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Pesquisa e Inovação
Com investimento em inovação, IFF registra alto número de pedidos de propriedade intelectual
Nos últimos anos, muito se tem fortalecido o discurso da importância da inovação e do avanço tecnológico para a competitividade das empresas e o desenvolvimento dos países. Não é para menos. Dominar uma nova técnica ou método que atenda às necessidades de produção e consumo do mercado traz resultados positivos em uma sociedade que exige cada vez mais qualidade, eficiência e melhores produtos e serviços.
“Não se faz inovação sem a tríplice hélice: governo, indústria e instituições de ensino e pesquisa interagindo e articulando ações”, destaca o diretor de Internacionalização e Inovação do IFF, Henrique da Hora, que também é coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).
Enquanto instituição de educação, ciência e tecnologia, o IFF deu um importante passo no desenvolvimento de tecnologia e inovação a partir do credenciamento junto à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para a constituição do Polo de Inovação Campos dos Goytacazes (PICG) que desenvolve ações de pesquisa aplicada e tecnológica para promoção de inovação na área de monitoramento e instrumentação para o meio ambiente com foco em recursos hídricos, energia e resíduos.
É neste ambiente propício que, desde 2016, vários projetos vêm sendo desenvolvidos no Polo e já geraram nove pedidos de proteção de propriedade intelectual (PI) junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), por meio do NIT do IFF. “São quatro projetos de registro de software e cinco de depósito de patente, que é uma outorga para compensar e estimular a atividade inventiva do pesquisador”, explica Henrique. “O processo de pedido de PI leva cerca de 10 anos, mas durante este período a inovação já possui a presunção de proteção, e pode ser objeto de transferência de tecnologia para sociedade”, complementa.
Os projetos que já possuem pedidos de patente são os seguintes: Estação meteorológica aerotransportável (Ema) com registro remoto de dados; Embarcação automatizada para realização de trajetos previamente programados e coleta de dados ambientais em corpos hídricos lênticos; Sistema para recuperação de calor a partir dos gases de exaustão de um forno cerâmico intermitente; Dispositivo e método de controle para preparação de amostras para especiação de mercúrio; Dispositivo e método de controle para mortalhas térmicas de uma câmara termo vácuo. Entre os registros de software, três estão ligados ao projeto desenvolvido junto à Associação das Indústrias da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (AIC – Codin) e um ao Centro de Referência em Sistemas Embarcados e Aeroespaciais (CRSEA).
É a primeira vez que o Instituto solicita um número tão expressivo de PI e isso se dá, segundo Henrique, pela própria constituição do Polo de Inovação e do avanço nas ações do Núcleo de Inovação Tecnológica. “Se a gente olhar, devemos ter três ou quatro pedidos na história do instituto. Havia uma preocupação em estruturar e fazer as regulamentações do NIT, o que foi muito importante. E agora temos este boom devido ao Polo, uma unidade dedicada ao desenvolvimento de projetos, além das pesquisas dos Programas de Mestrado”, avalia.
De acordo com Henrique, as expectativas são positivas em relação à inventividade dos projetos, mas a palavra final é do INPI. “Trabalhamos para que isso aconteça”, reforça. “É objetivo dos Institutos Federais se preocuparem com o desenvolvimento local, e acredito que estamos cumprindo o nosso papel desenvolvendo tecnologia e inovação para as empresas no nosso entorno”, reforça.