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COMPETIÇÃO DE ROBÔS
1º drone de corrida fabricado por equipe é testado em evento de robótica
O drone foi batizado com o nome de Avuador e competiu na Campus Party, evento de tecnologia que aconteceu em São Paulo.Foto: Divulgação/Goytaborgs
O 1º drone de corrida fabricado pela Goytaborgs, equipe formada por estudantes do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro, foi testado durante Campus Party Brasil. O evento nacional de tecnologia, empreendedorismo, ciência e disruptividade aconteceu em São Paulo entre 9 e 14 de julho.
A aeronave fabricada pela Goytaborgs recebeu o nome de Avuador e apresentou uma autonomia de voo de até 15 minutos. O drone chegou a voar a uma altura de cerca de 10 metros. Coordenador da equipe, o servidor Revair Lourenço explicou como ele foi fabricado e pontuou que a melhor versão da aeronave ainda está em estudo.
“A gente criou a carcaça usando a impressora 3D para poder validar. Depois fizemos em fibra carbono que é um material mais resistente e é leve também. A melhor anatomia a gente está em busca dela ainda. A gente fez o drone, ele está voando, mas o nosso objetivo é ter um drone de corrida. Então, vamos ter que diminuir (o tamanho) para ter uma velocidade e uma autonomia maiores”, explica.
Revair disse que na quadra do IFF Campos Centro terá uma arena de corrida de drones, o que irá possibilitar a realização de testes mais precisos. Além da modelagem, a equipe montou a parte eletrônica, fez a programação e comprou os motores.
“Estamos com a rede montada e estamos vendo a estrutura para evitar que o drone bata em parede. E assim vamos dominar a pilotagem. Após dominar como se pilota, voltamos para a bancada (do laboratório) para definir uma performance com determinada aerodinâmica. É um processo.”
A Goytaborgs reúne estudantes das engenharias de Controle e Automação, Mecânica, Computação e Elétrica e dos cursos de Sistema de Informação e Licenciatura em Matemática.
Estudante de Engenharia de Controle e Automação, a integrante da equipe Giulia Mota disse que o drone apresentou autonomia de até 15 minutos na arena do evento e detalhou como acontece a pilotagem.
“Outra tecnologia que a gente usa é a câmera que faz ligação ao vivo com o óculos, que é parecido com aqueles de realidade virtual, só que você conecta na mesma frequência da câmera, e a imagem que o drone está capturando passa no óculos. O nosso drone é de corrida, e o piloto usa esse óculos como se ele tivesse em cima do drone”, detalha.
A equipe competiu na Robocore Experiense também com o robô Artbot, o chapéu seletor, com inovações, porque os integrantes fizeram adaptações para permitir que pessoas com deficiência visual possam comandar a máquina.
A participação da Goytaborgs foi financiada com recursos da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). A viagem foi patrocinada pela IFF Campos Centro cujo diretor-geral, Carlos Augusto Boynard, esteve presente junto aos estudantes.