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Alunos do curso de gastronomia participam de ação extensionista para agricultura familiar
Durante quatro meses, os estudantes, coordenados pelos professores de gastronomia Adriana Slongo, Wellington Santos e Luana Costa, realizaram oficinas com noções de higiene e segurança alimentar, planejamento de cardápio e estratégia de marketing. O objetivo foi de orientar os agricultores para se prepararem para a “Festa do Feijão”, desde o cardápio até a produção de alimentos à base de feijão. A festa do feijão já acontece há 14 anos, com apoio da prefeitura do município, e, neste ano, contou com a orientação do curso de Tecnologia em gastronomia do campus Cabo Frio para aprimorar a parte culinária do evento.
As oficinas fizeram parte de uma ação extensionista que avaliou a importância do feijão produzido na comunidade e sua relevância na cultura alimentar daquele município, o que irá orientar o escopo do trabalho de conclusão de curso dos alunos. Segundo a estudante Jéssica Silva, o objetivo das oficinas foi de agregar à festa o conhecimento adquirido na formação durante o curso no IFF, além de trazer elementos para embasar o TCC. “Acreditamos que esse trabalho de capacitação fortalece a cultura alimentar local e valoriza o trabalho do agricultor”, ressalta Jéssica. A estudante também realizou, junto a prefeitura do município, diversas reuniões para a organização da festa.
A Festa do Feijão é importante porque dá visibilidade à agricultura familiar, oriundas de assentamentos da reforma agrária, só no distrito de Cantagalo são 120 famílias produtoras de feijão. Para a agricultora Patrícia França, o apoio da Instituição foi fundamental para a realização da Festa: "a orientação do IFF foi muito importante para conseguirmos realizar a Festa, porque, não somos cozinheiras, nem comerciantes. Somos agricultoras”, ressalta.
Assim como Patrícia, cerca de 20 pessoas do assentamento “Presidente Lula”, receberam diversas orientações para incrementarem o evento, inclusive aulas de culinária. A coordenadora do curso de tecnólogo em gastronomia, Adriana Slongo, avalia que as ações extensionistas são importantes para ajudar as comunidades locais nas suas necessidades específicas. “Geralmente os pequenos produtores não têm assistência ou orientação para conservação, distribuição ou acondicionamento dos produtos que produzem. Esses projetos colaboram no sentido de ajudá-los com a parte da higiene, conservação e venda das suas produções.
Para Victor Saraiva, diretor do Campus Cabo Frio, os projetos extensionistas são imprescindíveis para aumentar a proximidade entre a comunidade e a Instituição, pois é importante que estejam juntas na busca por soluções, consolidando seu papel institucional.
Atualmente o Campus Cabo Frio tem 21 projetos de extensão e pretende sempre estreitar as ações junto às comunidades da Região dos Lagos.