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CBPF convida professores de Física para participar da construção do 1º observatório de raios gama

por Vitor Carletti/ Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 18/07/2019 18h14, última modificação 19/07/2019 09h48
O custo do observatório, que será construído na região dos Andes, está estimado em 50 milhões de euros.
Cooperação internacional de pesquisadores vai construir o 1º observatório de raio  gama do hemisfério sul.

Raio gama no universo.Foto: divulgação

O Conselho Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) convidou nesta quarta-feira pesquisadores do Instituto Federal Fluminense (IFF) para participar da elaboração do projeto de construção do 1º observatório de raios gama do hemisfério sul (SWGO), que será instalado na região dos Andes, no Chile.

O diretor do CBPF, Ronald Shellard, disse que a construção do observatório é uma cooperação internacional com pesquisadores europeus e da América do Sul.

“É um convite para uma conversa para saber se haveria pessoas no IFF com interesse em participar de um projeto dessa natureza. Uma vez tendo interesse, vamos sentar e discutir um programa de colaboração. Vamos discutir a participação. Se houver interesse, todos são bem-vindos. É uma ocasião de aproveitar e ganhar experiência e ter um mecanismo de ter projetos que sejam úteis aos alunos e para própria contribuição científica do IFF”, disse.

Estão envolvidos institutos da Alemanha, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Portugal, Itália, México, Reino Unido e República Checa.

O observatório serve para procurar matéria escura no centro da Via Láctea e irá começar a ser construído no ano que vem. “Você constrói um projeto de detetores que ocupam uma área equivalente a 40.000 metros quadrados e precisam ser instalados em regiões de grande altitude. Nos Andes, você tem platôs que ficam de 4 a 5 mil metros de altura. Não tem como construir um detetor desse no Brasil, por exemplo”, explica.

A professora de Física do IFF Campus Campos Centro Cristine Nunes disse que irá organizar o grupo de pesquisadores para trabalhar no observatório. “Como a gente vê o universo? Vemos por partículas elementares que chegam aqui por raios gama. Então, (com observatório) a gente teria uma história mais apurada do que é o universo.”