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IFF Bom Jesus celebra Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência

por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 13/02/2025 00h11, última modificação 13/02/2025 00h13
A palestra “Mulheres na Ciência: ontem, hoje e sempre” abordou a contribuição de mulheres para o desenvolvimento científico da atualidade.
Palestra Mulheres na Ciência: ontem, hoje e sempre

Ao todo, 53 estudantes dos diversos cursos oferecidos no IFF Bom Jesus participaram do encontro.

O dia 11 de fevereiro é mundialmente dedicado à comemoração da presença de mulheres e meninas na ciência. A data, definida pelas Nações Unidas e pela Unesco desde 2016, tem por objetivo comemorar a contribuição de mulheres para a construção do conhecimento e debater os principais desafios para sua total inclusão na área. 

O Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana também se uniu a este movimento internacional, com a realização da palestra “Mulheres na Ciência: ontem, hoje e sempre”, ministrada pela professora Ana Cecília Soja na tarde desta terça-feira. O evento aconteceu no auditório Professora Amanda Celeste Pimentel e teve expressiva participação de estudantes. “Tivemos muitas alunas prestigiando o evento, algumas por terem já interesse na carreira científica, outras pela curiosidade. Foi legal também ver meninos se juntando a nós, já que a palestra era aberta a todos”, contou Ana Cecília.

A palestrante recordou a contribuição de várias mulheres fundamentais para o desenvolvimento científico da atualidade, como Ada Lovelace, britânica que viveu no século XIX e foi pioneira da computação. Ela desenvolveu um programa de computador quase 100 anos antes da invenção do dispositivo. Para Ana Cecília o mais importante foi, por meio das histórias, mostrar que as mulheres não apenas contribuíram muito para a ciência, mas foram essenciais para o avanço do conhecimento. “Muitas descobertas só foram possíveis porque mulheres tiveram a coragem de desafiar o pensamento hegemônico de sua época. E isso deve ser nutrido entre nós, ressaltando a importância individual e coletiva de ocuparmos todos os espaços”, ponderou.

Os relatos surpreenderam os discentes. A estudante Maria Eduarda Rangel, do Curso Técnico em Alimentos, considerou a iniciativa importante para informação e conscientização da comunidade acadêmica. “Ana abordou diversos assuntos em um só, compartilhou pensamentos reflexivos sobre o assunto e nos fez ter um novo olhar para essa pauta, que acaba ficando um pouco esquecida. Fiquei muito impactada e acho que todo mundo deveria escutar a respeito”. Ela também elogiou a abordagem da professora, que conduziu o assunto de forma leve e divertida, sem perder a relevância.

O professor Leonardo Morais ministra a disciplina de Física no Campus Bom Jesus e participou do evento com seus alunos. Ele destacou a necessidade de discutir a participaão das mulheres e meninas na ciência, tendo em vista a subrepresentação das mulheres em diversas carreiras científicas, inclusive na Física. Para ele, é importante que os estudantes reconheçam o problema, entendam como ele afeta a sociedade e o cotidiano, e que saibam que há muita gente lutando para mudar esse cenário.

"Iniciativas como essa são fundamentais para que as meninas saibam as diversas oportunidades existentes para que possam se tornar as cientistas do amanhã; que tanto meninas quanto meninos reconheçam o quanto a sociedade perde com a falta de diversidade na ciência; e que todos nós possamos pensar e implementar soluções juntos, permitindo que o espaço científico seja um espaço acolhedor, inclusivo e diverso", acrescentou o docente.

O evento foi encerrado com um sorteio do livro “As cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundo”, da escritora Rachel Ignotofsky, que traz histórias inspiradoras. A premiada foi a aluna Maria Clara Boechat, do Curso Técnico em Alimentos, que considerou a palestra uma experiência "incrível e inesquecível". O anúncio do sorteio trouxe animação e curiosidade a ela, que não anseia por uma carreira científica, mas se interessa pelo tema e gosta de ouvir histórias como as contadas por Ana Cecília.

"As histórias de conquistas e desafios deixaram claro o papel essencial que as mulheres sempre tiveram e irão continuar a ter no crescimento do conhecimento. Foi emocionante ver as histórias de meninas e mulheres, de todas as idades e áreas, tão apaixonadas pela ciência, sendo relembradas e explicadas na escola", disse, ressaltando também a importância da representatividade feminina.

Para tornar o dia ainda mais simbólico, a professora Ana Cecília Soja recebeu a notícia do aceite de um artigo sobre o tema, que em breve estará disponível para acesso por meio da revista Educar Mais. A publicação, intitulada "Mulheres na Ciência ontem e hoje: ausência e invisibilidade em espaços de produção intelectual", traz o debate da invisibilidade feminina na área acadêmica, que, segundo a autora, é marcada por séculos de opressão e apagamento.

Para estudantes que desejam aprimorar seus conhecimentos e continuar a trajetória na área das ciências, a professora incentiva a participação em Olimpíadas do Conhecimento e nos projetos de pesquisa desenvolvidos na instituição. O IFFluminense está com edital aberto para seleção de estudantes que atuarão nos projetos de Pesquisa e Extensão em 2025. O prazo para inscrições se encerrou nesta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, mas é possível participar voluntariamente de projetos com vagas disponíveis. Para atuar como voluntário, o discente deve entrar em contato com o coordenador do projeto. As listas de projetos aprovados estão disponíveis no Portal de Seleções. Confira as propostas de Pesquisa AQUI e os projetos de Extensão AQUI