A 4ª Semana de Computação, Engenharia e Gestão chegou ao fim após dias de muitas atividades no Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Bom Jesus do Itabapoana. Organizada pelo Curso Superior em Engenharia de Computação, a programação ofereceu entretenimento, informação e socialização aos participantes, que elogiaram a iniciativa e afirmam aguardar ansiosos pelas próximas edições.

O protagonismo estudantil foi destaque no evento deste ano. Apenas três atividades foram ministradas por um professor, sendo todas as demais conduzidas por discentes do curso. “Durante todo o planejamento pensávamos em fazer algo diferente e trazer os alunos como ministrantes. Queríamos que o pessoal do atual segundo período entendesse que eles aprendem também com amigos e colegas de curso, não apenas professores. E deu muito certo, recebemos vários elogios” conta Pedro Henrique Rocha de Andrade, um dos organizadores. Ele explica que foram priorizadas atividades práticas e didáticas, que fossem menos cansativas para os participantes, tendo em vista o horário de realização dos encontros - das 17h às 22h. 

O evento foi especialmente marcante para Paola Gualande Ribeiro Boechat, do terceiro período, que orientou o minicurso “Desenho digital com ibisPaint X: do esboço no papel à arte digital”. “A 4ª SCEG foi muito especial para mim, pois marcou minha primeira experiência ministrando um minicurso. Desde o início, eu estava animada e ansiosa para compartilhar meus conhecimentos sobre o universo da arte digital. Ver os participantes interessados me deixou extremamente feliz, e foi muito gratificante ter a oportunidade de ensinar algo que amo”, disse.

A estreia foi elogiada pelos participantes da atividade, como o aluno Bruno dos Passos de Paula, que a elegeu como sua favorita. “A didática e o conhecimento dela tornaram o entendimento fácil. A variedade de atividades, tanto para o aprendizado quanto para o entretenimento, enriqueceram bastante o evento”, analisou. Everaldo Júnior Borges Garcia  de Pádua elogiou a escolha da temática. “Por mais que não tenha sido especificamente da nossa área de computação, é reconfortante saber que tenham pensado em cursos fora da caixinha, pois nossos colegas de curso possuem habilidades extraordinárias, e por muitas vezes passam despercebidos”.

Outro curso de destaque foi o “Criptografia e segurança: criando e quebrando códigos”, conduzido pelo discente Welington Peres Léo, do quinto período. Para ele, atuar como palestrante foi uma oportunidade excepcional de aprendizado. “Eventos dinâmicos como esse proporcionam uma evolução intelectual intensa em um curto espaço de tempo. Ao longo da atividade, o foco não se limitou a simplesmente transmitir o conteúdo, mas sim a utilizá-lo como base para um diálogo profundo e colaborativo”, explicou. Segundo o discente, a troca de ideias e diferentes perspectivas enriqueceu as discussões, garantindo que todos saíssem do evento com uma compreensão mais ampla do assunto abordado.

O minicurso foi inspirador para o participante Joel Quinelato Reis, que também prestigiou outros dois minicursos. “Sempre tive curiosidade a respeito de criptografia, mas nunca tinha visto tão de perto como funciona na prática. A explicação dos conceitos foi clara, e foi interessante perceber como as técnicas que estudamos – desde as cifras antigas até a criptografia moderna – são aplicadas no nosso dia a dia, em coisas que a gente nem percebe. Saí de lá motivado a fazer minha própria criptografia”, afirmou.

As mulheres também ganharam destaque na programação, com uma roda de conversa que promoveu integração, compartilhamento de experiências, jogos e muita descontração. “Foi um momento leve e acolhedor. As conversas fluíram naturalmente e pudemos compartilhar nossas experiências e expectativas em relação à presença feminina nas áreas de computação. Foi inspirador ouvir as diversas trajetórias e reflexões das participantes”, conta a professora Ana Mara Figueiredo. Alguns alunos da engenharia também prestigiaram o encontro, tornando o debate ainda mais construtivo ao ponderarem sobre como podem contribuir para a inclusão das mulheres em espaços historicamente dominados por homens. “Esse diálogo foi fundamental para fortalecer o entendimento e a  colaboração mútua”, conclui Ana Mara.

Troca de experiências tornou o aprendizado ainda mais prazeroso durante o evento.

Competições - Os e-sports não ficaram de fora da programação, com disputas de Valorant, Counter-Strike e Fifa. O Hackathon, competição em que equipes se reúnem para desenvolver soluções inovadoras em um curto período de tempo, foi uma grande atração da 4ª SCEG. Os grupos deveriam criar um programa que simulasse o monitoramento de vagas. Pietra Nogueira Reis foi uma das participantes e considera que a experiência foi enriquecedora. “A competição me estimulou a começar a aprender uma nova linguagem de programação em um curto período de tempo para tentar resolver a atividade proposta. Foi muito divertido participar”, analisou. O discente Igor Crissaff Brites concorda: “fui capaz de aprender sobre desenvolvimento de softwares, solução de problemas e trabalho em equipe. Foi um evento sensacional”, acrescentou.

Campeonatos aconteceram em encontros remotos e presenciais.

Oferecer atividades de lazer e socialização foi uma das prioridades da equipe organizadora, além de oportunizar aos participantes a prática de habilidades que nem sempre são o foco do desenvolvimento durante a vida acadêmica. "Nossa intenção com esses campeonatos é que cada vez mais pessoas que gostam dessa área de e-sports se comuniquem, e que possa acontecer do Instituto ter um time que represente em competições futuras. Sendo os jogadores empenhados e dedicados aos estudos, mas que também possam mostrar seu valor em algo que não é a vida acadêmica, afinal, temos vida pessoal, e muitos valores e habilidades que não são exploradas propriamente em uma escola", concluiu Pedro Henrique.

As equipes vencedoras e demais informações sobre o evento estão disponíveis em https://eventos.iff.edu.br/sceg2024 .