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IFF debate diretrizes para cursos de formação de professores

por Comunicação Social da Reitoria publicado 09/10/2025 16h01, última modificação 10/10/2025 15h55
Encontro reúne equipes dos campi para alinhar entendimentos sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais e planejar estratégias para a adequação dos cursos de licenciatura.
IFF debate diretrizes para cursos de formação de professores

 Representantes da Pró-reitoria de Ensino (Proen) e coordenadores dos cursos de licenciatura dos campi Campos Centro, Campos Guarus, Macaé  e Itaperuna do Instituto Federal Fluminense se reuniram para discutir diretrizes para a formação inicial de professores. O encontro foi realizado na tarde desta quarta-feira, 08 de outubro de 2025, na Reitoria.

 O objetivo, segundo o pró-reitor de Ensino, Paulo Vidal, foi analisar a Resolução N° 4/2024 do Conselho Nacional de Educação (CNE) para subsidiar a construção das diretrizes institucionais, e traçar estratégias para adequação dos PPC dos cursos de licenciatura com oferta vigente“Buscamos esclarecer dúvidas e alinhar entendimentos para as coordenações frente às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)", explica

 A Resolução é considerada problemática, conforme aponta Maria Siqueira, coordenadora da Licenciatura em Teatro do Campos Centro, por não contemplar aspectos desejados pelos cursos. Ela reforça a necessidade de um espaço real de discussão, sem burocracias, e reconhece a abertura para escuta e construção conjunta pela Pró-reitoria de Ensino. “Está sendo um espaço para a gente colocar nossas demandas e contribuir; e para nos dar suporte”, diz.

 “Propomos aqui hoje um caminho contrário: a gente diz o que precisa e a diretriz do IFF tem que contemplar o que trazemos de demanda”, explica Maria. “Porque o mais importante pra gente é entender como vamos dar conta da diretriz nacional e como vamos adequar o curso, visto que é um documento que não contempla coisas que gostaríamos”, complementa. 

 Diretriz interna busca refletir identidade institucional

 De acordo com  Vidal, a construção das diretrizes do IFF que complementam a legislação nacional visa considerar as especificidades da instituição, como a sua dupla oferta de educação básica e superior.

 “O objetivo é criar parâmetros para os cursos e traçar estratégias para o fortalecimento da oferta de formação de professores”, defende o pró-reitor. “Uma diretriz com a identidade da instituição, guardando suas especificidades e dada às nossas características de sermos Educação Profissional e Tecnológica. Ao mesmo tempo que somos formadores de professores, temos o espaço de educação básica”.

 Conceição Campinho, diretora de Políticas da Educação da Proen, explicou que esta imersão é apenas a primeira etapa do trabalho do Fórum de Gestão Pedagógica, e que novas discussões deverão acontecer de acordo com as necessidades apontadas pelos campi.

 “Entre março e agosto deste ano, um grupo formado pela Proen e representantes das unidades elaborou uma minuta inicial. Agora, o documento será reelaborado e readequado por aqueles que têm a visão real do que acontece na prática dos cursos”.

 As futuras diretrizes do IFF deverão estar alinhadas à Resolução N° 4/2024, cujo prazo de adequação pelas instituições de ensino termina em junho de 2026. No entanto, o desafio é ir além do cumprimento da norma e refletir sobre o papel do IFF nesse cenário nacional.

 Após a etapa de construção das diretrizes institucionais, a discussão se estenderá aos campi por meio de visitas com oficinas que utilizarão a minuta como produto de debate. Em paralelo, será aberta uma consulta pública online.

 Política de Transposição ao Ensino

 A Pró-reitoria de Ensino, por meio da Diretoria de Políticas da Educação, instituiu a Política de Transposição ao Ensino (PTE) para discutir várias temáticas da educação. A PTE envolve diferentes modalidades, entre elas o Fórum de Gestão Pedagógica que corresponde ao grupo de discussão em questão, organizado frente às demandas surgidas nos próprios campi do IFF.

 “É importante ressaltar o trabalho coletivo como fundamento plural de todo e qualquer processo de construção, e sempre na perspectiva de atender ao sujeito fim desta instituição: o aluno”, finaliza Conceição.