CAMPUS BOM JESUS DO ITABAPOANA

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11 de fevereiro

Mulheres são responsáveis por 74% da produção científica no IFF Bom Jesus

por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 11/02/2022 19h45, última modificação 11/02/2022 20h15
Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é celebrado nesta sexta-feira, dia 11 de fevereiro.
Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

IFF Bom Jesus homenageia estudantes e servidoras.

Criado em 2015 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é comemorado anualmente no dia 11 de fevereiro. O objetivo é fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente na educação. A presença de mulheres na prática e divulgação científica é uma realidade destacável do Campus Bom Jesus, onde 74% da produção científica cadastrada de 2020 a 2022 foi conduzida por elas. Além disso, 35 dos 50 projetos em andamento atualmente também são coordenados por mulheres.

Sheila Abrahao.jpgSheila Andrade Abrahão Loures, diretora de Pesquisa e Extensão do IFF Bom Jesus, comemora 20 anos de Ciência em 2022. Graduação, mestrado, doutorado e docência fizeram e fazem parte dessa jornada, inspirada por renomadas cientistas, como Marie Curie, Johanna Döbereiner e Temple Grandin, cujo nome ela destaca neste 11 de fevereiro de 2022: “autista, cresceu querendo ser cientista e teve em seu professor de Ciências um grande incentivador, exercendo um papel fundamental em sua trajetória. Bacharel em Psicologia e Ph.D. em Zootecnia, ministrou diversos cursos, palestras, consultorias e possui mais de 400 artigos publicados em revistas científicas e periódicos especializados”, descreve.

Ainda hoje o incentivo continua sendo um fator de peso para o interesse e participação das meninas na ciência, como aconteceu com a estudante Karla Ferreira, do segundo ano do Curso Técnico Integrado em Meio Ambiente. Maravilhada com a Ciência e a possibilidade de desvendar o mundo desde a infância, ela conta que nunca lhe foi oferecida essa oportunidade antes do IFF. Atuando no projeto “Desvendando a Microbiologia”, que utiliza as redes sociais para divulgação científica, ela descobriu sua capacidade de compartilhar seus interesses com outras pessoas e, além disso, vislumbrar uma carreira na área de Microbiologia.

Karla Ferreira.jpgKarla considera necessária a inclusão e estímulo à participação na Ciência desde cedo. “Muitas meninas não se sentem estimuladas a entrar nessa área, por conta da idade ou do medo... da responsabilidade de levar uma informação segura, assim como eu me sentia.  Logo no começo do projeto, nossa orientadora nos apresentou essa questão. Acho que grande parte da confiança que adquirimos veio das conversas com ela, que é um exemplo de mulher na Ciência muito forte para nós”. Trata-se da Médica Veterinária Paula Borges, servidora e pesquisadora na instituição há 28 anos – desde quando ainda era CTAIBB!

 

Paula Bastos.jpgO segredo dessa influência positiva está na empatia. Paula diz que procura sempre lembrar de como se sentia quando tinha a idade dos alunos e compartilha sua experiência ao mesmo tempo em que oportuniza aos estudantes um espaço para proporem ideias, falarem o que pensam e construírem juntos. “Procuro mostrar que pesquisa, Ciência, é, antes de tudo, curiosidade, deslumbramento, uma vontade de conhecer e sempre fazer mais perguntas. Nós nunca sabemos tudo, mas a cada pouco que vamos conhecendo a gente quer saber mais e isso é uma sede sem fim. Eles sempre trazem muitas ideias e são muito envolvidos no que fazem. Isso é muito gratificante. Tenho aprendido muito com eles”, considera.

Katia e Juliana 3.jpgDesafios – Dedicar um dia à celebração das mulheres e meninas na Ciência é uma forma de destacar as conquistas, mas também os desafios enfrentados por jovens e experientes cientistas. A diretora de Assistência Estudantil e professora do Curso Superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos do IFF Bom Jesus, Kátia Kawase, afirma que as conquistas são muitas, mas também há frustrações. “Nem sempre temos o apoio que deveríamos ter em várias esferas. A mulher ainda sofre muito com a invisibilidade e devemos lutar contra isso. Mas é uma alegria alcançarmos nossos objetivos, ajudar os alunos na comunidade acadêmica e também sermos ajudados. Tenho esperança de que a gente vai ter um suporte maior futuramente”, considera.