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Chassi de carro elétrico passa por inspeção, e equipe consegue 9º lugar em competição
A Goytacar E-Racing é uma equipe multidisciplinar com estudantes das engenharias e de Arquitetura e Urbanismo.Foto: Divulgação/ Goytacar E-Racing
A estrutura do chassi do projeto de carro elétrico construído pela Goytacar E-Racing passou pela primeira inspeção durante a 20ª competição fórmula SAE Brasil, evento nacional realizado entre os dias 31 de julho e 4 de agosto, em Piracicaba, cidade do Estado de São Paulo. Com 22 competidores na categoria “Elétrico”, a equipe ficou em 9º lugar na classificação geral.
A Goytacar E-Racing é uma equipe multidisciplinar formada por estudantes dos cursos das engenharias de Controle e Automação, Computação, Elétrica e Mecânica e de Arquitetura e Urbanismo, do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro.
A inspeção pela entidade é uma etapa anterior à validação do chassi, quando a equipe de competição consegue atender aos requisitos de segurança do piloto e de durabilidade da estrutura e assim avançar na construção do carro movido a eletricidade.
Após a inspeção do chassi fabricado pela Goytacar E-Racing, os estudantes voltam para a oficina para atender às indicações de melhora da estrutura do carro feitas pelos avaliadores.
A competição possui duas categorias: Combustão e Elétrico. A Goytacar E-Racing competiu com equipes de instituições de ensino de todo o país que desenvolvem carros elétricos. São três fases de avaliação: a inspeção técnica, provas estática e dinâmica. Nesta última, só consegue competir se o projeto do carro for aprovado na primeira etapa.
Desempenho — Capitã da área de mecânica e estudante de Engenharia Mecânica, Jéssica Martins explicou que a prova estática se divide em avaliações sobre design, custos e apresentação.
“Para participar da prova de design e custo, precisa estar com o carro físico. A única prova que não precisa estar com o carro é a prova de apresentação que foi a prova que participamos. Quando é uma equipe iniciante, como é o nosso caso, eles permitem que levemos o chassi do carro para passar pela inspeção, que foi o que fizemos. Logo, a partir dessa inspeção, o carro pode ser construído em cima do chassi validado”, disse.
A capitã de mecânica explicou que os avaliadores levam em conta, dentre outros requisitos, a estrutura das paredes, o tipo de solda e de aço utilizados na construção do chassi. A Goytacar E-Racing ainda precisa submeter o projeto do contêiner da bateria do carro elétrico, mas que essa avaliação só poderá ser feita no próximo evento que será realizado em 2025.
“A conformidade com o regulamento é fundamental, pois o chassi não é apenas a espinha dorsal do carro. Ele é a base sobre a qual todos os outros componentes se integram e é responsável pela segurança dos pilotos. Por isso, seguimos o regulamento à risca desde o início do desenvolvimento, sabendo que qualquer desvio pode comprometer não apenas o desempenho, mas também a integridade estrutural do veículo”, explica.
Capitã de gestão da Goytacar E-Racing e estudante de Arquitetura e Urbanismo, Camilly Dias avaliou como positiva a 1ª participação da equipe nesta competição. “Desenvolvemos um projeto fictício de cockpit (lugar onde o piloto assenta no carro) feito para mulheres”, conta.
A Goytacar E-Racing possui 27 empresas e instituições patrocinadoras no desenvolvimento do projeto do carro elétrico.
A SAE Brasil desenvolve eventos e cursos técnicos focados em inovações tecnológicas na área da indústria da mobilidade.