O comprometimento de rios e lagoas com resíduos tóxicos afeta uma proporção grande de pessoas. Um cenário já experimentado por municípios do interior fluminense, por exemplo. Por outro lado, intervenções nos mananciais podem também trazer consequências para o abastecimento de água de populações. Discutir as questões da toxidade e da gestão dos recursos hídricos é a temática condutora do VII Seminário sobre Ecotoxicologia (VII Secotox) e o IX Seminário Regional sobre Gestão de Recursos Hídricos (IX SRHidro).

   Na programação, mesas redondas, minicursos e palestras com a intenção "de reunir pesquisadores, gestores e a sociedade civil para discutir estratégias que possam garantir a resiliência hídrica, assegurando o uso responsável e equilibrado desse recurso vital para as futuras gerações", como chama atenção o texto de apresentação do evento.  

   O professor Manildo Marcião de Oliveira, da comissão organizadora, destaca a possibilidade que os eventos têm de reunir personalidades da área de recursos hídricos, tanto regional quanto nacional e também na área de toxicologia. "Conseguimos trazer algumas pessoas para falar de tópicos muito emergentes, como plástico e a parte de sensores e também reunir um grupo que, no estado do Rio, está se formando agora para trabalhar com esse assunto. Isso vai ser bem interessante, é uma oportunidade único de tentar reunir colaboradores, parceiros e cientistas", detalha o professor Manildo.

   O professor Vicente de Paulo Santos de Oliveira explica a dinâmica de mais esses seminários, realizados pelo Instituto Federal Fluminense. "Esse evento tem um caráter regional e vem trazer aqui questões do dia a dia - por exemplo: contaminação do Rio Paraíba do Sul - então, nós temos a parte de ecotoxologia, vamos ter aqui alguns especialistas da região e de fora do estado, que vão tratar desse assunto. Na parte de gestão de recursos hídricos, temos problemas seríssimos nas nossas bacias, por exemplo, termelétricas que consomem muita água e que acabam impactando o consumo de água da bacia, exemplo de Macaé, que tem problemas da falta de água. O evento vem trazer esse debate, a discussão e buscar aqui a mediação, para ver como  gente pode mitigar esses impactos."

   Veja AQUI a programação e como fazer a inscrição.