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Sábado letivo no IFF Itaperuna tem aula de campo com alunos percorrendo pontos históricos e debatendo questões sócioeconômicas da região

por Ana Paula Viana, da Comunicação Social do Campus Maricá publicado 25/08/2025 18h54, última modificação 25/08/2025 18h57
Atividade envolveu três turmas de Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio e professores de História e Geografia do campus.
Aula de campo no IFF Itaperuna

Os estudantes conheceram confecções em atividade na região

Uma aula de campo envolvendo aspectos históricos, geográficos e econômicos da região movimentou o sábado letivo do Instituto Federal Fluminense Campus Itaperuna, neste dia 23 de agosto, com três turmas de Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio fazendo um circuito guiado por professores na área central da cidade.

O percurso incluiu a Rodoviária e espaços produtivos de importante impacto na história recente de Itaperuna.

“O circuito envolveu tanto indústrias locais e regionais ainda dinâmicas, quanto espaços em ruínas, reflexos do passado e do auge industrial de Itaperuna. Através de uma perspectiva histórico-geográfica foi possível apresentar aos estudantes a dinâmica do espaço urbano-industrial do município, a partir do bairro Cidade Nova”, explicou o professor de Geografia do campus Felipe Machado, um dos organizadores da aula de campo, junto com os professores Márcio Toledo e Rogério Fernandes, de História, e apoio da servidora técnico-administrativa Mariana Ribeiro.

A atividade foi direcionada às turmas de 2º ano de Eletrotécnica, 3º ano de Química e 3º ano B de Administração, tendo como ponto de partida a Rodoviária. O local foi escolhido pelos professores para discussão sobre a centralidade regional do município, que é possível ser observada pelas relações rodoviárias que exerce com as cidades circunvizinhas, não apenas no Rio, mas também dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. 

“Em seguida, o grupo adentrou a rua das confecções, concentração de pequenos e médios empreendimentos que comercializam produtos têxteis confeccionados no município. Destacou-se que indústria têxtil de base local é representativa no quadro socioeconômico do município ao gerar renda, emprego e oportunidades”, destacou o professor Felipe Felipe Machado.

O grupo presenciou a chegada de alguns ônibus de excursão que levavam turistas para fazer compras nas lojas de confecções e também tiveram a oportunidade de conhecer uma das fábricas de produção têxtil, onde visualizaram o funcionando do chão de fábrica e ouviram a história do empreendimento contada pelo fundador.

Para a aluna do 2º ano de Eletrotécnica Nathally Muniz, o ponto alto da aula foi a visita aos espaços fabris.

“Quando entramos na confecção, a gente pôde ver como funciona a produção de cada coisa, e o dono nos explicou sobre como quis crescer a identidade junto com a marca, em questão de qualidade. Achei tudo muito legal”, disse a estudante.

Da rua de confecções, o grupo seguiu o circuito pelo bairro Cidade Nova, que tem apresentado mudanças de bairro industrial para residencial, com novos empreendimentos de alto valor no mercado imobiliário, indicando a participação da cidade de Itaperuna em processos geográficos contemporâneos debatidos em sala de aula. 

Visita foi um mergulho na história de Itaperuna

O grupo esteve ainda nas ruínas da antiga fábrica de freios Boechat, empresa que foi símbolo do auge industrial de Itaperuna e chegou a fornecer equipamentos automobilísticos para outras regiões do Brasil e exterior, além de conhecer um pouco mais sobre o passado e o presente da indústria de laticínios na região.

“Eu gostei muito da atividade porque a gente viu conceitos que aprendemos dentro de sala numa aula mais dinâmica, fora de sala. A gente pôde ver o funcionamento na prática”, contou a aluna Rafaela Moraes, do 3º ano de Administração.

Para a servidora Mariana Ribeiro, estar em campo com os estudantes neste sábado letivo foi muito especial, não apenas por aprender conceitos, mas vivenciar a cidade, ouvir histórias e compreender Itaperuna. 

 “O circuito foi também um mergulho na memória da cidade. Preservar e revisitar a memória contada pelas ruas, pelos prédios, e pelas pessoas que viveram os processos, é fundamental para pensar o presente e projetar o futuro da nossa região. Parabéns aos colegas Felipe, Márcio e Rogério pela excelente aula!”, ressaltou a servidora.