O “mar de gente” reunido no auditório Amanda Celeste na tarde de sexta-feira (16) é apenas um dos indicativos de que o tradicional Festival de Dança das turmas dos primeiros anos dos cursos técnicos integrados é um sucesso. Chegando à sua oitava edição em 2016, o evento é, na verdade, o exercício avaliativo da disciplina de Educação Física, ministrada pelo professor Jackson Rezende às turmas de primeiro ano. Criado em 2009 pelo coordenador de Educação Física do campus, Cidllan Faial, o festival vem sendo aperfeiçoado ao longo dos anos e sinaliza o planejamento de um evento maior em 2017, com a participação de todas as turmas.

A dança faz parte do conteúdo programático da disciplina, que também trabalha Atletismo e Ginástica no ano inicial. “Além de desenvolver habilidades cognitivas e físicas, por meio da dança eles desenvolvem o espírito de liderança, resolução de problemas e tudo de uma forma lúdica”, explica Jackson, que se surpreendeu com a qualidade das apresentações. “Foi melhor do que eu esperava”, avalia.

Criatividade não faltou nas produções musicais, que uniram funk, sertanejo, axé, entre outros estilos nacionais e internacionais. A criação das coreografias gera, ainda, integração e aperfeiçoamento nas áreas afetiva, motora, social, entre outras. “É um trabalho muito completo”, conta a professora Gislane Nunes, que esteve à frente do projeto por seis anos. Desde o primeiro dia de aula os alunos sabem que vão dançar no fim do ano e muitos apresentam resistência diante da proposta. “Alguns dizem que não vão dançar de maneira alguma e já aconteceu de um aluno falar que não dançaria e no ano seguinte ter interesse em ser meu bolsista no projeto de dança”, lembra Gislane. “Então conseguimos quebrar preconceitos e eles venceram a barreira da timidez”, orgulha-se.

Essa era a dificuldade de Paulo Victor Barbosa, que venceu a vergonha e o medo da exposição pública. “Temia que as pessoas rissem de mim, mas dei tudo de mim, dancei tranquilamente e essa é uma experiência que vou levar comigo até me formar. Por mim, dançaria todos os anos”, confessa. Ele terá essa oportunidade no festival do próximo ano, que abrangerá todas as turmas e trará premiações para os melhores desempenhos. “Ano que vem as coisas vão ficar ainda melhores”, espera.

"O próximo festival será bem divertido e minha participação está garantida", afirma Paulo Victor.

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Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana