O projeto foi estruturado para ser itinerante, ou seja, não há quantidade de vagas fixas, apesar de participarem 10 integrantes regulares, além de dois alunos bolsistas. O projeto é autogerido por todos os participantes, com base no cooperativismo e na igualdade, que repassa o conhecimento para quem quiser aprender. Assim, o interessado em aprender a técnica pode passar pela Casa de Artes e participar da oficina quando quiser. O principal propósito é integrar os alunos ao cotidiano da escola com atividades para além da sala de aula, fazendo que se sintam parte da comunidade acadêmica.

 Segundo o professor Bruno, essa oficina é um espaço de significado, que atrai os jovens para beneficiá-los. “Dessa forma, conseguimos angariar um sentimento de comunhão com a escola, tirando o jovem da ociosidade e das consequências desse ócio”, explica o professor.

 Para Wandley Carvalho, aluno do curso de hospedagem e bolsista do projeto, trabalhar com a serigrafia tem sido importante para ter outro olhar sobre a representatividade da escola. “Quando ingressei no Instituto, comecei a ter um problema de desinteresse pelas aulas, fazia muita bagunça e não queria nada! A oficina recuperou minha autoestima, e agradeço ao Bruno que me ajudou a valorizar este espaço”, revela o aluno.

 Inicialmente, a oficina produzia camisas para projetos e eventos realizados dentro da escola, atendendo a uma demanda interna. Com a repercussão positiva do trabalho, surgiu a ideia de criarem grife de camisas. Assim, na próxima semana, serão lançadas as marcas CDD Moda Debate e Família Kreyze Moda Rolé. A identidade das grifes se propõe a divulgar a compreensão da realidade política e social local. As camisas serão vendidas a preço de custo para investir no próprio projeto.

 O intuito, posteriormente, é ampliar a oficina de serigrafia como projeto de extensão para ser apresentado em outros campi, como já ocorreu no Campus São João da Barra e em escolas públicas da região.  

Comunicação Social do Campus Cabo Frio