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Instituições se reúnem no IFF pela permanência da Universidade Federal Rural em Campos

por Comunicação Social da Reitoria publicado 05/06/2019 15h21, última modificação 31/08/2023 12h54
Campus da UFRRJ no município corre o risco de perder sua sede, que foi doada na década de 70.
Instituições se reúnem no IFF pela manutenção da Universidade Federal Rural em Campos

Gestores discutiram alternativas para manutenção das atividades da Universidade Rural em Campos (Foto: Tiago Quintes).

 Representantes do Instituto Federal Fluminense (IFF), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), do Colégio Agrícola, da Prefeitura Municipal de Campos e do Sindicato Rural de Campos se reuniram com gestores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na manhã desta quarta-feira, dia 05 de junho, na Reitoria do IFF, para pensar em soluções em conjunto e alternativas de parceria para manutenção do campus e das pesquisas da UFRRJ no município.

 A área da Universidade Federal Rural, que possui 430.000 m², com 6.000 m² de área construída, foi doada na década de 70 pela antiga Usina São José, mas o grupo empresarial que comprou a usina quer retomar o espaço e já obteve decisões judiciais favoráveis, sendo a última, há cerca de 15 dias no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A UFRRJ corre o risco de perder sua sede.

 Durante a reunião, o diretor do Campus Campos dos Goytacazes da UFRRJ, Jair Ramalho, apresentou a história e o trabalho desenvolvido pela unidade, que tem como um de seus principais projetos o melhoramento genético da cana-de-açúcar, com mais de 200 experimentos instalados na região Sudeste e no Sul da Bahia, e que também é pioneira no controle biológico de pragas, com um laboratório que produz inimigos naturais de pragas, com tecnologia limpa, sem uso de agrotóxicos. Apenas em 2018, o campus atendeu mais de 2.000 produtores, entre outras ações.

 “A perda do espaço da universidade rural representaria a perda de anos de pesquisa de cana-de-açúcar e de outras culturas. É uma perda muito grande para a universidade e para a sociedade, que investiu milhares de reais na estrutura física do campus e na capacitação de produtores rurais e de pesquisadores. Por isso, estamos buscando alternativas e apoio das entidades e da sociedade para a manutenção do campus”, afirmou o diretor.

 Os representantes das instituições presentes na reunião demonstraram apoio na luta pela permanência da Universidade Rural em seu espaço e para firmar parcerias que possibilitem a continuidade de suas pesquisas, na hipótese do campus perder sua sede. Na ocasião, foi formada uma comissão com um representante de cada instituição para tratar mais diretamente destas questões com a UFRRJ. Também ficou decidido que as instituições de ensino divulgarão uma nota oficial conjunta manifestando apoio à universidade.

 O reitor do IFF, Jefferson Manhães de Azevedo, destacou o espírito de solidariedade das instituições e o compromisso com a manutenção das atividades da Universidade Federal Rural, diante de sua importância para o desenvolvimento do município de Campos e região. “Não mediremos esforços entre as instituições para abrigar as pesquisas, servidores e laboratórios do campus da Rural se essa for a alternativa que nós vislumbrarmos como possível, mas temos esperança de que a universidade vai permanecer no seu espaço, continuando a colaborar com a qualidade do seu trabalho para o município”, afirmou Jefferson.

 Reitor da UFRRJ, Ricardo Luiz Berbara, disse que vai continuar lutando para manter a área da universidade e que sai satisfeito da reunião. “Nós saímos daqui fortalecidos no plano das relações institucionais com o objetivo de primeiro, superarmos essa crise que o campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro está enfrentando hoje, que é um problema potencialmente sério, não só para a universidade, mas para a região inteira, haja vista o número de projetos que essa unidade realiza, como desenvolvimento de pastagens, cana-de-açúcar e diversas culturas adaptadas ao Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro, e também saímos muito felizes porque detectamos a possibilidade de projetos comuns com o IFF e a Uenf que vão causar impacto em toda a região”, finalizou o reitor.