Alunos apresentam projetos de pesquisa

 A tarde de quarta-feira foi movimentada no campus Campos Centro do IFFluminense. Aproximadamente 390 bolsistas do convênio do IFF com a Universidade Petrobras, do próprio campus e das unidades Itaperuna, Bom Jesus, Campos Guarus, São João da Barra, Quissamã, Macaé e Cabo Frio, apresentaram cerca de 50 projetos de pesquisa, desenvolvidos ao longo de seus cursos. Os trabalhos perpassam por diversos campos do conhecimento, tais como ambiente, automação, eletrônica, e outros e são ligados às áreas de petróleo, gás e energia.

 O aluno Sávio Gomes, coautor do trabalho intitulado “Geração de Eletricidade por Termoelétrica com Biomassa de Bagaço da Cana” faz parte da montagem de um esquema, no computador, que ilustra o processo de transformação dos restos da cana-de-açúcar em energia elétrica. “O bagaço é aquecido até a geração de vapor. Esse vapor, canalizado, faz girar turbinas. A energia motora dessas turbinas é convertida, então, em energia elétrica”, explica.

 Ruan Barreto, bolsista coautor do mesmo projeto, diz que há alguns fatores que influenciam na adoção desse caminho alternativo e sustentável, pelas empresas do ramo sucroalcooleiro. “O gás GLP, comumente usado na geração de energia elétrica, tem o potencial calorífico muito maior do que o bagaço da cana, ou seja, gera mais calor e, por consequência, mais vapor para movimentar as turbinas. Contudo, as empresas têm sido incentivadas em algumas regiões, como o estado de São Paulo e aqui no município, a usar a fonte da Biomassa, por meio de deduções nas contas de luz”.

 Os trabalhos estão sendo vistos e avaliados por representantes da Universidade Petrobras, seguindo tais quesitos: qualidade do resumo, desempenho dos estudantes na apresentação, organização visual dos banners e relevância para o setor de petróleo e gás. Helena Diniz, uma das avaliadoras, reconhece o empenho dos estudantes em seus projetos. “Gostei muito do que vi e ouvi. O que mais me impressionou foi a capacidade dos estudantes em pensar e explicar os seus trabalhos. Vejo que a bolsa tem ajudado a movimentar a produção dos cursos técnicos”, ressalta.

 O coordenador do Convênio IFF-Petrobras, Diego Santana se diz satisfeito com os resultados da parceria estabelecida desde 2003. “A feira tem sido um sucesso; a Petrobras também tem achado muito interessante a diversidade dos projetos. Nós estamos encerrando o convênio com a certeza de que os frutos serão colhidos nos próximos dias, nos próximos meses, e nos próximos anos, pois sabemos que esses alunos serão futuros engenheiros, farão outros cursos técnicos, passarão em concursos públicos ou entrarão em outras atividades”, finaliza.

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(Publicada em: 28/10/2015)

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