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IFF Campus Itaboraí realiza audiências públicas para ouvir as expectativas da população

por Comunicação Social da Reitoria publicado 15/03/2021 15h47, última modificação 17/03/2021 17h23
Unidade está em fase final de obras e deve iniciar suas atividades ainda em 2021.
IFF Campus Itaboraí inicia audiências públicas para ouvir as expectativas da população

Blocos de salas de aulas do Campus Itaboraí em fase final de obra (Foto: Divulgação).

 O Instituto Federal Fluminense (IFF) está se preparando para iniciar suas atividades no município de Itaboraí, na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, com as obras da nova unidade em sua fase final.

 Como etapa importante do processo de implantação de um campus, as audiências públicas com a comunidade local ocupam lugar de escuta e compreensão das expectativas e necessidades das pessoas que ali vivem e do que elas esperam de uma instituição de ensino para a educação e formação de seus jovens e trabalhadores.

 As reuniões começam no dia 22 de março, às 15h, com a primeira audiência pública que será realizada com a comunidade do município de Tanguá. Ainda que o campus seja instalado em Itaboraí, os vizinhos também serão ouvidos. São eles: Maricá - onde o IFF já conta com um campus em funcionamento -, São Gonçalo, Magé, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Tanguá e Silva Jardim.

 "Esperamos que nestas audiências possamos receber as demandas dos diferentes segmentos das comunidades. Cada município tem sua realidade, sua expectativa e nas audiências terá a oportunidade de apresentá-las”, explica Vicente de Paulo, diretor de Implantação do Campus Itaboraí.

 Em tempos de pandemia de Covid-19, realizar as audiências públicas será um desafio necessário. Devido às necessidades de isolamento social, as reuniões serão online, com transmissão pelo canal do IFF no YouTube, o IFFTube. O evento será público, ficará gravado e diversos segmentos da sociedade serão convidados, assim como a comunidade em geral, em uma parceria com as prefeituras. Um formulário eletrônico será disponibilizado para que o público possa enviar sugestões e perguntas a serem respondidas após as apresentações que serão compartilhadas por Vicente, pelo reitor do IFF, Jefferson Manhães de Azevedo, e pelo prefeito do município da audiência pública do dia.

 “Sem dúvida é um desafio realizar essas audiências remotamente, mas infelizmente é a melhor opção que temos no momento. Vamos buscar o máximo de divulgação possível via prefeitura para alcançar a comunidade e escutá-la. Pretendemos manter um diálogo contínuo para receber suas demandas”, diz Vicente.

 Também já está agendada a audiência pública de Rio Bonito, às 15h, no dia 25 de março. As demais datas serão divulgadas à medida que forem sendo definidas. Todas as contribuições serão registradas para serem avaliadas e incorporadas à proposta final do Projeto Político Pedagógico do campus.  

Audiências Públicas para implantação do Campus Itaboraí
Município Data/Horário Link de acesso
Tanguá 22 de março, às 15h IFFTube
Rio Bonito 25 de março, às 15h IFFTube

Conhecendo a realidade local

 Conhecer a realidade da região onde está inserida é fundamental para que uma instituição de ensino exerça o seu papel junto à sociedade e possa de fato transformar a vida das pessoas, por meio da educação.

 A equipe responsável pela implantação do Campus Itaboraí vem conversando com governos e lideranças locais de forma a manter um diálogo contínuo na região. Uma Comissão com representantes dos Campi Maricá, Cabo Frio, Itaperuna, Campos Centro, Campos Guarus e da Reitoria foi formada com o objetivo de elaborar o Projeto Político Pedagógico (PPP) do campus, estabelecendo diretrizes e concepções. Uma minuta está pronta com propostas de cursos e referências para a unidade e este documento será apresentado nas audiências públicas para receber sugestões.

 Também vinculado a este trabalho da Comissão está definido como eixo central das ações da nova unidade o tema Energias. “Não somente as energias renováveis (solar, eólica e outras), mas também as energias tradicionais como petróleo e gás. É importante lembrar que temos em Itaboraí a questão do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj),  e o setor de petróleo e gás é forte em Maricá e em toda região metropolitana do Rio de Janeiro. Nossa proposta é que cursos, laboratórios, ensino, pesquisa, extensão e inovação tenham este foco”, acrescenta o diretor.

 Vicente diz que as pesquisas da equipe de implantação apontam um potencial de dois milhões de habitantes a serem atendidos pelos Campi Itaboraí e Maricá. “Neste momento, desejamos privilegiar o atendimento à modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA), parcela da população que não teve a oportunidade de qualificação técnica. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD 2019) são cerca de 1,35 milhão de pessoas naquela abrangência que podem voltar aos bancos escolares e precisam de qualificação/requalificação. Deste total, estima-se que um sexto (aproximadamente 200 mil pessoas) potencialmente poderão ser atendidas pelos cursos de EJA da região e pelos Campi Itaboraí e Maricá”, ressalta enfatizando que o IFF em Itaboraí será uma oportunidade de iniciar um processo de mudança na vida de milhares de pessoas.

Obras em fase final

 O Campus Itaboraí será a 12ª unidade do IFF e a segunda na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Sua obra, orçada em R$ 7.629.079,47, está localizada em área central, com aproximadamente 35 mil metros quadrados, na rua Isaura Pantoja, S/N°. Conta com blocos administrativos e pedagógicos, aproximadamente 20 laboratórios, biblioteca, auditório, 12 salas de aula e ginásio esportivo. 

 De acordo com Vicente, o trabalho encontra-se em ritmo avançado e com o cronograma adiantado em cerca de 30 dias. “Se todo o recurso para empenho da obra for liberado pela Setec/MEC, provavelmente será finalizada integralmente em setembro/outubro deste ano”, afirma.

 Com isso, o planejamento é iniciar algumas atividades ainda este ano com cursos de curta duração e, possivelmente, uma pós-graduação voltada para docentes da rede pública, com as matrículas vinculadas ao Campus Maricá. “Mas o funcionamento oficial está previsto para o primeiro semestre de 2022 com o possível recebimento de código de vagas de docentes e de servidores técnico-administrativos”, explica o diretor.