualmente, está em fase de revisão para a segunda edição.

A. C. Barroso, como se identifica, sempre foi adepta da escrita à mão. Depois de perder a única cópia de “Marcas de Sangue” por um problema em seu computador, voltou a usar a caneta. Seu segundo livro, “O Assassino da Rosa”, por exemplo, tem a versão original produzida à moda antiga. Três outras histórias foram iniciadas e também se encontram em processo de criação. Os primeiros capítulos estão disponíveis online. Perguntada sobre a origem de sua inspiração, a autora é direta: “ela simplesmente vem”, brinca, destacando que as numerosas visitas à biblioteca da escola são fator decisivo para suas narrativas: “um bom leitor é também um bom escritor”.

Incentivo – A professora Maria Otília lembra com carinho da primeira produção textual de Ana Caroline para sua disciplina. Um texto dissertativo, com propostas e ideias que surpreenderam. “Eu me impressionei muito com a força da escrita dela. Era uma menina tão novinha e já com um conto tão profundo. Carol tem um estilo único, bem interessante”, recorda a docente, que conta ter se tornado “fã à primeira leitura”.

Amizades – Outro aspecto relevante para a qualidade de seus textos, segundo Ana Caroline, é a avaliação de amigos. “Tenho uma colega que sempre lê e me orienta, indicando os pontos mais fortes e fracos do texto. Assim vou me aperfeiçoando”, disse. A prática também trouxe novos amigos, que compartilham o mesmo interesse. “Conheci uma ex-aluna do IFF Bom Jesus por meio de amigos, na internet, e só nos conhecemos pessoalmente um tempo depois, em um projeto do IFF”, lembra.

Experiência – Além da Bienal do Livro, a 2ª Feira Literária de Pirapetinga, realizada entre os dias 3 e 5 de maio de 2019 no distrito de Bom Jesus do Itabapoana, recebeu Ana Caroline para uma roda de conversa, onde pôde falar sobre seus livros e compartilhar sua trajetória como autora, incentivando os presentes a investirem em leitura e escrita. Essa foi sua segunda participação em uma feira literária como escritora.

Ana Caroline Barroso na Flipir

Algumas produções de A.C. Barroso estão disponíveis para acesso online. Confira AQUI.