O Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Bom Jesus do Itabapoana marcou presença na 16ª Semana do Produtor Rural da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), realizada na última quarta-feira, dia 19 de julho, em Campos dos Goytacazes. Antônia Felipe dos Santos Mendes e Gilciele Souza Guedes, estudantes do quinto período do Curso Superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos (CTA), e o professor Geraldo Pereira Júnior ministraram um curso sobre beneficiamento de mel puro e composto, oferecido a estudantes da UENF, do IFF Bom Jesus e a produtores rurais das regiões Norte e Noroeste Fluminense.

A capacitação foi dividida em duas etapas. A teórica foi apresentada pelo professor Geraldo, que coordena o setor de Apicultura do Campus Bom Jesus, e a prática foi conduzida pelas estudantes, que desenvolvem um projeto na área, sob supervisão do docente. “A proposta do curso foi alcançar dois objetivos principais: apresentar as técnicas envolvidas no processamento de mel composto e proporcionar um espaço favorável para intercâmbio de conhecimentos, criando um ambiente ativo e dinâmico onde as estudantes puderam, a partir das suas experiências, protagonizar o seu aprendizado”, explica o professor. Segundo ele, o mel composto é um produto que possui alto valor agregado e pode contribuir para a diversificação econômica da atividade rural, principalmente para pequenos e médios produtores. Trata-se, ainda, de um produto bastante utilizado na medicina alternativa tradicional, com reflexos positivos na saúde.

Ao todo, 15 participantes acompanharam as aulas teóricas e práticas.

O curso contou com participantes de diferentes áreas do conhecimento, incluindo produtores já experientes, como Marcos Cunha, proprietário da empresa Natureba Produtos Apícolas, de Campos dos Goytacazes. “É muito bom para o apicultor poder agregar valor aos produtos e o curso foi muito interessante, porque ensinou isso. A equipe tem excelente conhecimento sobre o assunto e estão de parabéns”, avaliou, destacando o ensino da preparação de extratos vegetais.

A zootecnista Ana Paula Ribeiro, servidora da UENF, considerou a experiência enriquecedora e elogiou o domínio do conteúdo pela equipe. “Esclareceram vários pontos de cultivo, tratos e meios de preparo de um composto de mel. Adorei o curso e provavelmente participarei de outras atividades quando forem oferecidas”, elogiou. Quem também garante que estará presente em futuras capacitações é o estudante de Engenharia Agrônoma Marcos Gabriel da Silva Mota, que ressalta a relevância econômica da atividade. “Aprendemos sobre a importância da preservação e do manejo adequado das abelhas e aspectos como a forma de utilização dos extratos, sua pureza, os processos. O curso em geral foi muito interessante”, disse.

Para Antônia e Gilciele, que já dominam o assunto, a experiência também proporcionou novos aprendizados. “Vencemos nossos medos e limitações, possibilitando crescimento e evolução tanto como pessoa quanto como profissional. Os conhecimentos adquiridos por meio das trocas de vivências também foram fundamentais”, afirma Gilciele. “Fiquei muito feliz por poder levar até outras pessoas o conhecimento sobre mel composto, e muito animada ao apresentar a prática para todos! Os alunos foram atenciosos e curiosos sobre tudo o que foi explicado e isso deixa todos do projeto animados”, lembra Antônia, que já espera por novas oportunidades de compartilhar informações sobre o assunto.

A coordenadora do CTA, professora Christyane Bisi Tonini, aponta a importância dessa vivência para a formação das discentes. “O professor Geraldo incentivou o protagonismo dessas estudantes e elas foram muito elogiadas pelo desempenho no curso. O professor faz toda a diferença para a coordenação do CTA, promovendo, além das atividades de ensino, muitas ações de extensão e pesquisa com as abelhas”, considera. Os bons frutos da parceria já apontam para novas iniciativas semelhantes no futuro. “Temos planos de desenvolver trabalhos com as disciplinas de Embalagem de Alimentos, Princípios de Conservação de Alimentos e Tecnologia de Produtos Apícolas”, acrescenta a coordenadora.