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Estudantes colombianos da UNITEC compartilham experiência de intercâmbio no IFFluminense

por Paula Vigneron, bolsista do projeto de extensão "Internacionalización en Casa", e Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 04/07/2024 09h42, última modificação 04/07/2024 10h09
Diego Escobar e Maryelin Rivera estão em intercâmbio no Campus Bom Jesus e prestigiaram o XVI Confict.
Estudantes colombianos da UNITEC compartilham experiência de intercâmbio no IFFluminense

Oportunidade de participação em projetos diversos impressionou os estudantes.

As histórias e experiências já vividas no Brasil, nos últimos meses, não deixam dúvidas para os estudantes colombianos Diego Escobar e Maryelin Rivera: o carinho, a hospitalidade e a amizade dos brasileiros superam as expectativas. Eles chegaram ao país em março, para um intercâmbio de quatro meses no Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana, e contaram que a recepção dos colegas e professores fez com que eles ficassem “sem palavras”. Os estudantes estiveram em Campos para acompanhar a programação do XVI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (Confict) e do IX Congresso Fluminense de Pós-Graduação, realizado na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).

Diego, de 19 anos, e Maryelin, de 20, são estudantes do curso de Engenharia de Sistemas da Corporación Universitaria Unitec e estão no Brasil desde o início de março. Após mais de 16 horas de viagem, eles foram recebidos no Campus Quissamã pelos docentes, discentes e servidores durante um evento realizado na instituição. Os dois se lembraram da receptividade em sua chegada. “As pessoas foram muito amáveis. Foi uma recepção muito legal e isso ficou marcado no meu coração. Foi muito importante e muito bonito”, destacou Maryelin.

Diego concordou com a afirmação da amiga e se recordou de todo o percurso que fizeram, desde a saída de Bogotá, onde ambos vivem. “O voo durou quase 12 horas. Depois, pegamos um carro por mais quatro horas. Chegamos a Quissamã cansados, dormimos pouco. Mas foi uma das melhores recepções, com pessoas muito legais, como a professora Ileana (Celeste Fernandez, docente de espanhol), os estudantes. As expectativas estavam muito altas e foram cumpridas. As pessoas fazem com que eu me sinta em casa. Está sendo uma experiência muito legal”, contou.

Os desafios após a chegada — Os intercambistas ressaltaram a gentileza dos brasileiros, principalmente nos momentos mais desafiadores que enfrentaram. Depois da visita ao campus Quissamã, eles seguiram para Bom Jesus e encontraram as primeiras dificuldades: 26 horas de apagão e chuvas intensas no município. Por conta dos riscos previstos, eles foram levados a Cachoeiro de Itapemirim, de onde acompanharam as notícias do que ocorria em Bom Jesus. “Foi muito triste”, ressaltou Maryelin.

As aulas foram suspensas por duas semanas. Naqueles dias, por conta do alagamento que atingiu o Campus Bom Jesus e, consequentemente, o alojamento em que eles ficariam, Diego e Maryelin foram recebidos nas casas dos novos amigos. “Tivemos anjos, como eu gosto de chamar, que nos ajudaram, nos acolheram em suas casas. A gente tinha muita vergonha. Foi muita gentileza. Foram tão gentis que nem consigo assimilar em minha cabeça. Foram experiências incríveis”, avaliou Diego, embora tenha revelado que os colombianos também são gentis.

Depois da suspensão das aulas por conta das questões climáticas, eles tiveram duas semanas de aulas até ser deflagrada a greve. Apesar disso, eles continuaram a ter aulas para que não fossem prejudicados na parte acadêmica. “Estudamos três disciplinas, com os professores Fabrício e Karina. Tudo mudou muito. De 10 alunos, passamos a ter dois em sala. Querendo ou não, fazem falta os barulhos nos corredores, os sorrisos. Tenho saudade disso, mas estamos com muito boas condições”, disse Diego.

Maryelin aproveitou para agradecer aos professores pela disponibilidade de manter as aulas no período de greve. “A gente vem de outro país, e seria muito complicado passar esse período sem ter aulas, sozinhos. Teríamos que esperar terminar a greve para ter aulas, mas eles fizeram muito esforço para isso”, pontuou a jovem, que estendeu o agradecimento a todos que acompanham a sua jornada no Brasil. “Eu quero voltar para o Brasil, trazer a minha família para conhecer todas as pessoas que eu conheci e fazer todas as coisas. É um país irmão e é muito gratificante.”

A educação brasileira e o Confict — A visita à Uenf foi marcante para os estudantes. Eles aproveitaram para assistir, na programação do Confict, a apresentações de trabalhos, na modalidade banner, com assuntos ligados aos seus interesses acadêmicos e conheceram os espaços da universidade, estudantes e professores.

Para Maryelin, alguns dos pontos mais positivos relacionados à educação superior brasileira são as oportunidades de participação em projetos variados e os benefícios para os alunos, algo que tem chamado a sua atenção. “Na Colômbia, não é muito assim. Estamos para terminar a faculdade e temos que pensar no futuro desde agora”, disse, explicando que deseja fazer outro intercâmbio, mas também tem interesse em seguir os estudos acadêmicos no Brasil.

Feliz com as vivências no XVI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica, Diego, que quer se tornar professor, também tem planos de cursar pós-graduações em terras brasileiras. “O Confict tem muitas coisas e ideias boas, trabalhos ligados à nossa área. Tudo isso me deu mais vontade ainda de estudar aqui”, finalizou.