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Projeto do IFF Bom Jesus investiga atuação de mulheres na área da computação

por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 02/07/2024 14h51, última modificação 02/07/2024 15h17
Objetivo é estudar os motivos pelos quais a presença de mulheres nas ciências exatas ainda é tímida.
Estudantes de Engenharia participam do Confict

Paola Gualande e Gabriely Marcelino apresentaram dados iniciais da pesquisa no XVI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (Confict).

A presença feminina em cursos e postos de trabalho da área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sigla em inglês) tem aumentado ao longo dos anos, mas ainda é pequena no Brasil. Segundo dados da Academia Brasileira de Ciências, em 2022 as mulheres ocupavam apenas 31% do mercado de trabalho e 33% das vagas de ensino superior na área. Visando compreender os motivos pelos quais esses números ainda são pequenos, propor estratégias para melhorar o sentimento de pertencimento das mulheres e fomentar sua permanência na área, foi criado o projeto “Promovendo diversidade e inclusão” no Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Bom Jesus do Itabapoana.

A pesquisa é coordenada pela professora Ana Mara Figueiredo e desenvolvida com o apoio das estudantes Paola Gualande e Gabriely Marcelino, do Curso Superior em Engenharia de Computação. “A primeira faísca do projeto surgiu na semana da Engenharia e Computação de 2023, quando fui convidada para uma roda de conversa sobre experiências vividas por mulheres na área de exatas. Foi bastante emocionante e profundo, o que me levou a pensar em projetos para participação das alunas”, conta a docente. Atualmente, três propostas estão sendo desenvolvidas por ela no campus, com atuação de estudantes da engenharia.

Um dos projetos foi apresentado no XVI Confict, realizado em junho de 2024, na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). “Senti uma satisfação imensa ao ver as alunas apresentando seus trabalhos no evento, pois, para mim, já é uma ação de valorização e encorajamento para essas mulheres, uma maneira de reafirmar que elas podem e são capazes de pesquisar e desenvolver trabalhos incríveis na área. Me sinto duplamente realizada, como professora e como mulher”, afirma a Ana Mara. Segundo ela, a participação em outros eventos também vem sendo buscada pelas pesquisadoras, por meio da produção de artigos sobre as investigações e atividades realizadas até o momento.

A estudante Paola Gualande, do segundo período de Engenharia de Computação, realizou pela primeira vez a apresentação do projeto em um evento científico, o que, para ela, foi gratificante. “As pessoas demonstraram grande interesse no projeto. Isso não só me permitiu ganhar mais confiança, como também me fez perceber como as mulheres estão lutando por um mundo com mais igualdade, destacando a importância das nossas perspectivas. Esse momento me motivou a seguir em frente com ainda mais determinação", considera.

A experiência também foi enriquecedora para Gabriely Marcelino, do oitavo período. “Foi uma vivência importante e de muito valor para o meu aprendizado. Acredito que esse tema seja muito pertinente e por isso gera um real interesse das pessoas. Demonstrar o impacto e a importância desse tipo de pesquisa é a parte mais gratificante de toda essa jornada", avaliou. Outras iniciativas realizadas no IFF Bom Jesus também foram expostas no evento, que contou com 1528 trabalhos inscritos.

Outro projeto coordenado pela professora Ana Mara é o “Capacitação digital para mulheres”, que oferecerá um curso gratuito sobre tecnologias, voltado para mulheres que querem se atualizar e utilizar os recursos tecnológicos para facilitar atividades cotidianas. Serão 15 encontros semanais, com início previsto para o dia 06 de agosto. O início das inscrições serão divulgadas em breve.