Notícias
Teatro
Conceito 5 do MEC para a Licenciatura em Teatro comprova qualidade e avanços do curso
Primeira turma em sua apresentação de fim de curso
O curso de Licenciatura em Teatro do campus está fechando o ano com boas novas mais que especiais: A primeira turma forma-se neste mês e carregará o conceito 5 do MEC com orgulho! Em novembro, professores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) avaliaram o corpo docente, infraestrutura, materiais didático-pedagógicos e os resultados no Enade dos estudantes para atribuir um Conceito Preliminar de Cursos (CPC).
Coordenadora da licenciatura, a professora de artes Raquel Fernandes esclarece a dimensão de disponibilizar Teatro na cidade: “Não existem muitos cursos de Teatro no interior dos estados. O 5 do MEC é muito significativo para nós não pela nota em si, mas enquanto resultado e retorno da luta que travamos para implementar o curso. Em Campos, antes de ter a licenciatura, só existiam cerca de três pessoas com essa formação, incluindo eu. Hoje temos várias, contando os professores daqui – que são todos de fora e, por isso, trazem outras culturas, vivências e formações.”
Outro diferencial é oferecermos as quatro linguagens artísticas (dança, artes plásticas, teatro e música) para o Ensino Básico, sendo a única escola da região a contemplar essa diversidade. É nesta abertura que os educadores de teatro estreitam a relação entre ensino superior e básico, campo de atuação dos licenciandos. “A gente tem de estar conectado com os adolescentes de hoje para ensinar ao nosso estudante como lidar, fazer e propor didaticamente o conteúdo”, diz Raquel.
A notoriedade do curso foi sendo construída também através de parcerias consolidadas durante o percurso, tal como com a Polo Arte na Escola, da UENF, que funciona na Casa de Cultura Villa Maria. Os licenciandos do campus, além de participarem, podem oferecer oficinas no local, ajudando-os na inserção no mercado de trabalho. Há parceria com o SESC, a fim de oportunizar vagas para os alunos em espetáculos e oficinas com profissionais da área e ceder espaço para apresentação de projetos, e com a Prefeitura, levando os estudantes para performances em escolas do município.
Crescimento – A presença dos avaliadores do Inep na instituição causou “uma energia muito boa dos servidores por poderem contribuir com essa avaliação”, descreve a coordenadora, a partir da união e organização conjunta em busca de uma nota que representasse a capacidade da graduação. Ana Carolina Pavão, aluna da primeira turma de Licenciatura em Teatro e a primeira professora formada em Teatro atuante em São João da Barra, atesta o merecimento da nota do curso e resultados obtidos:
– A nota faz jus sim ao ensino que tivemos e sinto que, apesar das dificuldades, fomos muito bem preparados para trabalharmos no campo da arte e educação. Já estou fazendo mestrado na UENF graças à excelente preparação que tive. Infelizmente, muitas pessoas ainda não percebem como a arte pode contribuir para uma educação de qualidade no nosso país, mas eu e a minha turma estamos prontos para mudar essa realidade.
Ananda de Souza Padilha, outra aluna da primeira turma a se formar neste mês, define sua caminhada pessoal no curso sendo “maravilhosa” e pontua as conquistas alcançadas pelo Teatro no campus: “A diferença é absurda. Começamos do zero na instituição, não tinha um espaço próprio para a prática do teatro. Eu fiquei surpresa pela rapidez da resposta, até imaginava que iríamos nos formar e não veríamos tudo isso de evolução. As professoras foram lutando, fazendo pedidos para lugares específicos, como o CENACAM, e materiais como os refletores para a iluminação e os tatames para práticas circenses.”
Reformas no auditório Cristina Bastos – espaço que serve como laboratório para as atividades teatrais tanto para turmas de Ensino Médio quanto para a Licenciatura –, salas confortáveis espelhadas para preparações corporais e aposento para guardar o acervo de figurinos também foram mudanças fundamentais para o engrandecimento do curso. Após quatro anos de existência, a coordenadora Raquel Fernandes compara a relação entre a instituição e o curso com namoro. “Demora a adaptar-se, mas esse 5 é um pedido de casamento, que simboliza que a trajetória valeu a pena. O IFF vê os frutos do curso nos congressos, nos quais os alunos são sempre premiados e parabenizados pela profundidade das pesquisas.”