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Formatura do Campus Cabo Frio: para além da formação profissional

por Mônica Athayde Gonçalves publicado 25/07/2017 16h27, última modificação 25/07/2017 16h27
Na última semana foram realizados três dias de formaturas no campus com aproximadamente, 150 alunos concluintes.
Turma de formandos

   Foram três dias consecutivos de formatura. Quase 150 formandos dos cursos técnicos em eletromecânica, hospedagem, petróleo e gás, química, segurança do trabalho e cozinha, além das licenciaturas em química e biologia e tecnólogo em hotelaria. Protocolo finalizado. Para quem trabalha numa instituição como o IFFluminense, esse evento faz parte do cotidiano.

    Para mim, no entanto, que profissionalmente realizo a “cobertura” dos eventos realizados no campus, a formatura é sempre mais emocionante. E importante. Observo os pais e parentes dos alunos, alguns dos quais nunca tiveram oportunidade de sentar num banco de escola, outros, ainda, nunca imaginaram o filho com uma formação. Dever cumprido.

    Trago comigo que somos os profissionais da esperança, mesmo que o dia a dia nos engula e o trabalho se transforme numa atividade automática. No seu discurso como paraninfo, o professor Eric Lopes, concordou comigo no seu discurso: a esperança nos move. Nesses dias de formatura, eu também renovo a esperança. Por dois motivos: pela sensação de que cumpri meu papel para com a sociedade e para não esquecer minhas origens.

   O fato é que, assim como eu, a maioria dos meus colegas de trabalho, enfrentaram dificuldades para concluir a formação acadêmica. Tais quais aqueles novos profissionais com os olhos marejados. Porém, o tempo passa, e, às vezes, já não importa mais de onde viemos.

     No entanto, em dias de formatura, os discursos revelam um pouco do motivo pelo qual trabalhamos numa instituição de educação. Para mudar o mundo, só um pouco, talvez. Só por um instante podemos fazer o mundo melhor. Naquele instante da emoção da professora Alexandra do Amaral confessando que começou a chorar desde o convite para ser patronesse. Na sinceridade do professor Bernardo Marcussi ao se intitular como o professor chato, mas, na verdade, era simplesmente profissional ao ministrar disciplinas extremamente técnicas.  Nas palavras do professor Vinícius Moreira em dizer que o aprendizado é mútuo. E da patronesse Mônica Machado ao dizer: “ensinar não é só mostrar o caminho, é andar junto, NO caminho”.

     E apesar desse caminho ser apenas o início de uma longa trajetória, os alunos também compreenderam a importância da educação em suas vidas, particularmente nessa Instituição. Do significado de uma totalidade que não é somente decifrar os conteúdos químicos e matemáticos, mas entender que a educação é um todo, conforme vaticinou Paulo Freire: “importante na escola não é só estudar, é também criar laços de convivência e amizade.”.

     O diretor geral, Victor Saraiva, ressalta o orgulho de ser professor e lembra que todo corpo docente, trabalha em prol da construção do cidadão. Sim. Essa escola é plural. Para além de ensinar educação profissional e tecnológica, ensina-se o respeito ao próximo, a dignidade e a ter esperança. Ensina-se também a importância da gratidão à escola pública e universal, conforme lembra o Reitor em seu discurso: “Não se esqueçam de quem financia essa escola pública, gratuita e de qualidade. Não se esqueçam do povo brasileiro”.

     Sim! Viva a esperança do povo brasileiro!!