A candidata a diretora-geral do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro Luciana Machado da Costa disse que, caso seja eleita, irá implementar ações para que os estudantes dos cursos integrados possam almoçar no restaurante do campus sem precisar passar pelo edital de seleção. Luciana é professora de História e servidora há mais de 14 anos, segundo informações do Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP).

As eleições para reitor do IFF e diretores-gerais dos campi acontecem em 6 de dezembro.

Portal IFF — O que o senhora vai fazer nos primeiros 100 dias do mandato?

Luciana Costa — Primeiramente, parabéns a equipe de comunicação pela iniciativa. É com o coração aberto que vou conduzir a gestão, a partir de um plano coletivo. Durante a fase de transição, vou fazer um diagnóstico inicial para fornecer a base das decisões. Depois, reunir com a comunidade do campus para apresentar o diagnóstico e escutar as prioridades de servidores e alunos. E, claro, implementar ações para que todos os estudantes dos cursos integrados tenham direito ao almoço, sem edital de seleção, e para que o jantar seja diversificado de forma definitiva e planejada desde o primeiro dia de aula.

Quais áreas do campus precisam ter mais investimentos e como fazer?

  A assistência aos alunos. Temos programas específicos de acesso e permanência, como a ampliação de bolsas e auxílios estudantis para cursos técnicos e superiores. Outra questão é o bandejão para todos. Os alunos têm necessidade e direito à alimentação de qualidade. Isso inclui ações previstas no plano de gestão, como comida sem redução das demais bolsas e auxílios do estudante. Aliás, vamos identificar o motivo pelo qual os equipamentos comprados para a cozinha não foram instalados. E captar recursos com emendas parlamentares e revisar os contratos existentes.

Na sua gestão, o que vai mudar no ensino, pesquisa e extensão?

  Para integrar o ensino, pesquisa e extensão é preciso identificar a demanda total de carga horária docente, inclusive da pós-graduação e a disponibilidade do quadro atual, considerando as atividades na área da inovação, representação e gestão. Com base nos dados, de modo transparente, promover a consolidação dos cursos implantados nos últimos anos. Nesse aspecto, respeitando questões básicas de cumprimento de leis, regulamentos, saúde mental e qualidade de vida.

O que propõe para evitar a evasão escolar?

  É um fenômeno complexo e multivariado, com fatores externos e internos, à instituição. É preciso um diagnóstico para identificar os perfis vulneráveis e criar, junto à comunidade, o Plano Estratégico de Ações de Permanência e Conclusão de Curso. Além disso, iniciar uma Política de Acesso, Permanência e Conclusão de Curso.

Quais as propostas para os servidores técnico-administrativos e professores?

  Os pontos sensíveis podem ser resolvidos com ações integradas. Por exemplo, as questões de saúde mental e qualidade de vida estão interligadas, muitas vezes, ao serviço. Precisamos respeitar os regulamentos de atividade docente e técnico-administrativo, e, principalmente, se atentar aos limites e definições das cargas horárias de trabalho. Além disso, propomos uma agenda permanente de reuniões com as coordenações de curso e setores. A escuta é importante, mas a ação é fundamental.

Qual a sua visão sobre flexibilização e teletrabalho?

  O atendimento ininterrupto e o programa de gestão são ferramentas essenciais que visam a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados por nós. Essas ferramentas possuem especificidades próprias e, se utilizadas corretamente, podem atuar em conjunto e possibilitar um incremento na qualidade de vida dos servidores, dentro e fora do campus. O ideal é garantir o acesso a essas ferramentas a todos os setores e consultar cada servidor para saber como ele prefere desenvolver suas atividades profissionais.