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IFFluminense recebe o III Encontro Nacional do Neab e Neabi em novembro

por Comunicação Social da Reitoria publicado 21/06/2017 12h35, última modificação 31/08/2023 12h41
Evento tratará de questões étnico-raciais na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e já está com inscrições abertas para submissão de trabalhos até 31 de julho.
III Encontro Nacional do Neab e Neabi e grupos correlatos da Rede Federal

Evento será sediado pelo IFF de 06 a 11 de novembro deste ano

 O Instituto Federal Fluminense (IFFluminense) sediará o III Encontro Nacional de Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) e grupos correlatos da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica – ENNEABI, no período de 6 a 11 de novembro de 2017, no Campus Campos Centro.

 O ENNEABI, que vem se firmando como espaço qualificado para a troca de saberes e articulação de políticas de promoção da igualdade racial, tem como foco o debate sobre a educação para as relações étnico-raciais na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. “É de grande responsabilidade realizar um evento nacional pra discutir questões tão urgentes no país. A questão da valorização do negro, do índio, da percepção da importância deles, não só na formação étnica do Brasil, mas como formação cidadã e cultural”, declara Kátia Macabu, coordenadora de Políticas Culturais e Diversidade.

 O encontro é aberto a todos aqueles que se interessam pela temática, assim como estudantes e servidores do IFFluminense. A programação ainda está em processo, porém o período de submissão de trabalhos – comunicação oral, relatos de experiência, oficinas, minicursos, apresentações culturais e pôsteres – já iniciou e vai até o dia 31 de julho, pelo site oficial do evento, e os modelos aprovados serão divulgados no dia 20 de setembro. Já as inscrições em atividades como ouvinte vão ser realizadas do dia 27 de setembro a 6 de novembro de 2017.

 As duas primeiras edições desse evento ocorreram nas regiões Norte e Nordeste do país (a primeira no IFPará e a segunda no IFMaranhão), na qual o IFFluminense participou da última. Nesse segundo encontro foi trazida a possibilidade do evento ser realizado mais no sul do país. Com o apoio do reitor do Instituto, Jefferson Manhães, e do diretor de Desenvolvimento de Políticas Estudantis, Culturais e Esportivas (Dipece), Gustavo Gomes, o IFF foi candidato e contemplado com esse evento.

 “O ENNEABI vem para trazer mais ainda essa discussão para dentro da instituição. Temos ainda pontos sérios de discriminação, e até por isso o evento precisa estar aqui. Nós escolhemos o município de Campos dos Goytacazes exatamente por ser um município com uma história muito complexa em relação à escravidão. Há uma certa herança disso nos pensamentos e nas atitudes de algumas famílias campistas, então trazer o evento para Campos é também uma forma de criticar o problema, pois não estamos passando por cima dele, e sim indo ao encontro para poder ampliar esse debate”, explica Kátia Macabu.

 Estão presentes nas discussões sobre o tema os coordenadores dos NEABI’s, Gustavo Gomes (diretor da Dipece), Aline Portilho (produtora-executiva da Dipece), Ronaldo Moutinho (professor e coordenador do Neabi do Campus Quissamã), Livia Matta (diretora de Pesquisa e Extensão do Campus Pádua), Lúcia Talabi e Simone Pedro (superintendente e diretora de pesquisa, respectivamente, da Superintendência da Igualdade Racial da Prefeitura de Campos) e Kátia Macabu (coordenadora da Dipece).

 Kátia acrescenta que “dentro do IFFluminense, temos licenciaturas nos campi Cabo Frio, Campos Centro e Campos Guarus, que, de alguma forma, contemplam a questão étnico-racial. Isso é importante para nós, porque é um debate que precisa ser desenvolvido. O licenciando obrigatoriamente vai ter essa visão para poder trabalhar nas salas de aula quando eles forem professores”.