CAMPUS BOM JESUS DO ITABAPOANA

Notícias

Outubro Rosa

Projeto Educa Saúde IFF promove palestra sobre Câncer de Mama

por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 01/11/2023 15h39, última modificação 01/11/2023 16h05
Estudantes, servidores e colaboradores terceirizados participaram do evento, onde receberam informações e orientações sobre prevenção.
Projeto Educa Saúde IFF realiza palestra sobre Câncer de Mama

A médica apresentou informações relevantes sobre o tema e sanou dúvidas dos participantes.

Encerrando as atividades do Outubro Rosa, o projeto Educa Saúde IFF, coordenado pela médica Lígia Faial, do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana, realizou nesta terça-feira, dia 1º de novembro, uma palestra sobre prevenção ao câncer de mama. Ministrada pela médica Paula Ávila, ginecologista e obstetra, a conversa abordou temas como prevenção e diagnóstico, além de informações sobre a realidade da patologia no Brasil e no mundo.

Paula enfatizou a importância de falar sobre o tema, considerando os índices de incidência de câncer no Brasil. São 68,68 casos a cada 100 mil mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O estado do Rio de Janeiro é um dos que apresentam maior incidência de diagnósticos no país, também com o maior número de óbitos causados pela doença.

“O câncer de mama é um dos cânceres com maior taxa de mortalidade entre as mulheres, daí a importância do Outubro Rosa. Um em cada três casos podem ser curados, se detectados no início. Informação pode salvar vidas”, afirmou a médica, que também explicou os sinais e sintomas da doença, que incluem nódulos, descarga papilar, edema cutâneo, lindoadenopatia, retração ou abaulamento cutâneo, dor, inversão, descamação, entre outros. Segundo ela, o acesso à investigação diagnóstica das alterações suspeitas da mama, de modo ágil e com qualidade, é um direito da mulher previsto em lei.

A servidora Maria de Fátima Teixeira Oliveira assistiu à palestra e compartilhou sua experiência ao acompanhar a mãe durante o tratamento contra o câncer. Segundo ela, por algum tempo deixou de realizar exames periódicos, devido ao receio de ser surpreendida com um diagnóstico. Por meio das informações trazidas pela doutora Paula, Maria de Fátima identificou que possui fatores de risco e, apesar de impactada, afirma que dará prioridade ao rastreamento e prevenção da patologia. “Gostaria de destacar a importância desta ação, porque, apesar de estar impactada pelas informações, vou sair daqui e realizar meus exames. Vocês podem ter mudado minha história hoje e isso é muito relevante”, confessou. Para a doutora Lígia Faial, o depoimento de Maria de Fátima indica que a missão foi cumprida. “Se conseguirmos alcançar uma pessoa, o objetivo foi atingido”, disse.

Durante a palestra, a drª. Paula explicou detalhadamente o processo de prevenção, que pode ser primária, quando o paciente ainda não possui a doença, ou secundária, quando a doença já existe, mas é identificada precocemente. No primeiro caso, o cuidado é feito por meio do controle dos fatores de risco, que podem ser modificáveis, como sedentarismo, obesidade, uso crônico de bebidas alcoólicas e tabagismo; ou não modificáveis, como idade, sexo, antecedente familiar, entre outros. “Nota-se uma redução de 28% casos de câncer de mama por meio de alimentação saudável, atividade física regular e gordura corporal adequada”, ressalta a médica. Ela também explicou o autoexame e orientou as participantes a criar o hábito de realizá-lo mensalmente, além de observar as mamas com frequência. 

A professora de inglês Flávia Vital elogiou as orientações. Ela citou os tabus e estigmas relacionados ao corpo feminino e destacou a importância de falar para os estudantes sobre o conhecimento e observação do próprio corpo. Mãe de uma adolescente de 12 anos, ela considerou interessante a sugestão da doutora Paula, de escolher um dia no mês para fazer o autoexame. “Vou conversar a respeito com minha filha e fazer com ela. Achei muito legal a dica”.

O diretor-geral do Campus Bom Jesus, Leandro Pereira Costa, também compareceu ao evento e lembrou sua experiência como farmacêutico, atuando por 10 anos no setor de oncologia, acompanhando tratamentos. “Eu me questionava sobre a razão de alguns pacientes demorarem tanto a procurarem atendimento e isso envolve aspectos como vergonha, medo e a própria desinformação. Então trazer informação para nossos adolescentes e jovens, para que já comecem essa prevenção desde cedo, é imprescindível”, considerou.

O projeto Educa Saúde IFF promove conteúdo sobre saúde no Instagram, por meio do perfil @educa.saude.iff, e realiza ocasionalmente eventos presenciais.