O reitor da Uenf, Raul Palácio, disse que sua indignação vai além do número de vítimas, mas também por não terem escutado a voz dos cientistas quanto às recomendações para conter a pandemia do coronavírus.
"Minha indignação vai para todas as famílias daqueles que hoje poderiam estar vivendo suas vidas tranquilamente se o governo tivesse escutado a voz da ciência e comprado a vacina a tempo. Mas minha mensagem é de esperança: vai passar. E temos que nos preparar para este futuro que vai chegar. Este evento é um exemplo de como as universidades estão voltadas para isso, do que elas estão fazendo nesse período de pandemia", disse.
Raul ressaltou que, apesar dos drásticos cortes no financiamento da ciência, as instituições de ensino e pesquisa vêm criando alternativas para continuar atuantes através de parcerias.
"Este evento é um exemplo disso. Uma parceria das três instituições públicas de ensino superior de Campos, que estão levando para a sociedade tudo que fazem em termos de pesquisas. A pandemia não nos deteve, ao contrário, nos impulsionou", afirmou.
O reitor do IFFluminense, Jefferson Manhães, disse que é preciso diferenciar o “negacionismo” da desinformação. Segundo ele, é compreensível que muitos brasileiros não tenham conhecimento de que 90% das pesquisas científicas são feitas dentro das universidades. Isso ocorre, na sua opinião, porque uma grande parcela da população nunca teve a oportunidade de frequentar uma instituição de ensino superior.
"Negacionismo não é isso. É um ato deliberado e mal intencionado dos que sabem que a informação, o senso crítico e o questionamento são uma ameaça àqueles que desejam dominar autoritariamente uma sociedade. É um movimento de ataque deliberado à civilização", disse.
A pró-reitora de Graduação, Pesquisa e Inovação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Andréia Brito Latge, ressaltou o papel da universidade e a importância da ciência e da educação neste momento de pandemia. E fez um apelo aos estudantes:
"Por favor, não desistam da universidade. Vocês são muito importantes para o desenvolvimento do país. É através do estudo constante que vamos vencer as dificuldades. Nós temos uma missão: construir uma sociedade melhor".
Conferência de abertura – A cientista Margareth Dalcomo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, ministrou, na tarde dessa terça-feira, 22 de junho, a conferência de abertura, que abordou o tema “Covid-19: O que aprendemos e perspectiva para a ciência”. Saiba mais AQUI.
A conferência poderá ser acompanhada mesmo por aqueles que não se inscreveram para o evento, através do canal Galoá Science no Youtube.
Leia também: Em palestra de abertura do XIII Confic e VI Conpg, Margareth considera síndrome pós-Covid principal desafio hoje.
O XIII Confict e VI Conpg se estende até sexta-feira, dia 25, com palestras, sessões orais e atividades culturais. O evento está ocorrendo através da Plataforma Zoom-Galoá. Veja a programação completa do Congresso e outras informações no site do evento.
A programação cultural abrange a Mostra Cinema e Periferias 2021, organizada pelo Cine Darcy e Cine Darcyzinho. Saiba mais AQUI.
Fonte: Ascom Uenf