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Pesquisadora faz defesa do trabalho dos núcleos de pesquisa e luta por recursos

por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 31/03/2017 19h01, última modificação 03/04/2017 11h24
Núcleo de Estudos sobre Acesso e Permanência na Educação (Nucleape) promove palestra para discutir a qualidade do ensino
Nucleape promove palestra

A professora Alcina Maria Braz falou sobre a importância de diálogo entre as diferentes áreas das ciências (Foto: Núcleo de Imagens do IFF/Felipe Oliveira)

 A professora Alcina Maria Testa Braz da Silva, do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca/Cefet-RJ, ministrou a palestra intitulada "Qualidade do Ensino em Tempos Sombrios", nesta quarta-feira, 31/03, no Auditório Miguel Ramalho.

 A professora Alcina apresentou um amplo quadro sobre modelos educacionais praticados em vários países, as tendências e o trabalho de vários pensadores da educação. Ela também comentou resultados de pesquisas feitas com educadores que fizeram cursos de mestrado profissional e de como isso impactou suas atividades profissionais.

 O Nucleape foi constituído em 2014, em parceria entre o Instituto e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Um dos seus objetivos é buscar respostas para a problemática da evasão, estimada em 50% ao longo do tempo em cursos oferecidos pelo IFF. A pesquisadora disse, após a palestra, que o assunto carece de mais investigação científica.

 - Essa questão da permanência é pouco investigada, tem pouco artigo ancorado em pesquisa que esteja realmente discutindo os motivos da evasão e os da permanência. A evasão, na verdade, precisa ser separada da ideia de permanência. São dois conceitos diferentes, embora interligados, mas precisam ser olhados separadamente – defendeu a professora.

 Alcina Braz ainda fez considerações sobre o problema da redução de orçamento para educação e destacou a importância dos diversos núcleos de estudos e pesquisas.

 - Muitos estão consolidados. Cresceram dentro da extensão, da pesquisa, do ensino e da inovação, ao longo dos últimos 15 anos. Não adianta agora nós pararmos e cruzarmos os braços, porque o que vai acontecer é que esses núcleos vão desaparecer, vão implodir. O que nós temos de fazer é brigar por recursos, pela possibilidade de novamente reativarmos programas como o Obeduc (Observatório da Educação), o Life (Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores), programas que permitiram que esses grupos existissem. É brigar trabalhando para que os recursos cheguem.