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Curso de Arquitetura e Urbanismo comemora 10 anos de implantação
Com bolo, fruta e suco, professores recordaram na tarde desta terça-feira, 1º de novembro, a trajetória do curso, cujo marco inicial é o segundo semestre de 2006, quando as atividades da primeira turma foram iniciadas. No final do ano anterior, a Resolução nº 12, do então diretor geral do Cefet-Campos, Luiz Augusto Caldas, anunciava a criação do curso. Primeira e a mais longeva coordenadora, Regina Coeli de Aquino reconstitui um pouco daquele momento:
- Em dois mil constitui-se um grupo para verticalizar o curso de Construção Civil. Então vieram tecnólogos, engenheiros e para não provocar um mal estar com a Uenf, essa ideia foi cortada e ai veio a da Arquitetura. Mas ela não estava na área das ciências exatas, mas das sociais aplicadas. E nenhum Cefet tinha esse curso. Então era uma briga a ser comprada.
A empreitada foi assumida pela gestão da época. Ciente das discussões que continuara, em outubro de 2005, já no fechamento da Semana da Construção Civil, Caldas surpreendeu a comunidade com o anúncio, para os alunos, que autorizava o vestibular já para o ano seguinte.
- Tínhamos que trabalhar com os professores da instituição, pois não havia autorização para concurso. Então, a gente contou no início com a boa vontade dos professores que davam aula acima de sua carga horária.Tivemos autorização para professores contratados, que agregaram muito valor ao curso. Muitos professores na época estavam em outros setores e vieram. Simone da Hora, que estava nas licenciaturas, Margarida Tavares, que estava no Design, o próprio pessoal da Construção Civil, muita gente. No início foi dessa forma, com muita dificuldade - conta Regina.
Pioneiro - O espaço físico e a infraestrutura eram outro desafio. A coordenação repartia espaço com a gestão dos cursos técnicos. Uma parceria forte entre alunos, professores e a gestão foi fundamental naquele momento. Em 2011, com cinco anos de atividade é que se teve mais segurança. "A gente foi ter a certeza de que o curso estava dando certo e teve o reconhecimento do MEC, dentro de um Cefet. A partir daí, outras instituições pertencentes à rede quiseram replicar. Mas até então, só a gente que tinha", observa a ex-coordenadora.
Na sala do Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo (Caau) um pequeno bolo de chocolate era mais uma referência ao momento. Apesar de o representante de turma estar presente, coube a estudante do sétimo período Taynara Barcelos falar sobre o dia a dia do curso: "É pesado, mas é gratificante ver o trabalho pronto, ver que valeu à pena o esforço, que você conseguiu tirar um produto bom de muitas noites viradas", diz ela em relação aos trabalhos acadêmicos propostos pelos professores.
O curso lá fora - Outra questão é sobre como o curso é visto fora da instituição, entre seus pares de graduação. "Quando converso com gente de outras faculdades, vejo que o curso não deixa a desejar em nada. A gente tem a parte tecnológica, a teórica, a artística, a infraestrutura. Eu vejo que as pessoas sempre reclamam de algum ponto que a gente sempre tem. Contato com o professor, de chegar ali, fora de aula e conversar. Isso é a coisa que eu acho mais maravilhosa aqui. Quando a gente fala que faz um grupo no watsapp com a turma e o professor, eles dizem: "nossa, pra eu conseguir o e-mail de um professor é uma burocracia danada!' Aqui não, tem essa coisa mais humana, apesar de ser uma academia - revela Taynara.
No dia 23 de novembro haverá um momento em que o marco de uma década de curso será reverenciado no campus com um evento de natureza acadêmica. De acordo com professora Daniela Bogado resgate de memória e reflexão sobre os desafios e perspectivas para o futuro. O novo coordenador do curso, eleito a pouco mais de um mês, André Peixoto, adianta um pouco do que deverá abordar na ocasião:
- A gente está atravessando um momento difícil da economia e de toda a gestão pública, mas o nosso grande desafio vai ser esse: superar isso tudo e crescer cada vez mais. Pensar a consolidação do curso e pensá-lo como referência para toda a região, mantendo o nível que tem e mantendo as vagas para a comunidade, um curso de portas abertas para todos. E novidades vem por aí. A ideia da gente é batalhar sempre para oferecer o melhor para o Instituto Federal - finaliza.
Antonio Barros - Comunicação Social do Campus Campos Centro