Alunos e profissionais da Escola Municipal Dr. Francisco Baptista de Oliveira, em Bom Jesus do Itabapoana, assistiram a uma competição diferente neste fim de ano letivo. Ao invés de quadra, uma arena; no lugar dos atletas, robôs. A torcida, contudo, não foi diferente da que todos já conhecem. Barulho, euforia e muita vibração para incentivar as estrelas do dia: os participantes do projeto de robótica desenvolvido no Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Bom Jesus do Itabapoana. Utilizando robôs construídos durante as aulas no IFF, as crianças se enfrentaram em um campeonato de sumô com lego controlado, no qual são usados joysticks de videogame para controle dos robôs, que devem ser empurrados para fora de uma área delimitada. 

O objetivo do evento foi possibilitar a demonstração do aprendizado obtido por meio do projeto ao longo do ano. As aulas aconteceram no IFF Bom Jesus e a apresentação final foi realizada na escola parceira, para que todos os alunos e funcionários pudessem assistir à evolução das crianças. A repercussão superou as expectativas e a empolgação tomou conta de todos que assistiam e competiam.

Coordenado pela professora Ianne Nogueira e desenvolvido com o apoio dos estudantes Bruno Libardi e Maurício Passoni, do Curso Superior em Engenharia de Computação, o projeto ofereceu aulas de robótica a alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. As atividades começaram em abril de 2023 e 15 crianças concluíram o programa, que já tem previsão para continuar em 2024. “Foi muito divertido e prazeroso ver a felicidade no rosto tanto de quem assistia como de quem estava competindo. A diretora agradeceu a parceria e reforçou o desejo da renovação para 2024. Os alunos que assistiram demonstraram muito interesse em aprender e questionaram sobre como participar do projeto”, conta Ianne, orgulhosa. “Como professora e coordenadora do projeto, me sinto realizada. É muito gratificante ver que o seu trabalho desperta o interesse por aprender em outras pessoas, ainda mais em crianças”, disse.

Todas as oficinas foram ministradas pelos bolsistas, Bruno e Maurício, que relembram a trajetória construída nestes quase oito meses de atuação. “No primeiro dia de aula das crianças, muitas sequer tinham tido contato com um notebook, não sabiam como funcionava. Pensei ‘não sei como vou ensiná-los a construir um robô assim’. Porém, a cada aula elas me surpreendiam com sua velocidade de aprendizado e empenho. Em pouco tempo dominaram aquela tecnologia desconhecida”, lembra Bruno, já com saudade da interação com a turma. 

Para Maurício, ensinar foi também um meio de aprender. “Conseguimos aprender sobre paciência e formas de ensino que pudessem passar conhecimentos complexos para a mente das crianças e elas entraram em um universo novo, estudando robótica e programação. Auxiliar no crescimento delas é gratificante e a familiaridade e domínio de habilidades mostrados na conclusão realizada na escola foram a prova desse desenvolvimento”, considera.

O projeto também contou com apoio do professor Anderson Lima e da diretora de Pesquisa e Extensão do IFF Bom Jesus, Sheila Abrahão Loures.

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