Notícias
ENSINO
Coordenadores avaliam desempenho no Enade 2023

Os coordenadores das engenharias de Controle e Automação e Elétrica do IFF Campos comemoraram o desempenho e indicaram melhorias.Foto: Raphaella Cordeiro/ Ascom Centro
Os coordenadores das engenharias de Controle e Automação e Elétrica do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro indicaram as áreas em que os cursos evoluíram e futuros aperfeiçoamentos a serem alcançados após as graduações conseguirem o conceito 4 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023, prova que mede a qualidade do ensino superior aplicada pelo Ministério da Educação.
O Enade 2023 avaliou 9.812 cursos das áreas de saúde e bem-estar, como medicina e fisioterapia, as engenharias e Arquitetura e Urbanismo e cursos tecnológicos como os de Agronegócio e Segurança do trabalho. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao MEC, divulgou os resultados no dia 11 de abril.
A avaliação atribui notas de 1 a 5, sendo que a menor evidencia um baixo desempenho dos estudantes e da estrutura dos cursos e a maior é um selo de qualidade buscado pelos corpos docentes e as diretorias de ensino dos institutos federais e de universidades públicas e privadas do país.
O coordenador do curso de Engenharia Elétrica do IFF Campos, Faiossander Suela, destacou que o conceito 4 é um esforço coletivo dos professores, estudantes, técnico-administrativos e gestores e elencou os avanços tanto na parte pedagógica quanto de infraestrutura.
“Destacamos o incentivo crescente à participação dos estudantes em atividades de iniciação científica, projetos de extensão e competições acadêmicas. Equipes como a Goytacar, Sete Capitães e IEEE têm desempenhado um papel importante nesse processo, promovendo uma formação mais prática, interdisciplinar e conectada com os desafios reais da engenharia”.
“Destacamos o incentivo crescente à participação dos estudantes em atividades de iniciação científica, projetos de extensão e competições acadêmicas. Equipes como a Goytacar, Sete Capitães e IEEE têm desempenhado um papel importante nesse processo, promovendo uma formação mais prática, interdisciplinar e conectada com os desafios reais da engenharia”.
Faiossander Suela, coordenador do curso de Engenharia Elétrica.
E prossegue: “No aspecto tecnológico, incorporamos, tanto em componentes curriculares quanto em minicursos oferecidos ao longo do ano, softwares de simulação amplamente utilizados na indústria. Essa iniciativa tem ampliado o acesso dos estudantes a ferramentas profissionais e favorecido o desenvolvimento de uma postura mais autônoma e crítica diante dos problemas de engenharia”, analisa.
Embora considere que os laboratórios de Eletrônica de Potência, Máquinas Elétricas e CLP tenham passado por reestruturação recente, a modernização da infraestrutura é fundamental para conseguir a nota máxima no Enade.
“Para alcançarmos a nota máxima, estamos atentos a três eixos prioritários. O primeiro é a ampliação do uso de metodologias ativas em sala de aula, como projetos integradores e a aprendizagem baseada em problemas (PBL). O segundo é o fortalecimento da integração entre ensino, pesquisa e extensão, buscando envolver um número ainda maior de estudantes em atividades que contribuam para sua formação profissional e para o desenvolvimento social e tecnológico da região. Por fim, reconhecemos a necessidade de avançar na modernização da infraestrutura do curso. Isso inclui a atualização dos laboratórios e a criação de novos ambientes colaborativos, que estimulem o trabalho em equipe e o desenvolvimento de projetos multidisciplinares”, finaliza.
Já para o coordenador da Engenharia de Controle e Automação Eugênio Naegele o conceito 4 obtido no Enade 2023 se deve em parte à resolução de questões de provas anteriores feita pelos professores junto aos estudantes.
“Outro grande desafio é quanto à melhoria da estrutura física do curso que com a nova legislação tem dificultado muito os processos de compra. Embora boa parte dos nossos docentes já tenha mestrado e doutorado, estamos sempre incentivando os professores que não têm a se capacitarem para tal. Outro ponto importante diz respeito à escuta ativa dos alunos, o acolhimento das questões de ensino e convivência, encaminhamento de outras situações de vida que possam impactar os estudos. As políticas institucionais de apoio ao educando se destacam no que tange à escuta e permanência dos estudantes. Estamos trabalhando para atingir a nota máxima”, analisa.
O coordenador de Arquitetura e Urbanismo do IFF Campos Centro, André Peixoto, avalia que a capacitação dos professores e a mudança para o Bloco G e a consequente unificação de salas e laboratórios foram pontos que permitiram ao curso evoluir na avaliação federal.
"A revisão do projeto pedagógico foi um passo fundamental, alinhando o curso às demandas contemporâneas do mercado e às expectativas dos discentes. Esse alinhamento foi complementado pela atualização da matriz curricular, que integrou diversas disciplinas, promovendo um aprendizado mais coeso e multidisciplinar", disse.
Peixoto afirmou que, para o curso atingir a nota máxima, ainda é preciso investir na ampliação das visitas técnicas e da viagens de estudo dos alunos e na modernização dos laboratórios. "Ampliar as parcerias externas com instituições, empresas e profissionais da área podem proporcionar oportunidades valiosas para os discentes, além de enriquecer o currículo do curso."