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Pesquisa aborda alimentação animal
O Instituto Federal Fluminense (IFF), em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), está desenvolvendo um experimento no campus Rio Paraíba do Sul/UPEA para avaliar o desempenho de ovinos que recebem farelo de semente desengordurada de maracujá. O objetivo é analisar o potencial de uso dos subprodutos da agroindústria do Norte e Noroeste Fluminense na alimentação animal.
“Esse subproduto da extração do óleo da semente do maracujá é obtido por um pequeno empresário em Bom Jesus do Itabapoana e é bem aceito pelos animais ruminantes”, explica o professor Antonio Gesualdi Júnior da Uenf, que ministra disciplinas para os cursos de graduação em Zootecnia e Medicina Veterinária.
Segundo o professor, a linha de pesquisa que se inicia com esse estudo prevê a substituição de ingredientes tradicionalmente utilizados na fabricação de rações, tais como o milho e a soja, que são considerados alimentos nobres para uso na alimentação humana, por outros de razoável qualidade e que podem ser obtidos nas agroindústrias locais. “Normalmente, o destino desses subprodutos, acaba sendo seu uso como adubo ou o descarte”, enfatiza. O professor acrescenta que, além da questão ambiental, o uso de subprodutos é uma alternativa mais econômica.
Para o experimento, serão utilizadas 10 ovelhas de idade média de um ano, sendo que cinco delas receberão suplementação constituída de 300 gramas de farelo de milho e as outras cinco receberão 300 gramas de farelo de semente de maracujá. Será comparado o ganho de peso dos animais.
"Queremos comparar o subproduto farelo de semente de maracujá com um alimento padrão, utilizado na formulação de quase todas as rações, que é o milho. Porém, o milho é caro. O saco de 50 kg está sendo vendido hoje por cerca de R$ 75,00", diz.
O trabalho contará ainda com a participação do zootecnista e doutor em nutrição animal Marcelo Lobo Paes, especializado também em comportamento animal e adestramento de cães de pastoreio. Já no primeiro experimento, as ovelhas serão manejadas com o auxílio de cães treinados da raça Border Collie, com o objetivo de reduzir a necessidade de mão de obra na execução do estudo.
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(Publicada em 27/06/14)