A Equipe do Iara, barco solar do IFF Campus Campos Centro, está se preparando há meses para o evento. Até o domingo, 15 de junho, os estudantes envolvidos nos trabalhos pretendem estar com todo o equipamento incorporado ao barco, para iniciar a próxima etapa, os testes com a embarcação na água. Entre as áreas envolvidas estão eletrônica, elétrica, gestão, mecânica e marketing. É um grupo grande da Equipe Sete Capitães, uma das atléticas do IFFluminense, que trabalha cada qual em sua área e ao mesmo tempo se integrando para deixar o barco em condições de competir. O barco é feito em fibra de vidro e pesa apenas uns 30 quilos. Mas quando entram equipamentos, seus respectivos suportes e tudo fica pronto para competir, seu peso final pode chegar a quase 300 quilos.

   Quanta gente envolvida? O número varia, mas não é pouco. São 50 membros atualmente. Com a aproximação da prova, os trabalhos vão se intensificar e sábados e domingos entrarão 'no modo a toda energia'. É sempre assim. Vitor Hugo Barreto faz parte do time da elétrica. Ele está trabalhando em um projeto que pode deixar o barco mais leve. "As placas (solares) são grandes e pesadas. É algo que a gente vem tentando melhorar. Estou tentando fazer placas adaptadas para o barco, porque aí a gente muda o tamanho delas". Essenciais no projeto, elas são as mesmas que se usa em casa para geração de energia. 

 "Iremos nos dedicar com foco no primeiro lugar"

   Na quarta-feira, 11 de junho, estudantes do 6º período do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica, oferecido gratuitamente no IFF Campus Campos Centro, estavam trabalhando na montagem dos circuitos principal e secundário, que são instalados em uma caixa retangular, onde também ficam as baterias. Os circuitos formam um sistema de monitoramento de segurança. "A gente monitora a tensão e a corrente da bateria o tempo todo, para ter um desempenho melhor na prova", explica Rodrigo Pessanha. Seu colega de sala, Thiago Campos, complementa com o detalhe de que o barco tem equipamentos auxiliares que funcionam com 12 volts e uma bateria principal, de 48 volts. Ao mesmo tempo, o circuito alimenta fitas de LED que ajudam a iluminar o painel e a embarcação, algo importante, vez que pode ser necessária uma manutenção pós-prova, à noite.

Soldagem de um dos circuitos do sistema elétrico; O motor elétrico é alimentado por baterias que concentram a energia gerada pelas placas solares (Fotos: Antonio Barros/Ascom).

   Leandro Sá é um dos dois capitães do time. Ele explica que seguirão para Niterói 25 estudantes, porém o grupo receberá o reforço de membros antigos, ou que já deixaram de fazer parte do projeto. Pura paixão! A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) é o principal financiador do projeto. Os promotores do evento entrarão com alojamento para os times e alimentação. A direção-geral do IFF Campus Campos Centro está destinando uma bolsa para transporte e alimentação de 10 integrantes da equipe. Além do diretor-geral, Carlos Augusto Boynard, e do diretor financeiro, David Freitas, devem somar na torcida e apoio os de Planejamento, Camila Romero e de Pesquisa e Pós-Graduação, Pedro Castelo Branco. 

   Leandro reflete o otimismo e a confiança da equipe quando fala da empreitada que une seis equipes: "vemos que temos total capacidade de sermos campeões, então iremos nos dedicar com foco no primeiro lugar! No pior dos cenários, esperamos o pódio."  

   Veja AQUI a página do evento.