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Estudantes do CTA publicam capítulo de livro sobre projeto desenvolvido no IFF Bom Jesus
Projeto foi apresentado em eventos científicos e publicado também nos anais do Congresso On-line Brasileiro de Tecnologia de Cereais e Panificação.
Reduzir o impacto ambiental da produção agrícola e industrial é um dos objetivos que levam pesquisadores de diversas áreas a buscar meios de reaproveitar os resíduos gerados durante os processos produtivos. O setor alimentício é um deles. Tendo essa tendência em mente, os estudantes Ana Caroline Barroso, Diego Pádua e Lucilene Benevenuti, do curso superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos, encontraram uma possibilidade de reaproveitamento para a casca do maracujá: a produção de pães. A pesquisa, desenvolvida sob orientação do professor Alcides Oliveira, foi publicada recentemente no livro “Ensino e pesquisa no campo da engenharia e tecnologia de alimentos 2”, que está disponível para download no site da Editora Atena.
O convite para a publicação no livro aconteceu após a submissão de um artigo sobre a pesquisa ao Congresso On-line Brasileiro de Tecnologia de Cereais e Panificação, realizado em 2020. Segundo Ana Caroline, todo o processo de produção da farinha e dos pães é descrito na publicação. Ela conta como surgiu a ideia de utilização das cascas. “O projeto surgiu a partir do Trabalho de Conclusão de Curso do Diego Pádua, que usou maracujá na produção de cerveja. Não queríamos descartar as cascas, então começamos a pensar e pesquisar maneiras de reaproveita-las. Achamos a ideia da farinha de casca de maracujá e, enquanto pesquisávamos, descobrimos que ela trazia vários benefícios”, explica. Quatro formulações da receita de pão tipo bisnaguinha foram avaliadas, com diferentes quantidades de farinha, e a aceitação foi comprovada pelos pesquisadores após testes com voluntários. Mais informações estão disponíveis AQUI.
O professor Alcides elogiou seus orientandos no desenvolvimento da pesquisa, atribuindo todo mérito ao empenho dos alunos, e explicou a relevância do estudo para a área. “Antigamente pensava-se na possibilidade de transformar o resíduo alimentar em alimentação animal, não em alimentação humana. Hoje vemos que muitas das propriedades alimentícias, como vitaminas e outros nutrientes, são perdidas nesses resíduos. Antes as iniciativas visavam destiná-los apenas à alimentação animal ou adubação e hoje essa não é mais a tendência do mercado”, afirma. Segundo ele, reutilizar resíduos que são ricos em fontes de nutrientes como alimentação humana é um meio de trabalhar a sustentabilidade, tendo em vista que toda a redução de lixo, ainda que orgânico, é positiva.
O projeto está descrito no capítulo 19 do volume 2 do livro, que está disponível para download gratuito no site da Editora Atena.
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