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Napne do IFF Itaperuna promove debate sobre o fazer em conjunto da escola inclusiva

por Ana Paula Viana, da Comunicação Social do Campus Itaperuna publicado 31/07/2025 11h52, última modificação 31/07/2025 11h53
Evento aconteceu nesta quarta-feira, 30 de julho, reunindo professores, servidores administrativos e estudantes.
Evento no napnee no IFF Itaperuna

O evento aconteceu no cineteatro do campus

Servidores, estudantes de Licenciatura e convidados se reuniram nesta quarta-feira, 30 de julho, no cineteatro do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Itaperuna, para debater “A escola inclusiva se faz em conjunto: o Napne caminha com você”, uma palestra organizada pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas do campus, com a participação da professora universitária, especialista nas áreas de Direito e Serviço Social e doutora em Sociologia Política Líbia Kicela.

“A diversidade dos participantes enriqueceu o debate e reforçou a ideia de que a inclusão é uma construção coletiva, que se fortalece quando diferentes atores se envolvem”, ressaltou a coordenadora do Napne no IFF Itaperuna, Gleiciane Lage, destacando a presença de docentes, técnicos administrativos e estudantes da Licenciatura em Química do campus, além de professoras da Creche Bezerra de Menezes.

Durante sua fala, Líbia Kicela apresentou os fundamentos legais que sustentam a educação inclusiva, destacando os avanços e desafios trazidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, que já completa 10 anos. Ressaltou que não é mais admissível alegar despreparo: é preciso se imbuir de responsabilidade, buscar conhecimento, desenvolver escuta sensível e estar disposto a aprender com o próprio aluno, que muitas vezes nos mostra o caminho para sua inclusão.

Com exemplos práticos, a professora lembrou ao público da importância de olhar para o estudante para além da deficiência, enxergando suas potencialidades, talentos e tudo aquilo que ele é capaz de realizar, desde que receba as oportunidades adequadas e o suporte necessário. 

A palestrante, que também é uma mãe atípica, compartilhou sua experiência com o uso de tecnologias assistivas. Ela apresentou o recurso de comunicação alternativa utilizado pela filha, que é não verbal, demonstrando na prática como os recursos tecnológicos podem ser fundamentais para garantir a participação e a comunicação de estudantes com necessidades específicas. 

“Foi um testemunho poderoso sobre como a inclusão também passa pela valorização e pelo uso adequado dessas ferramentas”, enfatizou Gleiciane Lage, sobre o impacto da palestra no público presente.

Ao final do evento, foi exibido um vídeo produzido pelo Napne, com depoimentos emocionantes de mães de alunos do IFF Itaperuna. Elas compartilharam suas vivências sobre o momento do diagnóstico, os desafios diários de ser mãe de filhos atípicos, os sonhos que cultivam para o futuro de seus filhos e o que esperam da escola. O vídeo sensibilizou a todos os presentes, reforçando a importância do acolhimento, da empatia e do compromisso com uma educação verdadeiramente inclusiva e transformadora.

O evento contou ainda com uma fala do professor do IFF Itaperuna Adriano Ferrarez, sobre o papel do Estado no fornecimento dos recursos finaceiros para fomentar a inclusão, e da diretora de Ensino do campus, Josélia Amaral, que destacou o papel da escola pública na inclusão, abraçando a todos e não negando vaga, no compromisso com a formação.

“Foi, sem dúvida, uma tarde de muitos aprendizados, afetos e fortalecimento dos laços entre todos que acreditam em uma escola mais justa, acessível e humana”, ressaltou a coordenadora do Napne.