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Robótica IFF

Engenharias participam de evento internacional de robótica representando o IFF

por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 09/07/2018 19h29, última modificação 13/07/2018 12h30
A 14ª edição do Winter Challanger foi realizada de 05 a 08 de julho no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em São Caetano do Sul, SP
IFF na Winter Challenger

A equipe, pouco antes de embarcar para São Paulo.

Os Goytaborgs  levaram para São Paulo um projeto ousado que teve a admiração de times mais experientes, o robô Lamparão. Sua missão foi lutar na categoria Antweight (454g). Continuação de outro protótipo, o robô ganhou carcaça de alumínio aeronáutico cedido pelo Polo de Inovação Tecnológica do IFF. Lamparão e o segundo robô Ramparão foram os dois dos inscritos entre 545 robôs distribuídos em 17 categorias. O robô principal do IFF lutou contra o número um de sua categoria que ostenta 16 anos de estrada e participou de competições nos Estados Unidos. "Não é qualquer um, observa Marcos Galeno, 5º período de Engenharia Elétrica.

Alguns trunfos da equipe formada por 16 estudantes das engenharias de Controle e Automação; Computação; e Elétrica: passaram por todas as inspeções de segurança - muitos competidores são barrados nessa etapa - disputaram todas as lutas, o robô mostrou resistência e lutou os rounds. "A gente conseguiu mostrar o projeto funcionando o tempo inteiro em todas as lutas", destaca mais uma vez Marcos. Os estudantes envolvidos vão tentar outras categorias, melhorando o que já existe.

Os Goytaborgs saíram do evento com uma promessa de parceria. Em troca de descontos nos preços, um próximo robozinho do IFF poderá ostentar o adesivo de uma loja comercial do segmento.  Logo na chegada houve tensão. Lamparão estava com 20 gramas a mais.  Ramparão passou sem problemas. O time classificou seus robôs, pois atendiam às exigências quanto ao peso. Perderam nas batalhas, mas saíram com ganhos importantes, como destaca o servidor da Coordenação de Redes do campus, Revair Lourenço.   

- A equipe conseguiu conhecer as outras , tínhamos o Cefet-RJ, o Cefet-MG, equipes grandes, já no circuito de competição de robôs, a cinco, seis, 10 anos. São bem estruturas, bem montadas, sem falar das universidades: UFMJ, UFMG. A gente tem muito o que caminhar ainda, mas todo mundo que foi da equipe está muito motivado, vendo que esse é um caminho para fazer engenharia, aplicar no produto, fazer um robô, ter controle total sob o robô, seja em batalha, seja seguindo a linha, seja combatendo em sumô, seja fazendo uma trilha determinada.", observa Revair. 

Ele coordena os trabalhos de logística, como hora de refeições, saída de hotel e suporte para o pessoal que monta o robô, assessorando também com ferramentas.  

Em sua primeira participação no evento, Marcos Galeno voltou com uma lição:

- A gente viu que não está tão distante deles. O que há de diferença é que eles têm mais tempo, mais experiência e mais recurso. A gente vê que todo mundo tem problema em cima da hora, que as coisas quebram, tem correria - observa Marcos. 

 Futuro - Da mesma maneira, João Felipe Roen, 1º período de Engenharia da Computação, acredita que há base para um futuro promissor do IFF. "A gente fica pensando que as outras faculdades são maiores, têm mais recursos, fazem coisas que nós nunca vamos fazer. Mas você começa a fazer e vê que basicamente é a mesma coisa. O interessante nesse evento é que você tem contato com outras equipes e troca conhecimentos. A gente tem oportunidade de pegar o robô de outras pessoas e ver por dentro. Comparando o deles com o nosso, a gente vê que é a mesma coisa. A gente vê que o que falta para chegar neles é tempo de curso. Isso anima a gente a conseguir criar esse nível de robótica aqui no IFF". 

Estudantes agradecem às coordenações dos cursos e servidores que contribuíram para o projeto e a participação na Winter. O evento é impactante para quem lida com robótica, como demonstram os estudantes: "conversando com eles vi coisas que nunca tinha visto na vida", revela Mateus Henrique da Silva, 7º período da Engenharia de Controle e Automação. 

Um outro entusiasmado como feito dos garotos é o diretor geral do campus, Carlos Alberto Henriques. Ele viu de perto o o empenho da equipe e a integração entre diferentes áreas do conhecimento 

- Ao participarem, os alunos desenvolvem valores como inspiração, trabalho em equipe e profissionalismo. Quando vemos os estudantes se juntando para montar os robôs, vemos que eles começam a elaborar programações complexas e projetos de pesquisa capazes até de solucionar alguns problemas reais da nossa sociedade.

Para o diretor, os eventos da área são "metodologia educacional" . Por isso, a gestão do campus "pretende investir e criar espaços para os estudantes trabalharem". A ideia é a instituição "ensinar a aprender e a pesquisar. A gente vê que os alunos querem muito que isso aconteça. Vi alunos trabalhando até tarde da noite", diz Carlos Alberto.